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Sérgio De Paris - Rinaldi
Publicado em: 29/01/2011
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Marca aposta forte no mercado fora de estrada
Redação MotoX.com.br - Lucídio Arruda - Fotos: Maurício Arruda / Arquivo MotoX


Aos 42 anos de atividade a Rinaldi ocupa lugar de destaque na industria nacional de pneus. Principalmente entre as motocicletas, onde é a líder no mercado de reposição. Recentemente a marca deu mais ênfase ao segmento fora de estrada, ampliando os lançamentos na área e aumentando a presença nas competições, tanto com pilotos e equipes, como no patrocínio de eventos.

Nos picos de produção a planta de 35 mil metros em Bento Gonçalves, RS, funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. São produzidos mensalmente ao redor de 250.000 pneus, e cerca de 30% das unidades são destinadas às motos off-road. A produção de câmaras de ar também apresenta números respeitáveis com nada menos que 220 mil unidades mensais.

Na oportunidade da visita à fábrica conhecemos também o processo de fabricação dos pneus, que você pode conferir no vídeo ao lado. Para saber mais sobre a empresa e o crescimento do mercado off-road, conversamos com o gerente comercial Sérgio De Paris.


De Paris, Roberto Castro, Humberto Martin e Jana Brum (marketing)
na abertura do Brasileiro de Motocross em 2010


Sérgio De Paris
Quando surgiu a Rinaldi e por que a escolha do ramo de pneus? 
A empresa iniciou suas atividades em 1969 na cidade de Bento Gonçalves (RS) com a produção de material de recauchutagem. Na época, contava com uma área de 15 mil m², 60 colaboradores e capacidade de processamento de 100 toneladas por mês de produtos elaborados. O fundador já tinha em seus projetos a idéia de fabricar pneus, porém não havia definido que tipo de pneus fabricaria. Com sua persistência e visão para os negócios, apenas acreditou no seu sonho, elegeu bons parceiros, estimulou o trabalho em equipe e deu início a Rinaldi.

Quando começou a produção de pneus para motocicletas?
Seguindo os princípios do crescimento constante, a Rinaldi iniciou em 1980 a fabricação de pneus e câmaras de ar para as linhas de motocicletas, agrícola, industrial (não motorizada) e charretes. 

Atualmente contamos com uma área industrial de 35 mil m², onde cerca de 700 colaboradores atuam no processamento de 800 toneladas de matérias-primas ao mês, com a capacidade instalada, a empresa deverá atingir a produção mensal de 220 mil câmaras de ar e 250 mil pneus. A companhia vem crescendo em média 10% ano, ocupando posição diferenciada entre os fabricantes nacionais - é líder no atendimento do mercado de reposição, com 32,5% de participação, segundo a ANIP. 



O Gerente de Engenharia Adriano De Paris nos mostra o pneu já montado. A peça ganha formato definitivo após o "cozimento" nas formas.
Qual foi o primeiro pneu para motos off-road e em que ano teve início sua produção?
Em meados da década de 80, a Rinaldi iniciou a produção dos pneus off-road, apenas com duas medidas. Após o lançamento foram feitos estudos e parcerias com pilotos para desenvolvimento de novos modelos e medidas.

Nos últimos anos a Rinaldi intensificou os lançamentos voltados ao off-road. O que levou a empresa a investir mais nesse mercado?
O segmento apresenta um crescimento expressivo e acaba influenciando os demais, pois se o seu produto é de alta performance para os profissionais dos esportes sobre duas rodas, conseqüentemente, terá um ótimo desempenho para uso no dia-a-dia, além disso, os profissionais agregam maior valor a marca, tornando-a referência no meio. Nosso objetivo é cada vez mais oferecer produtos de qualidade, atendendo as expectativas e exigência dos consumidores.

O patrocínio no esporte também cresceu. Tanto em pilotos quanto em equipes e campeonatos. Como a empresa mensura o retorno deste investimento?
A Rinaldi pode afirmar que em 2010 colheu bons resultados investindo no esporte. A marca se tornou mais conhecida e ganhou respeito por acreditar que a liberdade de escolha é a melhor forma de incentivar os desportistas a escolherem o produto que melhor se adapta as suas necessidades.

Além disso, a empresa conta com uma linha off-road desenvolvida com o apoio e participação dos atletas que competem com o patrocínio da marca.
Qual o papel dos pilotos patrocinados no desenvolvimento de novos produtos?
Eles executam um papel fundamental, com a experiência de grandes nomes do esporte nacional conseguimos solucionar demandas de mercado e aprimorar cada vez mais nossa linha. O setor de desenvolvimento tem uma relação muito próxima com eles, os pilotos passam suas necessidades e nós buscamos atendê-las com perfeição. Além disso, a empresa participa constantemente de diversos eventos off-road, onde consegue informações com diversos profissionais.

Os produtos utilizados em competição são analisados após as provas?
Sim, os produtos são analisados pela área técnica em parceria com os pilotos e chefes de equipes. Neste momento é feito a coleta de opiniões e sugestões de melhorias.

Para quais países a Rinaldi exporta. E qual é a participação das exportações no volume total da empresa?
A Rinaldi atua no mercado externo há 25 anos e conta com clientes na Argentina, Austrália, Bolívia, Chile, Chipre, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, Finlândia, Guatemala, México, Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, Suécia, Uruguai e Venezuela. As vendas internacionais correspondem a 8% da comercialização total. 


Hoje em dia os fabricantes de pneus têm que recolher e reciclar os pneus usados. Como é feita a coleta e o tratamento desse material?
As fabricantes de pneus contam com o apoio da ANIP, Associação Nacional dos Fabricantes de Pneumáticos, a qual é responsável, em parceria com as prefeituras municipais, pelo recolhimento dos pneus inservíveis. Todos os associados contribuem mensalmente com a entidade, a qual criou a Reciclanip, que realiza a coleta, destinação e acompanha os avanços da reciclagem de pneus.

Em 2009 houve toda aquela polêmica do regulamento sobre pneus no Brasileiro de Motocross, onde apenas a marca do antigo patrocinador era permitida. Os pilotos Rinaldi tinham que recorrer a liminares na justiça para competir com os produtos da marca. Isso não provocou o desejo na empresa de se retirar da competição?
De maneira alguma. Respeitamos acima de tudo a liberdade de escolha da marca e do modelo de pneu que melhor se adapta ao estilo de pilotagem de cada um. A disputa entre as marcas deveria ser sadia, pois proporciona, além de bons resultados, a possibilidade de serem realizadas importantes melhorias na qualidade e desenvolvimento de novos produtos.

Como patrocinadora do Campeonato Brasileiro de Motocross 2010 qual foi a participação da empresa na formulação do regulamento e escolha das cidades sede?
Acredito não ser interessante gerarmos polêmicas sobre este assunto, pois afinal, sabemos que essa escolha fica a cargo da CBM, porém, é possível que, nós patrocinadores, consigamos mudar isso nas próximas edições, trabalhando em conjunto para crescimento e desenvolvimento do esporte e também visando o retorno de nossos investimentos.

Para finalizar, quais são os principais planos e lançamentos para o motociclismo off-road?
A Rinaldi continuará mantendo os investimentos no esporte, porém, muitas decisões ainda estão sob a avaliação da direção. Acreditamos que logo tenhamos as informações necessárias para divulgar ao mercado. 







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