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Steve Ramon
Publicado em: 15/03/2011
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Piloto belga pretende usar experiência para conquistar títulos da temporada
Redação MotoX.com.br - Fotos: Divulgação


Steve Ramon é um dos mais experientes pilotos do Mundial de Motocross

Duas vezes campeão mundial de motocross - 125cc em 2003 e MX1 em 2007 - e sete vezes número um da Bélgica, Steve Ramon, da equipe Rockstar Energy Suzuki, é dos mais experientes pilotos em atividade na classe MX1 do campeonato do mundo. Em 2011, o piloto de 31 anos completará seis anos junto da equipe de fábrica, com a RM-Z 450, e desde então apenas uma vez terminou fora dos cinco primeiros colocados, em 2009 quando machucou o pescoço. 

O belga, que também possui um título no Motocross das Nações (2003), fala sobre sua recente vitória histórica, na prestigiada prova na praia de Le Touquet, na França, sobre o próximo desafio no Campeonato Mundial que começa no dia 10 de abril, na Bulgária, e sobre sua persistência para ganhar o oitavo título de seu país.


Belga de 31 anos ganhou a mais recente edição do famoso Enduro de Le Touquet
A vitória no Le Touquet foi um grande início de ano. Isso interfere em alguma coisa de sua preparação para a temporada?
Não, claro que você precisa estar em uma grande forma, talvez não 100%, mas você precisa estar preparado para algo como o Le Touquet. Eu fiz minha preparação normal em dezembro e comecei a correr em janeiro, talvez um pouco mais na areia visando à prova na França. Para mim foi um desafio ir para lá e tentar a sorte. Eu realmente queria vencer, mas não sabia quais expectativas poderia ter. Especialmente porque teria adversários com muito mais experiência em corridas na praia. O Le Touquet é um grande evento com muitas pessoas assistindo e tudo correu muito bem; minha moto, os pit-stops. Eu sempre quis vencer lá, ao menos uma vez. Foi ótimo ter a oportunidade e o apoio da Suzuki. Fiquei feliz, porque foi também a primeira vitória da equipe lá. Foi um dia ideal.

Então, além dos dois Campeonatos Mundiais e dos sete títulos nacionais, esse se apresenta como outro destaque em sua carreira?
Com certeza, venci corridas na praia antes, mas essa era a única grande que estava faltando. Foi uma sensação muito boa.

Você agora é o piloto mais velho da MX1...
Não!

Mas você ainda se sente jovem sobre a moto?
Às vezes sim. Apesar que no último ano tive pequenas lesões que não pude recuperar suficientemente rápido e foi muito frustrante. Foi difícil para treinar e às vezes sua mente vagueia e você acha que talvez esteja ficando velho demais, mas então, faço uma boa corrida e isso me motiva novamente, quero novamente treinar e trabalhar duro. Os jovens pilotos são fortes e rápidos e não é fácil competir com eles, mas eu acho que ainda estou veloz e enquanto me sentir em boa forma, vou continuar. Depois de uma corrida, posso levar mais de um dia para me recuperar, mas esse é o jeito.


Dois títulos mundiais fazem parte do carreira do atleta: da 125cc em 2003, quando também foi campeão do Motocross das Nações, e da MX1 em 2007

Você está entrando em sua sexta temporada com a Suzuki...
Para mim, é a maneira mais fácil e melhor de correr. Desde o início, eu me sentia bem na equipe. Temos boas relações de trabalho e estou feliz em fazer mais uma temporada. A moto é muito boa e o fato da equipe ser baseada na Bélgica torna as coisas mais simples. Eu não tive o melhor ano em 2010 e demorou um tempo para que as coisas fossem resolvidas e para que a Suzuki tomasse a decisão final. Acho que estive com a Suzuki mais do que com qualquer outro fabricante.

Há mudanças significativas na sua moto de corrida, a RM-Z450, para 2011?
Não muito, apenas alguns pequenos detalhes. Eu estava me sentindo muito bem com a moto do ano passado e é difícil torná-la melhor a cada temporada. Claro que todo mundo tenta, mas para fazer uma grande melhora não é tão fácil. Tentei algumas coisas novas e se há algo que quero mudar, a equipe faz de tudo para alcançar. A moto está pronta para ganhar.


Esta é sua sexta temporada pela equipe oficial de fábrica da Suzuki
Você vai buscar o oitavo título do Campeonato Belga?
Sim! A mesma programação para mim. Eu não sou uma pessoa que persegue recordes. Eu tenho que treinar de qualquer forma, então por que não competir? Os eventos não estão tão longe e essa é uma boa oportunidade para ver meus fãs, aqueles não podem acompanhar o Campeonato Mundial. Houve um tempo em que eu até estava pensando em fazer menos corridas e me concentrar no Mundial. É claro, o título da MX1 é importante, mas o belga também é. Também é bom para o esporte na Bélgica ter pilotos de nível mundial envolvidos, porque não está ficando fácil para o motocross em nosso país.

Um de seus objetivos é estar em uma boa forma. Se isso acontecer, você irá para o Campeonato...
Sim, este é meu objetivo. No ano passado, eu não estive sempre bem, e quando isso acontece você não tem chance de lutar com os caras mais fortes. Uma das coisas mais difíceis é ir todo ano sem nenhum problema físico. Eu quero ficar em forma, trabalhar duro e ver onde chegamos no final da temporada. Eu quero ganhar um mundial e conseguir mais pódios, mas é preciso ter um pouco de sorte. O Mundial é meu objetivo principal, mas vou enfrentá-lo de uma forma mais relaxada agora.

Existem pilotos rápidos e jovens na Bélgica, como Desalle, De Dycker e Roelants. Você ainda sente que seu perfil corresponde a esses pilotos?
Sim, mas as coisas mudam e é assim. Clement é um bom piloto e acho que ele irá bem nesta temporada. Eu não tenho esse sentimento de que ‘estou indo para o outro lado’, mas é claro que uma hora o tempo passa e os outros ficam melhores, espero que não tão cedo! No geral, é bom ter outros pilotos belgas rápidos.


Além do Mundial, Steve Ramon disputará o título do campeonato nacional na Bélgica

Você tem a experiência de competir em cada Mundial da classe MX1 desde 2004. Seu sucesso e histórico te deixam mais confortável?
A experiência ajuda. Eu acho que você pode ver a diferença, como disse Clement, por exemplo, quando ele tem um problema, ele fica um pouco nervoso, mas ele é jovem e isso é normal. Passo por essas coisas mais relaxado agora e eu acho que a expectativa das pessoas sobre mim são menores que sobre Cairolli, Desalle ou qualquer um dos favoritos. Há sempre pressão porque eu estou em uma equipe de fábrica, mas eu sei que se eu estou em boa forma, então, eu posso impor dificuldades para esses pilotos.


Disputa do mundial 2011 começa em abril






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