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>Reportagens > Especial

Família brasileira busca espaço no Motocross Norte-Americano
Publicado em: 21/03/2012
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Aos 13 anos Ramyller Alves foca o desenvolvimento da pilotagem em um Centro de Treinamento nos Estados Unidos
Redação MotoX.com.br - Malu Souza - Fotos: Arquivo Pessoal


Ramyller Alves


Há poucos dias, recebendo de Ricky Carmichael a premiação pelo Holeshot no Amador de Supercross em Daytona, prova que completou na segunda colocação
O circuito amador norte-americano de motocross tem sido constante roteiro na vida de brasileiros. Dos mais experientes aos mais jovens, eles chegam às provas buscando conhecimento e, é claro, reconhecimento. Depois de acompanharmos a evolução do gaúcho Enzo Lopes, que tem obtido resultados consistentes no circuito norte-americano, outro jovem piloto de origem brasileira também ganha destaque nos Estados Unidos. Trata-se de Ramyller Alves, de apenas 13 anos. O garoto começou na moto aos dois anos e já conquistou muitos resultados importantes por lá.

Assista na MotoX TV um vídeo de Ramyller Alves em ação no Flórida Winter AM Motocross de 2011

Os pais de Ramyller, Maurício e Rosana Alves vivem no país há 17 anos. Saíram de Minas Gerais para ficar um ano na América do Norte e não voltaram mais. O gosto pelas duas rodas veio do lado paterno. Maurício era piloto no Brasil, chegando a conquistar a Copa Shell, em Minas Gerais. Depois que foi para os Estados Unidos participou de algumas corridas e chegou a liderar um campeonato da Flórida, mas teve a carreira interrompida por um forte acidente que lhe tirou o movimento das pernas por um ano e meio. Como havia quebrado os dois tornozelos, os médicos chegaram a dizer que não voltaria a andar, mas a recuperação foi excelente e hoje o pai de Ramyller caminha tranquilamente, apenas às vezes com alguma dificuldade.


Maurício Alves, pai de Ramyller, desde o início é o grande incentivador do garoto


Competindo em uma prova na Flórida
O menino começou a participar das competições com quatro anos, mas também teve que dar um tempo na carreira, pois com o acidente do pai, não tinha quem o levasse nas provas. "Ramyller já demonstrava grande talento em cima da moto", contou a mãe Rosana. "Depois, ele foi voltando aos poucos para o motocross e adquiriu mais experiência. Assim, foi garantindo o primeiro lugar nos campeonatos da Flórida", completou.

De lá para cá, o garoto dá passos cada vez maiores. Atualmente, vive em um centro de treinamento na Geórgia, supervisionado pelo pai do piloto norte-americano Nico Izzi, onde tem acompanhamento físico e psicológico para as corridas. "Ele dedica todo seu tempo aos treinamentos e ainda estuda à noite, em sistema de home school. Tem notas altas, é uma criança muito responsável, que a cada dia nos surpreende", relatou Rosana.

As conquistas de Ramyller estão cada vez mais significativas. Há pouco tempo, ele garantiu o primeiro lugar em todas as categorias que disputou, na fase classificatória para o Loretta Lynns, a maior competição amadora dos Estados Unidos, nas classes de 12 a 14 anos stock, 12 a 14 anos modificada e super mini 1, de 12 a 15 anos. "Esta corrida foi muito marcante. Ele competia com os melhores pilotos da região e surpreendeu a todos pela velocidade e diferença de tempo em relação aos outros, que foi de sete a oito segundos por volta para o segundo colocado", relatou a mãe. Além disso, foi sexto colocado na categoria 85cc, de 12 a 13 anos, em Oak Hill, no Texas, e segundo lugar na categoria 13 a 16 (85cc modificada), e segundo na classe mini, de 12 a 15, no Amador de Supercross promovido por Ricky Carmichael, em Daytona, na Flórida.


A estrutura usada nas competições


Assista na MotoX TV um vídeo de Ramyller Alves em ação no Flórida Winter AM Motocross de 2011
Esses resultados recentes mostram que o jovem piloto tem muito futuro pela frente. E, assim como contam os pais, tem planos de seguir carreira no esporte e disputar o AMA Motocross no futuro. "Nossa rotina aqui é de muito trabalho. Temos uma boutique já há nove anos e uma empresa que faz manutenção em piscinas. Pretendemos ir ao Brasil este ano para a disputa de algumas provas dos campeonatos nacionais, como Brasileiro, Superliga e Arena Cross. No ano passado, ele competiu o Troféu Honda 150, na etapa brasileira do Mundial, mas não teve sorte, caiu e quebrou o tornozelo", revelou Rosana.

Como objetivo breve, Ramyller tem entre os planos conseguir o maior número de títulos possíveis nos Estados Unidos e disputar o Loretta Lynns. Algumas equipes brasileiras já demonstram interesse no garoto, mas quanto a isso, ainda não há nada definido. Por enquanto, ele possui patrocínios da Fly USA, FMF e MX Mud Cleaner.







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