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Uma nova carreira espetacular no freestyle motocross
Publicado em: 30/06/2018
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Apresentações em parques temáticos trazem novos desafios aos freestylers
Redação MotoX.com.br - Por Jose Gaspar - Fotos: Diego Mafra

Uma atividade expandiu as carreiras dos freestylers: espetáculos em parques temáticos. Novas experiências e remuneração são atrativos. Mas quais os desafios? E os impactos no futuro do FMX? É o que o MotoX foi descobrir.


Diariamente, Kiko Silva dispara suas manobras mais ousadas nos espetáculos do Stunt Masters Team, na China

Ao longo da história, o freestyle motocross cresceu, se modificou. Após o surgimento nos desertos da Califórnia evoluiu para as competições. Depois, vieram as demonstrações, consolidadas como negócio e ferramenta de marketing. Mais recentemente, adentrou outro espaço: os espetáculos nos parques temáticos e de diversões do século 21. Espalhados mundo afora, estes parques ampliaram as possibilidades para freestylers de várias nacionalidades. Inclusive brasileiros. Por sinal, hoje os parques concentram a maioria dos nossos freestylers manobrando profissionalmente no exterior.

Atualmente existem diversos espetáculos em todo o mundo nos quais o FMX se integra a outras atrações. Bem diferente comparado há 10 anos. Naquela época, uma iniciativa deu o primeiro passo rumo à abertura deste novo campo: a FMX4EVER colocou o freestyle motocross como parte de um espetáculo num casino em Macau (China). O enfoque era inédito: nada de destacar o FMX como atração. Tratava-se puramente do impacto visual das manobras, combinadas a luzes, pilotos em trajes brilhantes e motos com grafismos reluzentes. Tudo parte de uma experiência empolgante oferecida aos espectadores.

Nova carreira impõe desafios

Passada mais de uma década, a Ásia cresceu como polo destes espetáculos. Agora, espalhados pelos parques do continente. E desde 2017 um brasileiro permanece a maior parte da temporada por lá: Kiko Silva. O piloto de Boa Vista (RR) é membro do Stunt Masters Team, equipe que realiza espetáculos combinando diversas modalidades motorizadas na cidade de Zhangjiajie, China.

A motivação de Kiko para trocar a terra natal por um país tão distante é comum à maioria dos pilotos que fazem opção parecida: boa remuneração e novas experiências. Porém, de modo geral, a mudança impõe adaptações profundas. Por exemplo, à cultura local e ao formato dos espetáculos. No caso do brasileiro, bem diferentes dos realizados no País.


Frequência e dinâmica sincronizada são dos dois desafios impostos aos pilotos nos espetáculos em parques temáticos

Pela perspectiva de piloto, Kiko ressalta dois desafios: dinâmica e frequência dos espetáculos. Aponta que diferentemente de apenas saltos de FMX, o Stunt Masters Team cria uma narrativa por meio das atrações, lembrando um filme de ação. No caso, com carros em perseguições, wheeling, caminhões, e, claro, FMX. Cria assim uma história visual empolgante. Kiko manobra no final dos espetáculos, todos os dias, com apenas uma folga por semana. E mesmo para quem estava habituado aos shows quase todos os fins de semana no Brasil, manobrar diariamente é intenso.

Colocar tantas máquinas diferentes em sequência num mesmo espaço exige coordenação perfeita. Possível apenas de um modo: treinos frequentes. É isso mesmo, além dos shows, Kiko revela que antes dos espetáculos treina suas manobras. O objetivo é assegurar que apesar do desafio envolvido tudo transcorra sem imprevistos.

Quais os impactos no futuro?

A realidade é que quantidade de competições de freestyle motocross por temporada diminuiu (vide X-Fighters). E os espetáculos em parques e afins tornaram-se meio interessante para os freestylers permanecerem ativos (técnica e financeiramente).


Num futuro breve, os espetáculos podem impactar o ressurgimento dos grandes eventos globais do FMX

Baseado na trajetória dos pilotos que estão há mais tempo neste ambiente, o impacto dos espetáculos num futuro breve pode ser: após um período de capitalização e novas experiências, ao retornarem aos seus países, os freestylers renovarão a cena local. Assim, despertarão interesse de promotores para outros eventos (competições, por exemplo). E a partir do crescimento local reativar o interesse global por grandes eventos internacionais.

Obviamente, fatores como confiança na economia e visão estratégica das marcas têm papel decisivo nesse cenário. Contudo, particularmente, considero um futuro provável.







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