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GP Brasil Parte 1 - Chefes de equipe
Publicado em: 06/04/2014
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Entrevistas GP Brasil 2014 - Os chefes de equipe
Redação MotoX.com.br - Por Edu Erbs e Carolina Arruda - Fotos: Carolina Arruda

Antti Pyrhönen - Ice One Red Bull Husqvarna

O finlandês Antti Pyrhönen competiu no Mundial de Motocross de 2000 a 2009 em várias categorias. Seu melhor resultado foi um terceiro lugar no Mundial MX3 em 2009. Em seu país de origem acumulou vários títulos nacionais, como também conquistou em 2002 um título na Holanda.

Desde 2012 dirige a equipe do campeão mundial de Formula 1 Kimi Raikkonen, a Ice One Racing, que em 2014 é a equipe oficial de fábrica da Husqvarna na classe MXGP.


Fale-nos um pouco sobre a logística nestes três primeiros GPs.

Para nós tudo tem se saido bem. Você sabe, eh... nos preparamos muito. Tudo tem funcionado bem, as motos são espetaculares, temos todas as peças que precisamos. Claro que é um desafio também, você sabe, trabalhamos em pequenas caixas por três GPs. É desafiador, isso nos limita um pouco, mas temos nos saído bem.

E os problemas com combustível na Tailândia? No Brasil está sendo mais fácil?

Para mim é difícil dizer, porque não tivemos nenhum problema com o combustível na Tailândia. As motos andaram muito bem, então... Catar, Tailândia, Brasil, por enquanto tudo vai bem.

A KTM adquiriu a Husqvarna, qual é o relacionamento entre as equipes? Vocês trocam informações ou o trabalho é independente?

Sim, com certeza. Sabe, a relação é boa, ambos os times são como uma grande família. Tudo funciona bem, muito bem.

E com Jeffrey Herlings fora nesse GP qual é a expectativa dos pilotos MX2?

Bem, eu trabalho com os pilotos da MXGP, mas sei que esse assunto está rolando entre os pilotos da MX2. Eles estão definitivamente brigando por um pódio. Na MXGP temos Todd Waters e Pascal Rauchenecker que competem para posições entre os top 5 e top 10.

Quanto tempo para o Tyla Rattray voltar?

Estou torcendo para ele voltar rápido para o campo de batalha. Acho que ele estará de volta em pouco tempo, as lesões estão sarando. E ele está treinando em um ritmo bom. Então acho que ele vai voltar mais forte e bem rápido.



Stefan Everts -  Red Bull Factory KTM

Everts dispensa apresentações, filho de Harry Everts (4 títulos mundiais) é o maior vencedor do Mundial de Motocross acumulando 10 títulos nas classes 125cc, 250cc, 500cc e MX1. Já conversamos com Everts outras vezes além deste GP Brasil, você pode conferir aqui e aqui.


Como é o seu trabalho no treinamento dos pilotos?

Primeiramente, eu pego muita coisa das minhas próprias experiências. Depois eu vejo a situação na qual estamos, o que está acontecendo e ai eu jogo meus conhecimentos pessoais das competições de motocross.

Eu também tento olhar a longo prazo, para ver em qual direção seguir, criar um plano de treinos físicos e pilotagem... Por exemplo, com o Jordi Tixier, no começo, treinamos muito na areia. Por que eu acho que é uma boa base para aprender muita coisa. Também fisicamente é o terreno mais exigente. Mas, a maior parte vem da minha própria experiência.

E a situação de Jeffrey Herlings?

No momento, ele está melhorando bem rápido. Tivemos um problema muscular no ombro. E ele estará de volta no próximo GP, na Itália.

O que pensa sobre Cairoli alcançar seu recorde de 10 títulos?

Não penso muito sobre isso. Ele ainda tem um caminho a percorrer, tem sete títulos agora. Mas é claro que são grandes a chances de Cairoli chegar perto dos dez títulos. Sou um grande fã dele, é um ótimo piloto, um ótimo atleta. Se ele alcançar essa marca, vou ficar contente por ele.

Qual a sua opinião sobre os pilotos brasileiros?

Não sei muita coisa. Venho aqui uma vez por ano, e o resto do time também vem da Europa. E não há muitas notícias na Europa sobre o Campeonato Brasileiro.

E o que tem achado do GP Brasil?

É ótimo. Tem uma boa organização. Sempre ficamos felizes de vir aqui. Tem um grande público, que é muito fã do motocross e dos pilotos. É ótimo ver essa atmosfera daqui. É um dos melhores GPs do ano.
Estou feliz de vir pra cá no Beto Carrero antecipadamente, por causa do clima. Nas edições passadas o tempo estava terrível, mas neste final de semana está bem ameno.

E o trabalho para os GPs fora da Europa?

Não é tão difícil. É a mesma coisa para todo mundo, todos lidamos com as mesmas coisas. Estamos lidando bem, por exemplo aqui estamos na tenda e é tudo asfaltado. Lidamos bem com isso, não é um grande problema.



Steve Dixon - Bike It Cosworth Yamaha

Após uma breve carreira como piloto de motocross Steve Dixon se encontrou como mecânico e passou a acompanhar os GPs em 1990. Desde 2002 é dono e manager de sua própria equipe. Mas a parte técnica ainda corre em seu sangue e o que ele gosta mesmo é de botar a mão na massa durante a preparação das motocicletas. Entre seus pilotos temos o português Rui Gonçalves na MXGP, mas a principal esperança do time é o inglês Max Anstie que liderou quase as duas baterias inteiras no Catar, antes de sofrer uma quebra mecânica na primeira, e errar na segunda. Depois disso Anstie subiu no pódio na Tailândia e no Brasil. A equipe tem ainda na MX2 o norueguês Magne Klingsheim e o sueco Anton Lundgren (que quebrou um perna na classificatória brasileira). 


Steve, por favor se apresente.

Sou inglês, chefe da equipe Bike It Cosworth Yamaha. Estou nos GPs há 25 anos e curtindo muito tudo isso.

Primeira questão. No calendário 2014 de cara três corridas fora da Europa. Como é o impacto na sua equipe?

Sabe, a parte física e logística não é tão difícil. A maior dificuldade é financeira. O custo desses três primeiros GPs provavelmente se equipara a 12 GPs na Europa. Você gasta muito com os vôos, hotéis, locomoção... é difícil, mas é um campeonato mundial, então precisamos estar presentes. Precisamos trabalhar mais com os patrocinadores e a TV.

Soubemos que muitas equipes tiveram problemas na Tailândia. Fale-nos sobre isso e sobre como está sendo aqui no Brasil.

No último GP da Tailândia não sofremos muito com o combustível. Tivemos que trabalhar no acerto da moto, mas elas correram bem. É algo que temos que lidar. É como, sabe... às vezes temos corridas na lama, às vezes poeira.

Você está com a Yamaha há bastante tempo e as motos, especialmente a 250, pouco mudaram nos últimos anos. Agora em 2014 é uma moto quase que completamente nova, com injeção eletrônica, etc. Conte-nos um pouco sobre as suas motos.

Acho que você está falando sobre as motos da Rinaldi (Equipe oficial Yamaha dirigida por Michele Rinaldi), porque aqui na Bike It Yamaha ainda usamos motos carburadas. Ainda hoje e nas duas últimas etapas na Tailândia e Catar.

Sabe, nossa moto 2013 carburada é uma das mais rápidas. No Catar andamos com Max (Anstie) em primeiro quase a corrida inteira até termos uma pane. Foi uma boa corrida e causou certo impacto.

A 2014 é uma boa moto, mas por ser muito nova ainda não testamos o suficiente em razão do pouco tempo no calendário. Ainda testamos a 2014 durante a semana, mas corremos com a 2013 no momento com o Max e temos outros dois pilotos com as 2014.

Quero dizer, a 2014 é definitivamente um passo a frente e tem mais potencial que a moto antiga, mas no momento ainda nos sentimos mais competitivos na moto 2013.

Ouvi dizer que alguns pilotos estão com Yamahas com partida elétrica, é verdade?

Não as nossas. O Team Rinaldi usa partida elétrica na 450, uma moto bem mais especial que as 250. Elas têm apenas 3 marchas e giram até 16 mil rpm. Por isso elas tem um som bem parecido com as 250.

Incrível!

Sabe, gostamos muito de vir ao Brasil, agora já viemos várias vezes e este ano temos dois GPs no Brasil.

Seja sincero, o que é o melhor e o pior aqui no Brasil?

No Brasil o povo é muito alegre, muita gente bonita, garotas muito bonitas (risos). É o que todo mundo diz, e concordo com isso (risos). O que quero dizer é que tem uma ótima atmosfera. É bom ver jovens fãs bastante ativos, eles vêm às corridas e torcem e gritam, é muito legal. Pode ser um pouco suspeito dizer isso porque os fãs ingleses também fazem muito barulho, assim como aqui.

Parece um país muito estável e sempre que viemos tudo deu certo... gostamos de correr aqui.








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