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Formato Triple Crown no AMA Supercross funcionou?
Publicado em: 26/01/2018
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Anaheim 2 estreou novo formato de evento com três baterias finais em cada categoria
Redação MotoX.com.br: Edu Erbs - Fotos: Octopi / Simon Cudby


Largada de uma das seis finais da noite

O Monster Energy Supercross concluiu a terceira etapa com dois novos vencedores. Eli Tomac e Joey Savatgy fizeram a festa para a Kawasaki na primeira edição do Monster Energy Triple Crown, uma mudança de formato na qual os pilotos classificavam durante o dia para três finais durante a noite. Quem obtivesse os melhores resultados somados levaria para casa 26 pontos no campeoanto.

+ Veja o artigo com mais informações da prova e a classificacão do campeonato
+ Galeria de Fotos de Anaheim 2

Sinceramente, tenho que dizer que a prova tinha uma vibração diferente desde o início. Ver os pilotos puxando os limites logo nos treinos e ver as LCQ em plena luz do dia foi realmente diferente, especialmente quando você se depara com Chad Reed alinhando na Last Chance por não ficar entre os 18 mais rápidos dos treinos na 450. Quem eu não vi na LCQ foi o brasileiro Jean Ramos, que não teve problemas em fazer uma volta rápida para se classificar direto para as finais da 250.


Eli Tomac

A layout da pista foi ainda mais simples do que Anaheim 1, o que não agradou muita gente. Com os Monster Trucks compactando o piso no sábado anterior, o terreno também parecia bem diferente de A1, e mais parecido com a dura e seca terra dos outros anos. Vale a pena citar que no domingo a FELD realizou a primeira de três competições amadoras depois do evento, e por isso, quem sabe, o layout da pista foi menos agressivo do que em outras etapas.


Jean Ramos garantiu vaga na final ainda à tarde

Até agora, por tudo que eu ouvi sobre o evento, as opiniões ainda estão bem divididas. Pelo o que eu percebo a grande maioria do público não gostou muito da mudança de formato, principalmente por ser um pouco confuso e pelas grandes pausas entre as provas, gerando longos intervalos comerciais na TV e longas pausas no estádio. Já a maioria da mídia e dos times parece ter gostado da mudança, que gerou cinco ganhadores em seis baterias disputadas. Entre os pilotos, vale citar Shane Mcelrath, da Troy Lee Designs KTM, comentou que há muito tempo não tinha se divertido tanto em uma prova, entretando Jason Anderson disse que prefere não ter a pressão psicologica de três largadas durante a noite, que podem potencialmente arruinar sua lideranca no campeonato. Eli Tomac e Cole Seely também declararam que ainda têm dúvidas sobre o sucesso do evento e com certeza não querem ver 17 provas nesse formato.


Jason Anderson

Vale a pena citar que apesar dos comerciais parecerem muito mais longos, os espectadores contaram com quase o mesmo tempo de motos na pista que no formato convencial - apenas 4 minutos a menos - porém, todas a vezes que o gate caiu, times e pilotos puderam assistir todas as estrelas da classe, o que não acontece no LCQ ou nas corridas classificatórias.

Na minha opinião, as corridas foram muito boas, e pelo fato de que vimos cinco ganhadores em seis baterias eu acho que a tentativa ja valeu a pena. Realmente pra quem esteve no estádio, os intervalos foram um tanto longos, mas fica difícil julgar a ideia de um novo formato logo na sua estreia. Dentre mais de 40 anos de história do supercross, o esporte evoluiu muito pouco neste aspecto, e com certeza os promotores foram desenvolvendo novas formas de manter os espectadores entretidos entre as provas do jeito que estamos acostumados hoje em dia. Ia ser legal se tivéssemos "a la Monster Cup" uma categoria para amadores, de Superminis ou até mesmo de pilotos veteranos, ou ainda de motocicletas dois tempos, já imaginou?



Alguns fatos da noite:


Josh Hill

- Desisti de pensar que Josh Hill tinha alguma chance de defesa do campeaonto. Daqui pra frente só o reportarei se por algum milagre acabar no pódio.

- Alguns pilotos não gostaram do fato da Dirt Wurx construir a pista com costelas enormes na sexta-feira, para serem encolhidas no sábado de manhã. Muita especulação ficou em torno de que duas das principais estrelas do campeonato estão lidando com contusões no ombro e esse encolhimento das costelas poderia favorecer estes pilotos.

- Falando em estrelas, eu não pensei que a estrela de Eli Tomac brilharia tão rápido. O piloto da Kawasaki recomeça a campanha de 2018 com 43 pontos de desvantagem para Jason Anderson. Se julgarmos pelo ano passado, não digo que é completamente impossível ainda brigar pelo campeonato em Las Vegas, mas a história nos diz que nenhum piloto se tornou campeão após ficar com mais de 27 pontos de desvantagem na classificação.

- Em uma seção com uma curva elevada, a FELD pôs uma barra de ferro afim de evitar que os pilotos cortassem a pista, e logo abaixo dessa barra um bloco de espuma para limitar a beirada do circuito. Durante a noite, eu pude contar pelo menos por cinco vezes esse bloco de espuma acabando no meio da pista, complicando a vida de muitos pilotos. Eu ainda não sei porque a FELD não tem uma maneira mais criativa de manter esses blocos de espuma no lugar em um caso destes.


Caminhão da JGRMX

-Justin Boggle está pronto para largar neste fim de semana em Glendale, Arizona. A grande questão sobre se Malcolm Stewart estaria a bordo da sua Kawasaki privada ou se a JGR conseguira montar uma terceira moto para acolher o piloto pelo resto do campeonato durou cerca de 24 horas. Pelo menos em Glendale Malcolm continua com a equipe, que busca orçamento para continuar com três motos na 450 durante o restante do campeonato.


Justin Barcia


- As coisas parecem estar esquentando na Yamaha. Cooper Webb mostrou o dedo do meio para Justin Barcia depois de ambos quase encostarem no ar no pulo de chegada. Como Bam Bam não leva desaforo pra casa, resolveu confrontar Webb quando chegaram nos boxes após a prova e parece que saíram algumas faíscas no caminhão da Yamaha. Já há comentários nos pits que o contrato está pronto para Barcia assinar com o time até o final desta temporada. Vale a pena ficar atento nos dois pilotos para as próximas etapas.


Ken Roczen

- Ken Roczen, agora assinado pela Fox, correu parte da noite com o mesmo equipamento Shift que usou em Anaheim 2 no ano passado e sofreu aquele gravíssimo acidente. O alemão declarou que fez isso propositalmente para mostrar às pessoas que não existe nenhum tipo de superstição por parte dele, mas também confessou que a sua performance foi um pouco afetada pelo fato que esta foi a prova que acabou com a sua temporada no ano passado e está feliz por deixar tudo isso no passado.

Frase da semana
I’m not in this world to live up to your expectations and you’re not in this world to live up to mine.
Bruce Lee






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