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Ivan Cervantes comenta a temporada e sua nova equipe no Mundial de Enduro
Publicado em: 27/04/2011
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Piloto espanhol analisa também sua participação nas duas primeiras etapas e não esconde certa magoa com o antigo time
Redação MotoX.com.br - Fotos: Divulgação Gas Gas


Nesta temporada Ivan Cervantes defende as cores da também espanhola Gas Gas na classe E2 do Mundial de Enduro

Vice-campeão Mundial da classe E2 na temporada passada defendendo as cores da KTM, o espanhol Ivan Cervantes experimenta várias mudanças em 2011. A principal delas é sua nova equipe, a também espanhola Gas Gas, concretizando um sonho das duas partes que se tornou realidade depois de um 'namoro' de vários anos.

As novidades não param por aí para o 'Toro Rosso', apelido dado a Cervantes por seus colegas de Mundial. Depois de dez temporadas andando de 4 Tempos, ele agora usa uma 250cc 2 Tempos na briga pelo título da E2 e como o próprio piloto disse, será um ano de adaptação e seu trabalho com a nova equipe busca resultados a médio prazo.


Depois de dez anos, o espanhol volta a competir com uma moto 2 Tempos
Falando em briga pelo título, mesmo com seu principal adversário, o finlandês Mika Ahola, mudando de categoria, o espanhol enfrentará muitos outros fortes adversários nesta temporada. A lista é extensa: o atual líder da categoria Antoine Meo, o multi campeão Johnny Aubert e seu compatriota Pierre Alexandre Renet, Simone Albergoni e Cristobal Guerrero, que ocupou a vaga de Cervantes na KTM, são alguns dos nomes na briga.

Acompanhe a seguir uma rápida entrevista que Ivan Cervantes concedeu ao site oficial do Mundial de Enduro, logo após o GP de Portugal, segunda etapa do Mundial de Enduro. O piloto fala um pouco sobre o que espera da temporada e de seu novo time, além de fazer uma breve análise das duas primeiras etapas e polemizar ao falar de sua antiga equipe, a KTM.

Para começar, você está recuperado das lesões que sofreu nos treinos de inverno?
Sim, tudo está ok agora. Mas qualquer lesão é uma desvantagem para um piloto profissional. Ficar parado por um mês o faz perder o ritmo.

O que você achou destas duas primeiras etapas na Espanha e Portugal?
Este campeonato será difícil para mim. Mas a prova espanhola foi uma boa surpresa para e me permitiu calar os céticos. Muitas pessoas achavam que eu teria problemas de adaptação com a Gas Gas...

Então, como se sente dentro do time Gas Gas?
Me sinto em casa. E na verdade, estou em casa. Me sinto muito bem, como em uma grande família.

Você foi visto dirigindo e vivendo em um motor home durante as duas primeiras etapas, por que?
Eu e minha noiva Laia nos damos muito bem juntos. Ela me conhece muito e me entende. Sua presença é importante para mim e com o motor home conseguimos 'dar um tempo' da equipe, afinal os dias de provas são muito longos.


O piloto também ajudadará a Gas Gas a desenvolver os novos modelos de Enduro

Durante a cerimônia de premiação na Espanha, você estava com uma bandeira catalã...
Sim, de fato. Foi uma aposta com um deputado catalão. Mas, mesmo me sentindo catalão, sou orgulhoso de ser espanhol. A Catalunha me apoiou muito no início de minha carreira, em particular a Federação Catalã de Motociclismo, e sou muito grato a eles.

Depois de alguns meses, você tem algum arrependimento de ter deixado a KTM?
Sinceramente não, mesmo que tenha que recomeçar minha carreira. Me sinto como uma criança de dez anos de idade com sua moto nova. Isto aumenta ainda mais minha motivação.


Cervantes em 2010, quando pilotava pela KTM
Foto: Jonty Edmunds
Qual sua opinião sobre os problemas mecânicos que a equipe KTM enfrentou na abertura do Mundial?
Acho que depois da corrida, eles tiveram uma reunião 'bastante animada'! A KTM acredita que faz tudo com perfeição e que um problema como esse nunca vai acontecer. Isto prova que eles também podem cometer erros. Em todo caso, Johnny Aubert está agora numa situação delicada, sem pontuar na primeira etapa.

Deu para sentir uma amargura em suas palavras.
Não tem como deixar um trabalho de nove temporadas sem nenhuma amargura, mesmo recusando algumas ofertas nos últimos anos. Mas, gostaria de dizer que não deixei a KTM por motivos financeiros e Fabio Farioli, chefe de equipe do time de Enduro KTM, queria me manter na equipe.

Explique sua adaptação com a nova moto.
Não tive nenhum problema de adaptação, mesmo mudando meu estilo de pilotagem e treinamento. Isto também aconteceu quando mudei das 2 Tempos para as 4 Tempos, que utilizei por dez temporadas, desde 2002. As motocicletas de 4 Tempos aceitam mais erros, mas o baixo peso das 2 Tempos é uma habilidade importante também e gosto de pilotar minha Gas Gas 250cc. Sei que vou ganhar velocidade durante a temporada e progredir rapidamente.

Fora as competições, você também tem um novo papel no desenvolvimento da Gas Gas.
Assinei um contrato de três anos e a Gas Gas não coloca nenhuma pressão por resultados. Vamos trabalhar a médio prazo. Já comecei a trabalhar no pré desenvolvimento dos modelos 2012 de 250cc e 300cc. É bastante interessante e motivador. Quanto ao modelo de 4 Tempos, estamos progredindo gradualmente. Quem sabe em 2012 não teremos a possibilidade de testá-la em competições? Em todo caso, estaremos prontos em 2013, com esta nova motocicleta.






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