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>Reportagens > Especial

Por que competir no Dakar? Pilotos respondem
Publicado em: 10/01/2011
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O que leva alguns dos principais pilotos a competir no maior Rally do Mundo
Redação MotoX.com.br - Lucídio Arruda - fotos: Marcelo Maragni / Denis Klero


Os desafios logísticos do Dakar geram ainda mais fascínio sobre a prova

Mesmo considerada uma das provas mais perigosas da atualidade, o Rally Dakar continua atraindo todos os anos centenas de pilotos, além de ocupar a imaginação de outros milhares que sonham em um dia participar da competição.


Carlos Saiz (Carros / VW)
Em 2011 são 9500km em 15 dias, com mais de 400 pilotos inscritos e 2500 pessoas entre equipes de apoio, organização e imprensa. Para descobrir qual a motivação desses atletas, a Red Bull perguntou a seus principais pilotos o que os leva a arriscar o pescoço nessa fascinante aventura. Confira as respostas:

NDR: As posições atuais informadas se referem à classificação de ontem 09/01/2011.

Carlos Sainz (Espanhol, atual vencedor e líder na categoria Carros): “Meu motivo para estar no Dakar é o mesmo pelo qual participei das centenas de ralis em que competi ao longo da minha carreira: a paixão pelo automobilismo e por vencer. Quando estreei no Dakar trouxe um objetivo claro, de me tornar o primeiro espanhol a vencer a prova entre os Carros. Tenho muito orgulho por ter atingido esse objetivo”. 



Marc Coma (KTM)


Cyril Despres (KTM)
Marc Coma
(Espanhol, bicampeão e atual líder na categoria Motos): “É uma pergunta que eu mesmo frequentemente me faço, e muitas vezes não consigo responder. Mas o Dakar é parte integral da minha vida já há muitos anos. Essa é minha nona participação, e minha vida gira em torno do rali – em torno da preparação dia após dia para me manter competitivo e em condições de vencer a próxima edição. Tenho orgulho de ser parte da família do Dakar, tanto que, quando parar nas motos daqui a alguns anos, pretendo competir entre os carros”.

Cyril Despres (Francês, tricampeão e atual segundo colocado entre as motos): “Bem, você sabe por que é um jornalista? É um pouco complicado de responder, não? Motos são a coisa de que mais gosto desde que era criança.

Nasser Al-Attiyah (Carros / VW)
Comecei como mecânico na adolescência, depois passei a competir em alguns enduros e finalmente no rally cross-country, onde consegui meus melhores resultados. Graças a isso passei a viver do Dakar, e desde então não me fiz mais muitas perguntas... Acho que no momento em que você começa a questionar por que está no Dakar, a hora de parar está chegando”.

Nasser Al-Attiyah (Catarense, vice-campeão em 2010 e atual vice-líder entre os carros): “O Dakar para mim sempre foi um sonho de infância, que batalhei muito para concretizar. Primeiro minha família me obrigou a terminar meus estudos. Quando finalmente meu pai permitiu que eu me tornasse um piloto profissional, agarrei a chance com as duas mãos e me esforcei ao máximo para chegar a um alto nível. Existem muitos pilotos de rali no Oriente Médio, mas eles normalmente sofrem quando competem no exterior. Por isso fui desde cedo para a Europa, para evoluir e ganhar experiência para atingir o topo; me sinto muito feliz e sortudo por haver chegado lá, pilotando para um time como a Volkswagen Motorsport”. 


Vladimir Chagin (Caminhões/Kamaz)
Vladimir Chagin 
(Russo, hexacampeão e atual vice-líder na categoria Caminhões): “Esse é meu 18º Dakar, e nenhum deles foi igual aos outros. O Dakar junta os melhores carros e caminhões, equipes e pilotos do mundo, e só poder fazer parte disso já é em si uma motivação. É claro que a maior motivação de todas é chegar ao topo do pódio, mas simplesmente estar aqui já é um prazer enorme. Acredito que todas as pessoas aqui no acampamento do Dakar não poderiam viver sem as emoções do rali”. 

Giniel de Villiers (Sul-africano, vencedor do Dakar em 2009 entre os Carros e atual quarto colocado): “No fim das contas, o que mais importa é que essa é a corrida de resistência mais dura do planeta. É o desafio máximo para homens e máquinas, e é isso que me atrai como piloto para seguir voltando ao Dakar, ano após ano. É uma das ‘Grandes Aventuras Humanas’ que existem; mentalmente e fisicamente, não há nada no automobilismo que se compare ao Dakar”. 


Firdaus Kabirov (Caminhões/Kamaz)

Firdaus Kabirov (Russo, bicampeão e atual líder entre os Caminhões): “Trabalho como engenheiro na fábrica da Kamaz, então foi assim que o meu interesse por acelerar um dos nossos caminhões no Dakar começou – o rali é o teste máximo para os nossos produtos. Me sinto feliz pelo nosso caminhão ser resistente e rápido o suficiente para que sejamos competitivos no Dakar”. 


Nani Roma (Carros/Nissan)
Nani Roma
(Espanhol, vencedor em 2004 entre as Motos, atual 19º entre os Carros): “O Dakar faz parte de nossas vidas. É o meu trabalho e como ganho meu sustento, mas também é uma forma de conhecer coisas novas, além de ser uma grande aventura. Durante muitos anos você se prepara para conseguir encarar uma corrida assim, e ter a chance de acelerar nos desertos imensos é indescritível. Nada se compara; é quase uma filosofia de vida”.

Luc Alphand (Francês, vencedor em 2006 entre os Carros, ausente em 2011 devido a lesão): “No início você quer apenas descobrir como é. Quando criança via na TV as imagens do deserto, a vastidão dos espaços abertos, e ficava fascinado. Quando finalmente fiz meu primeiro, não terminei – então quis voltar no ano seguinte para terminar. Consegui na segunda tentativa, e então comecei a querer ganhar um... É um pouco como quando você põe a mão para ver se a água da piscina está boa, e antes que tenha percebido já está mergulhando no fundo. Terminar um Dakar dá um senso de missão cumprida indescritível”. 


Ruben Faria (KTM)

Ruben Faria (Português, atual 5º colocado entre as Motos): “Comecei a andar de moto com cinco anos, e a fazer motocross ainda na adolescência. Acredito que todos os pilotos sonham em encarar um Dakar. Finalmente fiz minha estreia em 2006, e estar aqui se torna simplesmente um vício, quase uma droga. Às vezes quando as coisas dão errado durante uma especial eu me pergunto por que estou aqui e juro nunca mais voltar. Mas duas semanas depois da chegada, já estou planejando o Dakar seguinte”.

Kris Nissen (Alemão, chefe da equipe Volkswagen Motorsport, atual líder e vice-líder entre os carros com Carlos Sainz e Nasser Al-Attiyah): “Toda montadora quer ter seus produtos vistos como os mais duráveis de maior desempenho, e nenhuma outra forma de esporte a motor testa isso tão duramente quanto o Dakar. No âmbito pessoal, o desafio logístico de gerir uma estrutura tão complexa e torná-la um time vencedor é o que mais me atrai”.









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