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AMA Motocross 2017 entra em sua reta final
Publicado em: 20/07/2017
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Campeonato chega à reta final sob comando de Eli Tomac e Zach Osborne
Redação MotoX.com.br - Por Edu Erbs - Fotos: Simon Cudby / Garth Milan / Jeff Kardas / Lucídio Arruda

Após sete etapas, o Lucas Oil AMA Motocross chega à sua reta final depois de um merecido fim de semana de descanso para pilotos e equipes


Eli Tomac está em boa posição para conquistar seu primeiro título na 450


Blake Baggett (4) e Marvin Musquin (25) lutan contra lesões para continuar na briga pelo título
Na classe principal, Eli Tomac retomou as rédeas do campeonato vencendo cinco das últimas seis baterias alcançando uma vantagem de 19 pontos sobre Blake Baggett, que lida com um dedo deslocado depois do choque com Jason Anderson em Red Bud.

A ascensão de Tomac não é surpresa, pois as etapas mais recentes (Muddy Creek, Red Bud e Southwich) favoreciam bastante o seu estilo de pilotagem. O piloto da Kawasaki também tomou vantagem de uma série de lesões dos seus principais oponentes. Como comentei, Bagget machucou o dedão esquerdo, Marvin Musquin lesionou o menisco, perdendo muitos pontos em Muddy Creek e, mesmo se sentindo melhor, o francês caiu feio em Southwick, abandonando uma das baterias. Para finalizar, a Rockstar Factory Husqvarna também saiu de contenção com Jason Anderson machucando as costas durante treinos semanais, ficando de fora da etapa passada e deixando mais uma porta aberta para Tomac.


Com dupla vitória, Eli Tomac dominou a etapa de Southwick


Blake Baggett pode voltar a vencer nas etapas finais?
Infelizmente, como nos sabemos, Motocross é um esporte de alto risco e depois de 7 meses de provas com poucos intervalos, as baixas só continuam a aumentar. Brock Tickle da RCH Suzuki fazia uma temporada sólida, com um pódio, mas agora está fora do campeonato com uma lesão no ombro. Trey Canard, da Factory Red Bull KTM, foi outro grande nome que também ficou de fora de Southwick depois de uma dura queda durante a semana, e por último, Josh Grant, que teve um início de temporada muito bom, também estará de fora das pistas por algumas semanas depois de uma cirurgia no joelho para reparar um dano causado em Southwick.

A próxima prova será em Millville, Minnesotta, e eu também acho que será dificil bater Tomac nesta pista. Depois disso, teremos Washougal, Unadilla e Budds Creek, pistas um pouco mais técnicas, com formação de canaletas e curvas descompensadas, onde a escolha de linhas no traçado e controle de aceleração são bastante importantes, os quais, aos meus olhos, dão uma certa vantagem para pilotos um pouco mais criativos e calculistas, como Marvin Musquin e Blake Baggett.

Não quero cometer o mesmo erro que cometi no Supercross, dizendo que a taça já está na mão de Eli Tomac, mas com certeza nessa metade de campeonato, o piloto parece focado, dominante e o mais importante, livre das contusões que assombram sua concorrência neste momento.

250


Zach Osborne

Na 250, Zach Osborne está simplesmente pondo uma clínica na galera. Muitas vezes o piloto da Rockstar Factory Husqvarna não é o mais rápido, ou não faz uma das melhores largadas, porém confiança e maturidade acabam falando mais alto. No momento Osborne desfruta de 45 pontos de vantagem sobre a concorrência.

Na classe de base o problema é um pouco diferente da 450, sendo que os principais favoritos ainda estão na briga, mas a consistência de pilotos como Aaron Plessinger e Jeremy Martin não coopera para a contenção no campeonato.


Alex Martin

Alex Martin, logo depois de Osborne, é o unico da classe que posso chamar de consistente, se mantendo na segunda posição do campeonato com 14 pontos de vantagem sobre seu irmão Jeremy. Apesar que, se compararmos os resultados com o ano passado, Alex fez uma boa escolha em migrar para a Troy Lee Designs KTM, entretanto, na minha opinião,  ele estaria em uma posição ainda mais favorável se não fosse por alguns erros como o de Red Bud quando liderava a prova. O que me faz questionar um pouco o seu set up. Talvez isso seja coisa da minha cabeça, mas como sabemos, A-Mart e Osborne estão praticamente andando com o mesmo equipamento. Osborne me parece muito mais sólido e estável do que Martin durante as provas. Eu posso estar redondamente enganado, mas mesmo que os resultados não colaborem com minha teoria, por muitas vezes Alex ainda não me parece 100% confortável com seu equipamento novo, e talvez, se eu estiver certo, vejamos uma evolução ainda maior do piloto até o fim deste campeonato.



Falando em equipamento, ainda há um pouco de polêmica por aqui em relação a Jeremy Martin. Não é segredo que o relacionamento dele com a Star Yamaha estava bastante salgado no final da temporada passada, mas há rumores de uma certa insatisfação do piloto com a Geico Honda, pois é obvio que, salvas algumas exceções, Jeremy não apresentou a dominante performance de dois anos atrás, quando conquistou o campeonato.

Silly Season:

Estamos no meio da temporada de motocross, e a este ponto os rumores começam a pairar pelo ar. Definitivamente, a Silly Season deste ano está muito menos complicada que a do ano passado, porém a maior dúvida é quem assumirá o posto de Ryan Dungey na Factory Red Bull KTM. Marvin Musquin, com certeza, assume a posição de piloto número 1 do time, e as contusões de Trey Canard provavelmente lhe tiram de contenção de uma das vagas. Justin Barcia é o nome mais provável para uma vaga no time, pois já esta confirmado que a JGR Suzuki não renovará com o piloto, que também parece descontente com o equipamento. Chad Reed também era um nome aparentemente descartado, porém me parece que algumas conversas entre as partes voltaram a acontecer. O australiano poderia estar aberto a competir no Lucas Oil Motocross novamente, após vários anos com contratos apenas para o Supercross.


Justin Barcia na KTM?

Também há outros cenários onde Roger De Coster poderia usar sua influência para persuadir alguns dos times que presta assessoria para negociar um piloto. Os nomes seriam Blake Baggett e Zach Osborne que, com as mudanças das regras neste ano, estariam elegíveis para mais um ano na classe de base. Além destes, há Aaron Plessinger, que De Coster não esconde ter muito interesse, piloto que gostaria de competir na classe principal no ano que vem. Entretanto Plessinger, até então tem contrato fechado com a Star Yamaha para mais um ano na 250.

Enquanto isso, na Europa as coisas vão se definindo, com Clemente Desalle ficando na Kawasaki por mais dois anos, e Glen Coldenhoff confirmado na KTM até o final de 2018.

X-Games


Levi Sherwood


Ronnie Renner no salto em altura. Cadê o público dona ESPN?
Enquanto a maioria dos campeonatos motociclísticos estavam de férias, o X Games agitou o final de semana em Minneapolis. Sinceramente, acompanhei bem pouco do evento, que pra mim, a cada ano que passa vem perdendo a magia e o prestígio que possuía. Não é novidade que o evento foi criado em volta da transmissão televisiva, e não de público presente. Assistindo a transmissão, que diga-se de passagem é extremamente longa, ver a arquibancada vazia realmente tira um pouco a graça.

Mesmo o Freestyle Motocross não sendo muito a minha praia, realmente é bastante impressionante a evolução do esporte até hoje, mas também acho estranho, que a par de Levi Sherwood e Taka Higashino, eu não tinha a mínima ideia de quem eram, em sua maioria, os outros competidores. Talvez eu esteja ficando velho, mas sem as lendas do esporte como Travis Pastrana, Dave Mirra, Shawn White, James Bestwick, entre outros, parece que o evento perdeu a graça, e não existe mais uma reciclagem de atletas e a criação de novos ídolos.

Além disso, acho uma babozeira esse negócio de votos via Twitter. Eu conheço pessoalmente Destin Cantrell - ganhador do Best Whip - há muitos anos, e com certeza fiquei felicíssimo com sua conquista do ouro, mas pra muita gente, a medalha vem com um "asterisco", pois em outros anos o resultado do evento gerou muita polêmica. Na verdade se torna mais um concurso de popularidade do que de habilidade... além de que hoje em dia, há "empresas" especializadas em fornecer seguidores e curtidas em qualquer meio de mídia social. Então, o que impede de, no futuro, ou talvez no presente e até no passado, estes votos comprados ditarem os vencedores da competição?!

O X Games fez história no mundo dos esportes radicais, e eu espero que a ESPN, que tem os direitos do evento, o reinvente e traga público e prestígio de volta, antes que tudo vire somente história.

Vídeo





MXdN

Com o time do Brasil já definido com os pilotos Dudu Lima, Fábio Santos e Ramyller Alves, o Canadá também anunciou o time que representará o país na competição. A seleção é formada por Colton Facciotti, Tyler Medaglia e Shawn Maffenbeier que estreia na competição.


Cacau Hermano será novamente o chefe da equipe brasileira no Motocross das Nações

Enquanto isso, aqui nos Estados Unidos opiniões se dividem sobre o terceiro piloto do time, já que Zach Osborne e Eli Tomac são as escolhas mais óbvias até então. A dúvida fica entre Blake Baggett e Jason Anderson, ambos tendo campanhas boas nos outdoors.

Blake Baggett virou dúvida quando rompeu o tendão no dedão esquerdo, e não escondeu estar correndo com forte dores prejudicando seu rendimento durante as últimas baterias. Jason Anderson, apesar de ficar de fora de Millville, vem fazendo uma campanha decente no campeonato e muitos pensam que o piloto deveria ter uma segunda chance, depois de vencer uma das baterias na Itália ano passado e servir de pista de pouso para um piloto japonês. Além disso tem uma certa afinidade com Roger De Coster, que supervisiona o programa da Factory Husqvarna.

A decisão deve ser anunciada, como de costume, em Unadilla, no dia 12 de agosto.

Frase da Semana
"Welcome to the Karma Cafe!
There are no Menu.
...but you will get served,
...on what you deserve!"







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