Coluna - ABPMX
Por Marlon Olsen

Reunião da ABPMX em 2004

ABPMX - Um compromisso com o futuro 

Depois de nove meses da sua fundação, a ABPMX reinicia suas atividades em 2005, com muito mais fôlego e vontade de trabalhar que antes. A nova diretoria, já empossada, está muito motivada para dar seqüência aos vários projetos iniciados em 2004 e que muito beneficiarão os pilotos de motocross no Brasil. 

Entre esses projetos destacam-se: 

1) Os convênios de descontos especiais, iniciados com as empresas fabricantes dos produtos usados pelos pilotos, que proporcionarão uma economia de aproximadamente 30% nos custos de manutenção dos equipamentos; 

2) A nomeação dos Conselhos Estaduais de Pilotos nos Estados que ainda não os tenham nomeado, para que os pilotos garantam representatividade junto de suas Federações; 

3) O acompanhamento criterioso das provas dos Campeonatos Nacionais, Estaduais e Regionais, onde as principais preocupações deverão ser os itens relacionados à segurança e à infra-estrutura oferecidas aos pilotos e equipes. 

É importante verificar que a ABPMX não teve tempo hábil para reestruturar as premiações e ajudas de custo para 2005, pois, de acordo com a CBM, os projetos já estavam sendo comercializados com os patrocinadores. Com certeza os valores serão revistos para 2006, uma vez que a Diretoria já está atenta para esta situação. 

Com os Pilotos, Confederação, Federações, Promotoras, Imprensa e Patrocinadores trabalhando em harmonia, certamente muitos outros projetos serão concretizados em benefício de todos os envolvidos com o esporte, só que para isso muitas vezes teremos que deixar nossas vaidades e interesses econômicos imediatistas de lado. 

Como já dito em outras oportunidades, temos que trabalhar para deixar o Motocross Brasileiro à altura dos seus pilotos, dando-lhes condições para que se desenvolvam como atletas e como cidadãos, pois somente assim o nosso esporte poderá crescer. Os valores arrecadados precisam ser reinvestidos no próprio esporte, pois são poucos os esportes em nosso País que dão um retorno de mídia acima dos 13 milhões de reais ao ano, como é o caso do motocross. 

O maior exemplo disso, está nos resultados alcançados pelo piloto Jorge Balbi Jr., que mesmo dentro das suas limitações e com a falta de apoio e incentivo, conseguiu se colocar mais uma vez entre os 20 melhores pilotos no principal campeonato do mundo, tendo inclusive mais reconhecimento desse feito fora do Brasil do que nos veículos de comunicação do nosso país. Se ele tivesse ido competir com uma melhor estrutura, os seus resultados seriam ainda melhores, e colocariam o nosso esporte em destaque a nível nacional, como foi o caso do tênis após as grandes conquistas do Guga. 

Com certeza, os resultados do Balbi, enchem de orgulho cada um de nós, pilotos, ex-pilotos, mecânicos, patrocinadores e dirigentes, pois essa vitória é de todos aqueles que fazem parte da história do motociclismo brasileiro, que mesmo com todas as dificuldades, não abandonam seus sonhos e ideais. 

Que isso nos sirva de lição, para nunca mais menosprezarmos a capacidade dos pilotos brasileiros, afirmando que não seriam competitivos em provas de motocross fora do Brasil, a resposta está aí, mostrando que na verdade é o motocross brasileiro que ainda não está à altura dos seus pilotos, e que muita coisa precisa ser feita para não privar os jovens pilotos dos seus sonhos, pois do contrário estaremos apenas alimentando ilusões e não realizações.

Marlon Olsen
marlonolsen@hotmail.com