Ryan Dungey, Trey Canard e Ken Roczen se consolidam como favoritos ao título da classe 450
Redação MotoX.com.br - Por Eduardo Erbs - Fotos: Simon Cudby


De acordo com Ricky Carmichael, pelo menos para as 450s, "o campeonato só começa quando nos dirigimos ao leste". Até o momento, Ryan Dungey, Trey Canard e Ken Roczen estão se consolidando como os reais favoritos ao título do AMA Monster Energy Supercross 2015.

Já nas 250s, Cooper Webb demonstrou mais uma vez porque é o líder absoluto na briga pelo campeonato, depois de transformar um dia desastroso em mais uma vitória, garantindo o controle da categoria.

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Para esclarecer: no primeiro treino cronometrado, logo depois de marcar a volta mais rápida do dia, Webb acabou caindo forte e não compareceu no segundo treino. Apesar da equipe confirmar a presença do piloto no gate de largada, as especulações sobre uma possível contusão no ombro logo se espalharam pelo paddock.

Mais uma vez, o piloto da Carolina do Norte se mostrou superior a Tyler Bowers, aparentemente lutando contra algum tipo de enfermidade, e aproveitou para ganhar valiosos pontos sobre o piloto da Troy Lee Designs KTM, Jessy Nelson, que teve uma noite difícil marcada por más largadas e erros suficientes para apenas a oitava posição.

Nas 450s, Trey Carnard conquistou sua segunda vitória da temporada, depois de superar Ken Roczen, mais uma vez largando na frente. Quem completou o pódio foi Ryan Dungey repetindo um desempenho sólido e mantendo o number plate vermelho (de líder da temporada).


Vale apena salientar que Chad Reed também teve uma corrida proveitosa, garantindo a quarta colocação à frente de Eli Tomac - o piloto da Geico Honda se recuperou com sucesso de uma queda que lhe empurrou para a 17ª posição.

"Stay Classy San Diego"

A famosa frase de um jornalista de San Diego repetida várias vezes por Will Ferrer no filme "O Repórter" deu o que falar nesse final de semana, depois do upgrade realizado na cidade. Uma vez que a competição deixou as velhas instalações do Qualcomm Stadium para acontecer na modernidade do Petco Park, situado logo no coração da cidade.

As opiniões se dividem bastante pelo fato citado na última coluna: a organização trocou um estádio de futebol por mais um de baseball, o que teoricamente oferece menos espaço para a construção da pista. Além disso, os mecânicos tem trabalho praticamente dobrado, pois o paddock fica alojado literalmente no outro lado da rua, assim os pilotos tem que manobrar suas motos pelas ruas da cidade para entrar nas instalações da corrida.

Para completar, com os pits ocupando grande parte do estacionamento do estádio, quem foi de carro ao evento sofreu para encontrar vagas, sem levar em conta os preços bastante altos praticados na região. Mas se você pensa em visitar a corrida nos próximos anos, há uma vasta opção de hotéis próximos ao local da prova, que também oferecem os melhores bares, restaurantes e clubes noturnos de San Diego.

Uma vez dentro do estádio, fiquei realmente impressionado com as instalações do local e posso afirmar que é um dos melhores que já estive. Vários fatores contribuem para a estrutura de primeiro mundo: desde a limpeza e a sinalização até a quantidade de opções de comida, wi-fi grátis e a bela decoração.

Mas voltando à prova, na minha opinião, a pista de San Diego foi um tanto simples, lembrando um pouco a pista de Anaheim 1. Ao contrário das últimas etapas, o trajeto não contou com nenhuma seção de areia ou obstáculo diferenciado, porém gostei do modo como separaram uma longa seção de costelas com uma lomba que diminuia a velocidade dos pilotos, formando um dos poucos trechos onde os mais minuciosos podiam ganhar algum tempo.


Alguns fatos da semana:

- Brett Metcalfe se despede do Supercross para começar os treinos para o Canadense de Motocross.

- Shane McElrath colocou a sua Troy Lee Designs KTM no pódio pela primeira vez em sua carreira profissional.


- Jake Canada anunciou que está pendurando as botas oficialmente.

- Justin Barcia teve uma dura queda durante os treinos semanais e ficou de fora de San Diego. O atleta também não comparecerá em Dallas neste final de semana.

- Chad Reed foi vaiado durante o anúncio dos pilotos para a final por conta de uma manobra na classificatória que mandou o seu próprio colega de equipe para a repescagem.

- Apesar de duas quedas no Main Event não colaborarem com seu resultado final, Davi Millsaps finalmente apresentou sinais de competitividade durante os treinos e as provas classificatórias.

- Zach Osborne, da Rockstar Factory Husqvarna, provavelmente tem o maior número de holeshots entre as 250s e, mesmo com uma mera sexta colocação na prova, o piloto mantém as suas esperanças no campeonato ocupando a quarta posição.

Vídeo:



O Supercross oficialmente deixa a sua fase no sudeste norte-americano e lentamente começa a tomar rumo em direção ao leste, com a primeira parada em Dallas, no Texas. O fato de que as pistas deixam de ser construídas com o solo desértico e compacto da Califórnia sempre é um fator importante para muitos pilotos, principalmente para residentes na Flórida e na Geórgia com mais afinidade a terrenos mais macios e com mais tração.

Para os pilotos das 250s da Costa Oeste, a pausa de quase dois meses oferece uma nova chance de reagrupamento, recuperação de contusões e quem sabe surpreender nas últimas três etapas do campeonato no final de abril. Nesse tempo, os atleta também lidam com a importante tarefa de testar o equipamento para a temporada de motocross, com início logo duas semanas após o término do AMA Monster Energy Supercross.

Enquanto isso, na Costa Leste, os nervos estão à flor da pele pois o campeonato recomeça com força total. Os favoritos como Marvin Musquin, Justin Boggle e Martin Davalos são postos a testes que podem determinar seus últimos anos na categoria de base e podem lhe render, além de um importante título em suas carreiras, uma vaga nas equipes de fábrica no próximo ano.

Frase da semana:
"Be strong enough to stand alone, smart enough to know when you need help and brave enough to ask for it".