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Supercross pelo mundo e a formação das equipes 2016
Publicado em: 30/11/2015
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Provas pré-temporada e as notícias que movimentam as equipes antes do Supercross 2016
Redação MotoX.com.br: Edu Erbs - Fotos: Garth Milan / Jeff Crow / Simon Cudby / Gary Freeman / Maxim Shatrov / Divulgação


Atentados em Paris, Beirute, África, tragédia ambiental em Minas Gerais... com tantos fatos marcantes acontecendo no mundo, as vezes fica fácil, de alguma forma, negligenciar o nosso querido esporte chamado motocross e eu sinto que dentre tantas tragédias, compromissos pessoais e profissionais, eu também me sinto um pouco culpado.

Red Bull Straight Rhythm, Monster Energy Cup, Supercross na Bulgária, Áustria e França, Silly Season, são muitos os tópicos que gostaria de poder descrever por aqui, mas vou tentar focar no que é realmente importante e de certa forma interessante.


James Stewart

Primeiramente vamos falar um pouco do contraditório James Stewart. O piloto da Flórida saiu do sofá e venceu o Red Bull Straight Rhythm - como era esperado - e no Monster Cup, infelizmente, logo na primeira volta, acabou caindo e machucando o pulso, fato que o tirou logo cedo do evento. Algumas semanas depois, Stewart confirmou a presença em Lille (na França) e, alegando dificuldades logísticas, a ausência no Supercross da Áustrália, onde tinha contrato assinado para correr.



No mesmo dia um dos organizadores australianos voou para os EUA e por "livre e espontânea" vontade James voltou atrás, confirmando presença em Sydney e tranquilizando fãs (e promotores) na Oceania. Mas... (sempre tem um mas) o piloto bateu com o próprio irmão na França e abandonou a corrida na primeira volta. Se a vontade de correr na Austrália já não era das maiores, a lesão (de grau desconhecido) no tornozelo veio a calhar. Aí me pergunto: será que não está na hora de pendurar as botas?


Chad Reed no Supercross em Sydney, na Austrália

Falando em pendurar as botas, o veteraníssimo Chad Reed é o maior ponto de interrogacao nesta Silly Season. Depois que a Two Two Motorsports virou poeira, o piloto começou a treinar de Yamaha, e competiu o MEC a bordo de uma YZ450F com suporte de fábrica e com alguns membros da TTM. Durante o dia Chad fez alguns posts de mídia social um tanto duvidosos que logo foram retirados e esquecidos, mesmas palavras que poderiam ser usadas sobre os resultados do piloto naquela noite. Apesar de tudo, mesmo sem ter resultados expressivos, aparentemente o piloto e a marca ficaram satisfeitos com os tempos de voltas, e toda a indústria espera o anúncio sobre a nova parceira, ao lado de Justin Boggle.



Logo depois do MEC, Boggle e Geico Honda anunciaram a renovação da parceira, com estrutura bastante similar a que Tomac teve esse ano (algo que a Geico tinha declarado não ter mais interesse).

Depois disso, os rumores sobre o futuro de Reed parecem estar um tanto incertos, mas tudo indica que o australiano está pronto para mais uma temporada em 2016, voltando as suas origens, a bordo de uma Yamaha (o que foi reforçado pela sua participação com a marca no AUS-X Open SX), mas com quais patrocinadores e time, ainda não sabemos ao certo.


A CRF 450 de Justin Bogle sendo preparada para a temporada 2016 no quartel general da Honda USA

Ainda há quem procure por vagas nos times, mas a grande maioria de times e pilotos já tem seus lugares encaixados. Zach Bell anunciou que vai de Yamaha defendendo as cores da equipe privada 51-Fifty, assim como Matt Bisceglia está mudando da Geico para a Dirty Candy Suzuki ao lado de Daniel Baker, vindo da Orange Brigade KTM.

A Geico Honda terá uma esquadra similar a do ano passado com Boggle, Malcolm Stewart, Craig, Smith, Hampshire, somente substituindo Bisceglia por Jimmy Decotis, o que foi uma surpresa e tanto para mim. Decotis venceu neste fim de semana a categoria SX2 na etapa do Supercross Australiano em Sydney.

Mitch Payton e a poderosa Pro Circuit Kawasaki também aposta nos mesmo pilotos do ano passado, com Cianciarulo, Alldredge, Savatgy, Tonus e Bowers.


Jessy Nelson e Shane McElrath

A Troy Lee Designs KTM, ganha os reforços de Alex Frye e Justin Hill, além de continuar com o trio que terminou a temporada passada, formada por Oldenburg, Jessy Nelson e Shane Mcelrath. Em 2016 o time toma a responsabilidade como principal equipe de fábrica da KTM na classe 250, e pela primeira vez competirá nas costas leste e oeste.

Esta off-season também marca o fim da carreira para dois pilotos. Primeiramente Josh Hill, que pretende permanecer no ramo como agente de pilotos. O segundo anúncio veio de Kyle Partdrige, que sofreu um grave acidente enquanto treinava em Pala, aqui na Califórnia, fraturou duas vértebras e passou por uma delicada cirurgia.

Europa



Stefan Everts

Mudando um pouco de ares, vamos dar um pulo na Europa onde a Silly Season está com toda a forca. Stefan Everts finalmente anunciou a sua ida oficial à Suzuki, e o multi-campeão veio acompanhado nada mais nada menos do que com Ben Towley. O Kiwi, que estava "aposentado" há dois anos, é o mais novo contratado da Rockstar Suzuki, que também emprega Kevin Strijbos. Do jeito que as coisas andam por lá, logo todo o time poderá ser graduado para a MX3 (hehehe).



Outro fato um tanto importante, foi o anúncio da Gariboldi Honda de promover Tim Gajser para a MXGP. Não sei se concordo com a decisão da equipe, já que Gajser, apesar de campeão, ao meu ver ainda não apresentou maturidade para concorrer com nomes como Cairoli, Desalle e Paulin, mas quem sou eu para falar?! Talvez tivesse falado o mesmo de Romain Febvre em meados do ano passado.


Roger Harvey e Tim Gajser

Se Gajser sobe, não podemos falar o mesmo de Jeffrey Herlings. O holandês permanece na MX2, onde é disparado o mais rápido da categoria. Depois de conquistar dois títulos e até forçar a mudança de regras - antes um piloto subia para categoria principal após dois títulos - perdeu os dois anos seguintes para si mesmo. Em 2014 graças a uma fratura no fêmur quando corria de oitentinha num evento beneficente promovido por ninguém menos que seu então chefe Stefan Everts. Tinha tudo para voltar ao topo em 2015, mas foi atingido por uma onda de quedas como poucas vezes se viu até ficar fora de ação após deslocar a bacia na República Tcheca.


Pit Beirer e Jeffrey Herlings


Max Nagl continua capitaneando a Husqvarna MXGP
Aliás, uma das razões para Stefan Everts procurar novos ares e deixar a KTM foi a relação estremecida com Herlings. O belga não entrou em detalhes, mas deixou claro em entrevistas que as coisas não andavam bem entre os dois.

A Factory Husqvarna também aposta em novos pilotos para a nova temporada. Max Anstie e o norte-americano Thomas Convington reforçam o time para o ano que vem. Max, que disputará a sua última temporada MX2 no próximo ano, firmou contrato com a marca até 2018, garantindo a sua vaga na transição para a MXGP. A equipe da classe principal contará mais uma vez com Max Nagl e o recém-contratado Christophe Charlier.

As notícias sobre o Mundial de Motocross vão além dos times e equipes. Depois de algumas mudanças no calendário e em algumas regras da próxima temporada, a Youthstream voltou atrás e as provas classificatórias do sábado continuam valendo somente para a ordem de largada no domingo, e não contarão pontos para o campeonato.

Algo que deu o que falar também foi o divórcio entre o suíço Valentin Guillod e a Standing Construct Yamaha. Apesar do término de contrato bastante repentino, aparentemente piloto e equipe parecem estar (in)satisfeitos com a decisão. Acredito que muitas equipes gostariam de tê-lo sob contrato, mas achei interessante o fato da Yamaha garantir suporte para o piloto para a próxima temporada. Nesse esporte lealdade muitas vezes é bastante rara e difícil de se achar.

Outros fatos:


Tony Cairoli no Brasil

Muitíssimo legal a participação de Tony Cairoli no Brasileiro de Motocross. Ótima iniciativa dos promotores do evento e da KTM. Realmente precisamos de mais atitudes como esta para trazer espectadores e agregar valor ao nosso esporte no Brasil, já que infelizmente raramente cultivamos ídolos do nosso próprio país - exceto no futebol. A única reclamação que tenho a fazer da vinda do Cairoli vem da linha de tempo do meu Facebook, onde durante 10 dias seguidos pude conferir as 10,675 fotos tiradas com o piloto e postadas na mídia social nos dias que cercaram a prova. Não sei como ele teve tempo de treinar, correr, comer e dormir com tantas fotos tiradas em um curto período de tempo.

Rossi x Marquez


MotoGP na Malasia, a etapa que mudou o rumo da final do campeonato

Há alguns anos aprendi a apreciar o Moto GP, e de vez em quando uso o meu espaço por aqui para discutir e expor o meu ponto de vista em certos assuntos da categoria. Para quem acompanha um pouco o esporte, a briga Rossi x Marquez acabou ofuscando bastante a campanha de Jorge Lorenzo no campeonato. Realmente, para ser justo, é difícil de tirar os méritos de um piloto como Lorenzo - apesar de não ser um dos meus atletas prediletos - mas enfim, achei a penalização de Valentino um pouco prematura e injusta, já que claramente o tirou de contenção do campeonato.


Rossi é consolado pela equipe após a final na Espanha

Você não precisa ser um grande expert no assunto pra notar a arrogância dentro e fora da pista de Marc Marquez, que claramente por algum motivo ainda desconhecido, tomou decisões que prejudicaram as provas de Rossi. Marc, que chegou à classe com autoridade, vencendo dois campeonatos com certa facilidade, já era apontado como o próximo Valentino Rossi, mas um campeão de verdade não pode se comportar desta forma.

Frase da Semana
"I learned that life is a long and difficult road, but you have to keep going, or you'll fall by the wayside."
Steve McQueen


Steve McQueen









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