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Jorge Balbi Jr.
Publicado em: 19/05/2005
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Entrevista Jorge Balbi Jr.
Por: Maurício Arruda - Fotos: Arquivo MotoX

Depois de fazer História nos Estados Unidos o atual campeão brasileiro de motocross na categoria MX1, Jorge Balbi Jr., segue nesta segunda metade da temporada para novos desafios em um rumo totalmente novo em sua carreira.

Aproveitamos a passagem do piloto mineiro pelo Brasil, antes de seguir para o seu novo destino (a Europa) para saber os detalhes deste novo projeto. Jorge Balbi fala sobre os Estados Unidos, das mudanças em sua pilotagem, do motocross no Brasil e conta tudo sobre a nova equipe que integrará na Itália com o apoio da Vaz.


"O que mais me chamou a atenção foram as arquibancadas lotadas e um público muito animado e bem informado', falando sobre a etapa gaúcha do Brasileiro de Motocross
MotoX
: Primeiro gostaríamos de saber mais sobre o período em que você esteve nos Estados Unidos. Certamente é bem difícil abandonar a posição de piloto número 1 no seu país e partir para um lugar desconhecido, sem mecânico e com pouco apoio. Dessa experiência quais os pontos que você destaca como positivos e quais os negativos? 

Balbi: Bem acho que esta experiência que tive nos Estados Unidos foi algo muito positivo pra mim não só para a minha pilotagem mais também para um grande crescimento pessoal. Passei por inúmeras dificuldades, tive que me virar muitas vezes sozinho, aprendi a fazer coisas que nunca tinha feito antes, aprendendo a valorizar coisas que não dava importância antes. E é claro em alguns momentos me surpreendi comigo mesmo nem mesmo eu achei que teria força para suportar alguns obstáculos que tive que vencer dentro e fora das pistas. Quanto a minha pilotagem é claro aprendi inúmeras técnicas novas, mas acredito que o que mais mudou foi a maneira de conduzir uma corrida. No Brasil estava acostumado a largar e só definir uma prova depois de 10, 15 minutos de corrida, já nos EUA a historia era bem diferente muitas vezes pode se definir uma corrida na largada. Acho que o que mais mudou na minha pilotagem foi a minha postura durante uma corrida, que está muito mais agressiva e determinada a definir a minha estratégia de corrida nas primeiras voltas. Coisa que é comum em todos os pilotos americanos. Apesar do pouco tempo, essa experiência valeu por anos.

MotoX: Você pontuou no AMA Supercross e venceu provas regionais de motocross. Além de sua classificação para final da 1ª etapa do Supercross, na sua opinião qual foi o ponto alto de sua passagem pelo Estados Unidos? 

Balbi: Sem sombra de dúvida foi largar na final da primeira etapa do AMA Supercross. Em setembro do ano passado já tinha conseguido me classificar para o AMA Motocross. Quando corri em Glen Helen todos nós brasileiros sabíamos o quanto já tinha feito, porém esperar uma final no AMA Supercross era algo que nem eu mesmo imaginava. Foi muito bom ter realizado mais esse sonho, é algo inexplicável largar entre os 20 melhores do mundo, com um estádio com mais de 50 mil pessoas te assistindo ao vivo, e outras milhares ou milhões sei lá (risos) através dos meios de comunicação. Mais não foi só isso, fiz outras excelentes provas no Supercross e também ótimas provas no Motocross regional. Destas provas regionais consegui vencer duas, andando na frente de excelentes pilotos, como J. lansoor, Brett Metcalfe, Jeff Alessi etc... Porém infelizmente na última prova regional que estava participando, após vencer a primeira bateria da 125cc, larguei na 250cc e vinha fazendo uma excelente corrida disputando a segunda colocação com o piloto Ryan Hughes, porém acabei cometendo um erro devido a um problema na suspensão traseira da minha moto caí e machuquei minha perna. Graças a Deus minha perna já esta boa me permitindo encarar este novo desafio. 


"Gostei muito de ver o Duda Parise vencer com um esquema privado na MX1".
MotoX
: Agora você está tomando um novo rumo na carreira, partindo para a Europa. Quais são os planos até o final da temporada? 

Balbi: É uma mudança inesperada, mas muito boa. No inicio do ano tinha me programado para correr toda a temporada nos EUA porém como todo mundo sabe não sei se teria condições financeiras para continuar até o fim. Foi quando na melhor hora possível, comecei a negociar minha ida para a Europa, que não seria possível de maneira nenhuma sem o apoio da VAZ e de todos empenhados nisso, principalmente o Tato (Alberto Bruzzone). Infelizmente nossos planos foram um pouco adiados pelo fato de ter me machucado nos EUA. Irei participar de vários campeonatos porém todos eles já estão em andamento. Irei fazer algumas etapas do Mundial, o Campeonato Italiano e o Europeu. Minha expectativa, como não poderia ser diferente, é a melhor possível. Pela primeira vez vou poder competir em campeonatos de nível altíssimo, mas com uma grande diferença de provas anteriores, vou estar correndo numa excelente equipe com apoio de várias pessoas, o que será muito bom pra mim. Porém este é um trabalho que exige algum tempo. 

MotoX: Qual será o nome da equipe e quem está lhe apoiando nesta nova fase?
 
Balbi: Eu vou correr com a estrutura da equipe Ricci Racing Yamaha (equipe essa a mesma dos pilotos Alessio Chiodi, italiano, e Andrew McFarlane, australiano) com o patrocínio da Vaz. E também irei contar com os patrocínios da ASW que, vale lembrar, sempre esteve comigo desde o início da minha carreira e também da Orbital. Estou bastante animado como temos visto os resultados da equipe no mundial, ela com certeza é uma das melhores equipes. Gostária muito de agradecer a confiança depositada em mim.

MotoX: Você vai sozinho novamente ou levará alguém do Brasil? Já está definido quem será seu mecânico, onde irá morar, categoria em que vai competir, sua estrutura, moto, etc. ?

Balbi: Na verdade não vou levar ninguém do Brasil, porém vou contar com o apoio do Tato, italiano que reside no Brasil e que conheço a muitos anos e que agora está de volta a Itália e poderá me acompanhar. Vou morar em um apartamento na cidade de Bolonha na Itália. E quanto a mecânico estrutura etc. tudo isso será cuidado pela equipe Ricci Racing. A única coisa que sei é que irei competir com uma moto YZF 450cc na categoria MX1.


Com a irmã Mariana, também piloto. A família Balbi está fortemente ligada ao esporte.  
MotoX
: Você foi a Carlos Barbosa e acompanhou a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross depois de alguns meses fora. Pelo que viu, você acha que nossos pilotos estão evoluindo? 

Balbi: Gostei muito do que vi. Acho que todas as categorias estão muito interessantes principalmente pelo grande número de inscritos em todas elas. É muito legal ver um Campeonato onde todas as categorias estão largando com o gate cheio. Mas o que mais me chamou a atenção foram as arquibancadas lotadas e um público muito animado e bem informado, por várias vezes pessoas vieram falar comigo sabendo do que se passa e sempre me desejando sorte e me dando os parabéns pelos meus resultados dentro e fora do Brasil. 

O único ponto negativo que vi foi saber que um espetáculo tão bonito e com tanta estrutura e organização não tenha cobertura de uma televisão, o que com certeza impede o esporte de crescer mais. Quanto aos pilotos, os que mais me impressionaram foram o Leandro Silva que venceu a corrida num ritmo alucinante e o Marcello 'Ratinho' Lima que saiu da trigésima posição terminando em segundo lugar, os dois na categoria MX2. Eles viraram mais rápido que a própria MX1 o que não acontecia a muito tempo. Também gostei muito de ver o Duda Parise vencer com um esquema privado na categoria MX1.

MotoX: Para finalizar... já está treinando italiano? E quando será sua estréia nas provas européias? Obrigado e boa sorte! 

Balbi: Com certeza, nestes dias que estive no Brasil aproveitei para estudar um pouquinho de italiano... e ainda falam que motocross não é cultura (risos)!!!! Estamos planejando estrear no dia 12, 13 de junho na oitava etapa do mundial, na Itália. Pretendo estrear nesta corrida mas devido a lesão que sofri, só irei começar a treinar  após o dia 26 de maio. E mesmo trabalhado muito  físicamente esse tempo que fiquei sem andar de moto, não sei se estarei em totais condições de correr nesta data. Porém garanto que farei de tudo para correr.






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