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A era dos Double Flips no Moto X dos X Games
Publicado em: 24/07/2018
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Tom Pagès conquistou a medalha de ouro no Freestyle. Além das manobras do francês, impressionou a disseminação dos double flips, disparados pela maioria dos pilotos
Redação MotoX.com.br - Por Jose Gaspar - Fotos: Matt Morning, Kyle Lieberman e Eric Lars Bakke/ ESPN


Manobras desafiadoras, variadas entre si e executadas em diversos tipos de rampas garantiram ouro a Tom Pagès

Sintonizado às expectativas da audiência de MotoX.com.br, Tom Pagès venceu o Freestyle Moto X dos X Games Minneapolis. A competição ocorreu sexta-feira passada, 20 de julho. E o francês levou à pista uma rotina com seu repertório (quase) completo. A medalha de prata ficou com o australiano Jackson Strong, seguido pelo compatriota Rob Adelberg.

Então, vamos ao que me chamou à atenção.

A pista em Minneapolis era bastante compacta. Não havia saltos em sequência, nem linhas de ritmo. Entretanto, saltar e pousar num espaço reduzido impôs certo desafio aos pilotos. Apesar do tamanho, havia boa diversidade de rampas de lançamento, que possibilitaram aos pilotos manobrarem todo repertório. Dado o nível das manobras, o Freestyle pareceu uma espécie de Best Trick alongado. Tanto que as manobras foram virtualmente iguais nas duas provas em Minneapolis.

Os pilotos "90 pontos"


O Double Flip e os Front Flips puxaram a pontuação de Jackson Strong para cima e renderam a prata

Tom Pagès mostrou ampla variedade de manobras: Double Flip No Hands, Bike Flip, Alley-oop, Volt, 360 e o plástico Flat Liner. Traduzindo em análise de julgamento: aproveitou rampas com projeções distintas - especialmente os quarter pipes - para mostrar diferentes habilidades de salto e abrangeu diversos eixos ao deslocar a moto nos saltos e movimentar o corpo. Senti falta apenas do Special Flip (por isso o "quase" acima).

Jackson Strong por sua vez levou artilharia pesada ao Freestyle. Manobras como: Flip Cliffhanger, Flip One Hand Indy, Double Flip e Front Flip. Estes dois últimos os destaques. Strong fez dois Front Flips, o segundo tirando uma das mãos do guidão durante a rotação. Na minha visão, o australiano poderia trocar um dos Front Flips por um Body Varial. Seria suficiente para bater Pagès? Difícil afirmar, contudo as chances aumentariam. Trata-se de lógica simples. Mas se o impetuoso Strong não incluiu a manobra, creio que a execução não estivesse dominada naquele momento.

Rampas "tradicionais"

Outro aspecto importante envolvendo os front flips (Strong e Rob Adelberg): não havia rampas com dispositivos móveis. Logo após o fim do Moto X estive em contato com a organização dos X Games, e fui informado que a posição de não incluir rampas de lançamento com recursos móveis (para catapultar a moto no front flip) foi tomada há dois anos.


Front Flip, Varial, combinações de flips e movimentos regulares bem executados sedimentaram o caminho do bronze para Rob Adelberg

Não me considero crítico severo das rampas móveis. Porém, vejo como acertada a decisão dos X Games em se limitar às rampas tradicionais (se é que podemos chamar assim). Entendo como um conceito esportivo que deve ser preservado em grandes competições.

Outros destaques

A disposição de Harry Bink: o australiano deslocou o ombro esquerdo na primeira volta após um Cliffhanger. Colocou o ombro no lugar, retornou para a segunda apresentação, e manobrou saltos como Double Flip e Flip Rocksolid. Ímpeto, juventude e boa dose de sangue nos olhos combinados.


Juventude, ímpeto e sangue nos olhos mantiveram Harry Bink na competição após deslocar o ombro

Em meio a tantos saltos impressionantes, o Backflip Double Can One Hand de Taka Higashino podia passar despercebido. Mas faço menção honrosa à manobra do japonês. Numa palavra: complexo.

Dos 8 competidores, 5 executaram o Double Flip (Tom Pagès, Jackson Strong, Josh Sheehan, Harry Bink e Luc Ackerman). Portanto, sejamos bem-vindos a era dos Double Flips nas rotinas do Freestyle dos X Games.

A média de saltos por volta foi baixa: 7 saltos. Por um lado o volume reduzido concentrou os pilotos no que têm de melhor. Por outro, apresentações mais longas, nas quais precisariam exibir mais manobras, poderiam influenciar o ranking final.


Em meio à avalanche do Double Flips, o Can Can No Footed One Hand de Taka Higashino foi um dos Flips mais interessantes

Em outubro (19 a 21) os X Games serão realizados em Sydney, Austrália. E uma pergunta já fica no ar: Veremos mais manobras combinadas aos Double Backflips?

Resultado Final Moto X Freestyle
1. Tom Pages, 92.33
2. Jackson Strong, 90.00
3. Rob Adelberg, 88.66
4. Josh Sheehan, 88.33
5. Harry Bink, 86.66
6. Taka Higashino, 86.33
7. Luc Ackermann, 84.33
8. Adam Jones, 84.00

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