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>Reportagens > Especial

Motocross das Nações: Quem pode bater os EUA?
Publicado em: 28/09/2012
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Principal corrida do ano acontece neste final de semana na Bélgica
Redação MotoX.com.br - Lucídio Arruda - Fotos: Divulgação / Mauricio Arruda / Arquivo MotoX


  Tudo pronto na Bélgica para mais um Motocross das Nações


Assista na MotoX TV
O Motocross das Nações está prestes a se iniciar. Sábado e domingo, o principal evento do motocross realiza sua edição 2012 pela disputa do Chamberlain Trophy. A grande pergunta é: quem será capaz de deter os Estados Unidos, país que acumula sete vitórias consecutivas nos últimos sete anos?

Na minha opinião não há times fortes o suficiente para tomar a coroa dos norte-americanos. Existem, sim, alguns talentos isolados como os atuais campeões mundiais Antonio Cairoli e Jeffrey Herlings, o holandês mago na areia, que podem até faturar no individual. Mas não vejo times que possam ser apontados como favoritos a não ser os Estados Unidos.

É claro que tudo pode acontecer. Lembro do Nações no Brasil em 1999 que os EUA tinham um time fortíssimo com Ricky Carmichael (125), Kevin Windham (250) e Mike LaRocco (Open) e nada deu certo para eles, a Itália faturou com Alessio Chiodi, Andrea Bartolini e Claudio Federici.


Circuito de Lommel


Christophe Pourcel
Até no ano passado, a França, correndo em casa, teve boas chances de vencer, mas as esperanças ficaram pelo caminho quando a Christophe Pourcel abandonou a última bateria.
 
A vitória não norte-americana mais recente aconteceu justamente em condições similares no também arenoso circuito de Lierop, Holanda, em 2004, com triunfo dos belgas Stefan Everts, Steve Ramon e Kevin Strijbos. Mas na ocasião o time dos Estados Unidos não participou, então não conta. Uma efetiva derrota dos yanques aconteceu um ano antes em Zolder, Bélgica.

Depois de se abster por dois anos, em 2001 pelos ataques terroristas de 11 de setembro, e em 2002 pelo fiasco da prova que seria na  Califórnia e foi transferida de última hora para a Espanha, Ricky Carmichael fez um esforço para levar o país de volta para o Nações ao lado de Tim Ferry e Ryan Hughes em 2003.

Carmichael venceu sua briga particular com Stefan Everts, mas a Bélgica, que contava com mais dois campeões mundiais (Steve Ramon e Joel Smets) faturou o caneco.

Nações 2012


O time americano de 2011 com Dungey, Villopoto e o então estreante Baggett 


Roger De Coster é um dos fatores chave na hegemonia norte-americana
Depois de 2004 ninguém ainda foi capaz de deter os norte-americanos. Quando os caras estão determinados a vencer, são extremamente centrados e dedicados ao objetivo. O maior trunfo da equipe, na minha opinião, não entra na pista e nem é norte-americano. É o famoso Roger "The Man" De Coster, cinco títulos mundiais e seis nações como piloto e dezenas títulos AMA e nações como chefe de equipe.

De Coster é belga e sabe como ninguém escolher os pilotos e prepará-los para a batalha. Enquanto os mundialistas estavam disputando o GP da Alemanha, os norte-americanos estavam lá em Lommel, conhecendo o terreno e desenvolvendo suas habilidades "arenísticas".

Os norte-americanos sabem bem que a areia pode ser seu maior adversário. É um terreno onde os europeus, principalmente belgas e holandeses, têm mais intimidade. Por isso se "mudaram" para a Europa quase duas semanas antes com um cronograma muito simples: areia todo dia.

Também não economizaram no orçamento. Mitch Payton, dono da Pro Circuit (outro cara que sabe mais ou menos como vencer corridas e campeonatos...) levou nada menos que três motos para Blake Baggett. O próprio piloto explica: "Trouxemos uma moto de treino e duas para as corridas. Na areia se exige muito do equipamento e nosso intervalo na categoria MX2 é muito pequeno, não dá tempo de fazer muita coisa, como uma troca de motor, se necessário. O melhor é deixar duas motos prontas para as corridas."


Dungey, Baggett e Barcia, a equipe a ser batida

Justamente Blake Baggett foi o elo fraco da equipe em 2011. Este ano o piloto volta mais confiante. Já com experiência na prova e a confiança de vencer, com méritos, o campeonato de seu país, derrotando inclusive dois campeões mundiais (Roczen e Musquin).

Ryan Dungey dispensa apresentações. Além de muito rápido tem uma tocada segura e consistente. É um piloto que conhece bem os seus limites e sabe mais do que ninguém quando segurar a onda e quando atacar. Com participação em três vitórias consecutivas é o líder do time.

Justin Barcia, na minha opinião, é o ponto fraco da equipe. Porém, entenda que ponto fraco, na equipe norte-americana não chega a ser tão crítico. Tem outros 33 países que gostariam de ter um Justin Barcia na equipe. O piloto que correu o ano todo de 250 vai na Open. Não é um grande problema, já que ele provou nas provas finais do AMA Motocross de 2011 que é muito rápido de 450. As dificuldades de Barcia são mais psicológicas do que técnicas. É um piloto cujo humor pode ficar muito afetado quando as coisas não saem como esperado.


O cobiçado Chamberlain Trophy
Outras Equipes

Uma das principais apostas é o time da casa, a Bélgica, chefiada por Joel Smets. São pilotos que andam bem na areia e (como equipe) têm boas chances de pódio, quem sabe uma vitória. O problema é que, ao contrário do passado recente, a Bélgica não tem mais nenhum campeão mundial. Clement Desalle (MX1), Ken de Dycker (Open) e Jeremy van Horebeek (MX2) são bons pilotos, mas não espetaculares. Inclusive seu principal representante, Desalle, teve a temporada marcada pela falta de consistência, apesar do vice-campeonato. Horebeek é bom na areia, foi o único a não tomar volta de Herlings na primeira bateria de Lierop.

França - O time que quase chegou lá ano passado tem nomes de peso em 2012. Marvin Musquin na MX2, Gautier Paulin na Open e Christophe Pourcel na MX1. Paulin venceu uma bateria do Nações ano passado e Musquin é um dos melhores pilotos que vão alinhar na MX2. O problema é o "bipolar" Pourcel. Pode fazer a corrida de sua vida se estiver inspirado, como pode desistir da briga se entrar um grão de areia no óculos.
*Atualizado 29/09 8:40 - Pourcel foi substituido por Xavier Boog na Open e Paulin passou para a MX1.


Alemanha - Um time com dois bons pilotos como Max Nagl (MX1) e Ken Roczen (MX2) nunca pode ser descartado. Mas o terceiro representante é Marcus Schiffer, piloto que nem correu o Mundial esse ano e não se sabe muito bem o que esperar dele. 
 

Será que Cairoli vai superar a maré de azar que o ataca em todos os Nações?

Itália - Capitaneada por Antonio Cairoli o time perde na qualidade dos marinheiros. Alessandro Lupino (na MX2) não mostrou nada muito brilhante durante a temporada, a mesma coisa pode-se dizer de Davide Guarneri. Podemos apostar numa boa apresentação individual de Cairoli. Apesar dos seis titulos mundiais nunca se deu bem num Nações e quer provar que pode enfrentar os norte-americanos. Seus problemas nos Nações vão desde atrasos na alfândega (em 2007 nos EUA, os italianos mandaram umas garrafas de vinho e queijos nas caixas das motos que ficaram retidas), até contusões e quedas nas largadas. Lommel e o chão de areia fazem parte do cardápio do italiano, que se sobreviver à primeira curva, aposto que dará trabalho nas corridas.


Jeffrey Herlings
Holanda - Assim como a Itália, a Holanda parece ser um time de um homem só. O jovem Jeffrey Herlings (Open) simplesmente voa na areia. Na etapa mais arenosa do Mundial virou "apenas" 9 segundos mais rápido que seu principal adversário na disputa do título, o britânico Tommy Searle. Há muita expectativa sobre seu desempenho apesar dos poucos 18 anos recém completados. Eu diria que a pouca idade pode jogar dos dois lados. Pode dar aquela confiança inabalável de quem quer apenas se divertir e provar ao mundo que é o melhor piloto da face da terra na areia, como pode fazê-lo sucumbir à pressão que ele mesmo criou para o evento. Meu palpite é que se Herlings largar bem, ninguém vai segurá-lo. 
Já seus companheiros de equipe não apresentam um prognóstico tão bom. Marc de Reuver (MX1), apesar de ter sido criado comendo areia já é um piloto semi-aposentado, longe de seu auge quando disputava vitórias no Mundial. Glenn Coldenhoff (MX2) foi nono colocado no Mundial, e em Lierop fez um nada brilhante sétimo lugar.

Inglaterra - Os ingleses contam com o bom Tommy Searle, vice-campeão da MX2 que vai correr na MX1. Não deve surpreender na prova. Jake Nicholls na MX2 e Max Anstie (outro piloto de MX2) na Open fazem prever que o melhor que podem alcançar é um suado pódio.

Brasil - Depois do imbróglio na definição da equipe brasileira que passou pelo time A, time B e finalmente o time C que confirmou a presença na competição com motocicletas Yamaha, temos que olhar pelo lado bom, já que pelo menos não ficamos de fora. Mas não podemos cobrar ou esperar muita coisa dos meninos, os três competem na MX2 aqui no Brasil. Na Bélgica, Gabriel Gentil vai na MX1. Marçal Muller (Open), além de subir de categoria também muda de marca na competição. Deixou sua Kawasaki 250cc para montar na Yamaha 450. Rafael Faria (MX2) vai correr com o mesmo modelo que está acostumado.

Uma boa ajuda à equipe vem das mãos do espanhol Carlos Campano que vai prestar apoio técnico aos nossos pilotos. Campeão Mundial na MX3 e com uma temporada completa na MX1, onde inclusive competiu pela Yamaha oficial nas últimas provas, certamente tem boas dicas a dar aos brasileiros que enfrentam um circuito com características tão particulares pela primeira vez. O time brasileiro conta com o patrocínio de Grupo Geração, Brasil Racing, Circuit, Pirelli e Stocovich.


Cronograma: (O horário na Bélgica está 5 horas adiantado em relação à Brasília)

Sábado
10:00 - Treinos Livres MX1
11:00 - Treinos Livres MX2
12:00 - Treinos Livres Open
14:30 - Classificatória MX1
15:30 - Classificatória MX2
16:30 - Classificatória Open
20:00 Youthstream MX Awards

Domingo
8:40 - Warm-up Final B
9:10 - Warm-up MXoN Grupo 1
9:40 - Warm-up MXoN Grupo 2 
11:00 - Final B
13:08 - MXoN Race 1 (MX1+MX2)
14:38 - MXoN Race 2 (MX2+Open)
16:08 - MXoN Race 3 (MX1+Open) 

Não temos informações sobre a transmissão pela TV no Brasil. A prova será transmitida pela internet pelo sistema pay-per-view, 14,99 Euros. http://www.mx-life.tv/

  Lista oficial de inscritos*

  País Nr RIDER Class MOTORCYCLE TEAM MANAGER
1 EUA 1 DUNGEY Ryan MX1 KTM DE COSTER Roger
    2 BAGGETT Blake MX2 KAWASAKI  
    3 BARCIA Justin OPEN HONDA  
2 FRANCE 4 POURCEL Christophe MX1 KAWASAKI ROBERT Olivier
    5 MUSQUIN Marvin MX2 KTM  
    6 PAULIN Gautier OPEN KAWASAKI  
3 AUSTRALIA 7 BOPPING Lawson MX1 YAMAHA BENN Gary
    8 STYKE Luke MX2 YAMAHA  
    9 WATERS Todd OPEN SUZUKI  
4 GREAT BRITAIN 10 SEARLE Tommy MX1 KAWASAKI PRINCE Neil
    11 NICHOLLS Jake MX2 KTM  
    12 ANSTIE Max OPEN HONDA  
5 BELGIUM 13 DESALLE Clement MX1 SUZUKI SMETS Joel
    14 VAN HOREBEEK Jeremy MX2 KTM  
    15 DE DYCKER Ken OPEN KTM  
6 SOUTH AFRICA 16 VAN DER WESTHUIZEN Richard MX1 YAMAHA DEN Geoff
    17 TERREBLANCHE Shannon MX2 KTM  
    18 BRADSHAW Neville OPEN ACU  
7 GERMANY 19 NAGL Maximilian MX1 KTM NAGL Hubert
    20 ROCZEN Ken MX2 KTM  
    21 SCHIFFER Marcus OPEN SUZUKI  
8 SPAIN 22 BARRAGAN Jonathan MX1 HONDA ALONSO Josep
    23 BUTRON Jose Antonio MX2 KTM  
    24 LOZANO Alvaro OPEN YAMAHA  
9 NETHERLANDS 25 DE REUVER Marc MX1 KAWASAKI HARTMAN Marcel
    26 COLDENHOFF Glenn MX2 KTM  
    27 HERLINGS Jeffrey OPEN KTM  
10 ESTONIA 28 KRESTINOV Gert MX1 HONDA BIENE Veiko
    29 RÄTSEP Priit MX2 KTM  
    30 LEOK Tanel OPEN SUZUKI  
11 PORTUGAL 31 GONCALVES Rui MX1 HONDA CASTRO Pedro
    32 ALBERTO Paulo MX2 SUZUKI  
    33 CORREIA Luis OPEN YAMAHA  
12 SWITZERLAND 34 TONUS Arnaud MX1 YAMAHA CLEMENT Diego
    35 SEEWER Jeremy MX2 SUZUKI  
    36 GUILLOD Valentin OPEN KTM  
13 JAPAN 37 HIRATA Yu MX1 HONDA WATANABE Akira
    38 MIHARA Takuya MX2 KAWASAKI  
    39 KOJIMA Yohei OPEN SUZUKI  
14 CZECH REPUBLIC 40 NEUGEBAUER Filip MX1 KAWASAKI NEUGEBAUER Libor
    41 SPICAK Milan MX2 KAWASAKI  
    42 MICHEL Martin OPEN KTM  
15 RUSSIA 43 BOBRYSHEV Evgeny MX1 HONDA PARSHIN Evgeny
    44 TONKOV Alexander MX2 HONDA  
    45 MIKHAYLOV Evgeny OPEN KTM  
16 ITALY 46 CAIROLI Antonio MX1 KTM TRAVERSINI Thomas
    47 LUPINO Alessandro MX2 HUSQVARNA  
    48 GUARNERI Davide OPEN KTM  
17 FINLAND 49 SÖDERBERG Ludde MX1 HONDA VEHVILÄINEN Jussi-Pekka
    50 KOSKELA Niko MX2 KAWASAKI  
    51 PYRHÖNEN Antti OPEN HONDA  
18 DENMARK 52 HANSEN Nikolaj MX1 SUZUKI CAPRANI Mikkel
    53 LARSEN Nikolaj MX2 SUZUKI  
    54 OLSEN Stefan OPEN YAMAHA  
19 IRELAND 55 BARR Martin MX1 SUZUKI SPENCE Laurence
    56 IRWIN Graeme MX2 YAMAHA  
    57 EDMONDS Stuart OPEN SUZUKI  
20 AUSTRIA 58 WALKNER Matthias MX1 KTM MITTERMAIER Mario
    59 RAUCHENECKER Pascal MX2 KTM  
    60 STAUFER Michael OPEN KTM  
21 SWEDEN 61 LINDSTRÖM Kim MX1 KAWASAKI HANSSON Joakim
    62 OLSSON Karl MX2 HONDA  
    63 BENGTSSON Filip OPEN KTM  
22 LATVIA 64 LIVS Davis MX1 KAWASAKI GERMANIS Ivo
    65 JUSTS Roberts MX2 HONDA  
    66 JUSTS Augusts OPEN HONDA  
23 SLOVENIA 67 IRT Matevz MX1 SUZUKI KRAGELJ Saso
    68 GAJSER Tim MX2 KTM  
    69 GERCAR Klemen OPEN HONDA  
24 PUERTO RICO 70 APONTE Gino MX1 YAMAHA CATALA Gabriel
    71 OSBORNE Zachary MX2 YAMAHA  
    72 ALBERTSON James OPEN SUZUKI  
25 VENEZUELA 73 BADIALI Carlos MX1 YAMAHA ROJAS Ricardo
    74 RODRIGUEZ Hector MX2 YAMAHA  
    75 MARTIN Humberto OPEN HONDA  
26 NORWAY 76 HEIBYE Even MX1 KTM GUNDERSEN Kenneth
    77 KLINGSHEIM Magne MX2 KTM  
    78 JARVA Kim Oiva OPEN HONDA  
27 NEW ZEALAND 85 COPPINS Joshua MX1 YAMAHA COOKSLEY Tony
    86 LAMONT Kayne MX2 KTM  
    87 COOPER Cody OPEN SUZUKI  
28 LITHUANIA 91 RUKSTELA Nerijus MX1 SUZUKI STANKUS Saulius
    92 INDA Matas MX2 KAWASAKI  
    93 BUCAS Vytautas OPEN HONDA  
29 ICELAND 94 GUDBERGSSON Viktor MX1 KAWASAKI KARLSSON Gunnlaugur
    95 BIRGISSON Ingvi Bjorn MX2 KTM  
    96 SVEINSSON Solvi Borgar OPEN HONDA  
30 GREECE 97 KOUZIS Panagiotis MX1 HONDA NEKTARIOS Papavasiliou
    98 KOTOLETAS Dimitris MX2 YAMAHA  
    99 LLIOPOULOS George OPEN KTM  
31 THAILAND 100 SUKSRIPAISAN Jugkrit MX1 HONDA POSTEMA Jan
    101 THANGTHONG Trakran MX2 YAMAHA  
    102 ROMPHAN Chaiyan OPEN YAMAHA  
32 HUNGARY 124 SZVOBODA Bence MX1 KTM ALLIANCE Michel
    125 HUGYECZ Erik MX2 YAMAHA  
    126 NÉMETH Kornél OPEN KTM  
33 MONGOLIA 127 KHALIUNBOLD Erdenebileg MX1   DASHDONDOG Ochrsukh
    128 MUNKHBOLOR E MX2    
    129 MURUN Purevdorj OPEN    

*A equipe brasileira não consta na lista oficial devido ao atraso na definição dos pilotos








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