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Wellington Garcia anuncia aposentadoria do Motocross
Publicado em: 11/10/2016
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Piloto goiano encerra carreira profissional aos 27 anos 
Redação MotoX.com.br - Texto e fotos: Maurício Arruda


Wellington Garcia encerra em 2016 uma vitoriosa carreira no Motocross

Foram 10 títulos nacionais e muito sucesso ao longo de pouco mais de duas décadas dedicadas ao motocross profissional. Agora, aos 27 anos, Wellington Garcia resolveu pendurar as botas. A decisão do piloto foi anunciada no fim de semana, durante a etapa do Goiano de Motocross em Edéia.

"São 22 anos de carreira e quero anunciar que estou me aposentando oficialmente no fim da temporada. Chegou um momento que não dá mais para conciliar, estou com duas empresas para cuidar e tem três meses que estou sem conseguir treinar direito. Só tenho que agradecer a Deus e a meu pai que junto com a minha família é sempre a minha base", declarou Wellington.


O MotoX acompanhou de perto grande parte da sua história no esporte, desde os primeiros passos no campeonato nacional, o primeiro título brasileiro - ainda nas categorias de base - e o crescimento profissional com a entrada na principal equipe do país.

A parceria com a Honda rendeu inúmeros troféus permanecendo até os dias de hoje, com o piloto defendendo em 2016 a equipe satélite Honda Ipiranga IMS Rinaldi na classe MX1. No total foram 12 anos juntos, com momentos de sucesso e alegria, mas também com duros golpes proporcionados por um esporte com tantos desafios. 

O ponto alto veio em 2007, aos 18 anos, quando Wellington simplesmente conquistou seis dos mais importantes títulos do motocross nacional na mesma temporada: Brasileiro de Supercross, Brasileiro de Motocross (MX1 e MX2), Arena Cross (MX2) e Paulista de Motocross (MX2 e MXGold).


Foi também nesta temporada que o goiano, ao lado de Jorge Balbi e Leandro Silva, representou o Brasil no Motocross das Nações pela primeira vez, conquistando uma inédita classificação para a fase final da competição. O trio fechou a disputa nos Estados Unidos em 16º e repetiu a final no ano seguinte, na Inglaterra, pulando para a 14ª posição.

Em 2009, na itália, a boa fase internacional continuou, desta vez com Balbi e o saudoso Swian Zanoni como companheiros no MXoN. Na ocasião a equipe nacional conseguiu pela primeira vez a classificação direta, sem precisar disputar a repescagem, e novamente faturou a 14ª colocação na final do Nações, até hoje o melhor resultado do Brasil no evento.    

Voltando aos campeonatos nacionais, 2008 foi um ano complicado para o goiano que sofreu uma lesão na sexta etapa do campeonato Brasileiro e acabou fora da briga pelo título. A redenção veio na temporada seguinte com a conquista do troféu de campeão nacional da MX1 em uma das mais loucas decisões que já assisti. A corrida cheia de imprevistos em Nova Friburgo (RJ) foi daquelas que ficam para sempre na memória. O ano de muitas vitórias, teve também a conquista do título Brasileiro MX2, repetindo o feito de 2007 com o troféu nas duas principais categorias.
     

A temporada consagradora em 2009, antecedeu um ano fora do Brasileiro, no qual sua equipe disputou apenas a Superliga de Motocross. Wellington brigou por vitórias na competição, mas terminou a temporada sem chances de título. O momento mais difícil, porém, veio em 2011 quando Wellington sofreu um grave acidente na abertura do Mundial de Motocross, na Bulgária. Uma hemorragia no baço, diversas cirurgias, 21 quilos a menos e 40 dias no hospital colocaram em dúvida a continuidade da sua carreira.

Wellington não desistiu e cinco meses depois, recuperado, estava de volta aos treinos. Provar que poderia ser novamente um piloto vencedor era o próximo passo e 2012 se mostrou um ano difícil, com o piloto sofrendo com a resistência na parte final das provas.


Em 2013 todas as dúvidas foram apagadas pela vitória na primeira etapa do Brasileiro de Motocross. O título não veio, mas os adversários tiveram  a confirmação de que ele continuava sendo um piloto rápido também com o primeiro lugar na última bateria do ano, em Senador Canedo (GO). E assim também foi no ano seguinte, com a vitória na etapa de Campo Grande (MS) e com Wellington sempre ali, frequentando a briga pelas primeiras posições.

Em 2015, já dividindo o tempo com o lado empresarial, Wellington viveu um período de jejum de vitórias no circuito nacional, mas seguiu na briga pelo pódio assim como tem feito na atual temporada.


Encerrar a carreira profissional, para qualquer esportista, não é uma decisão fácil, mas faz parte do ciclo. Wellington Garcia foi durante todos estes anos um atleta exemplar, que manteve a humildade mesmo nos períodos mais vitoriosos e da mesma forma soube lidar com os momentos desfavoráveis, além de ter uma postura modelo com a imprensa e os fãs. Coisa de campeão... dentro e fora das pistas!

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