X Fechar
foto

X Fechar
foto
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais


>Colunas > Preparação Física

Motocross e overtraining
Publicado em: 01/10/2007
Clique e saiba mais

Guia MotoX de Preparação Física
Por Roberto César de Oliveira (Prof. de Educação Física e Fisiologista)
Fotos: Idário Café Araújo

Motocross e overtraining


Antônio Jorge Balbi Júnior enfrentou o problema durante sua temporada no AMA Motocross
Quando terminei meu trabalho na Unifesp com os pilotos de elite do motocross brasileiro em 2005, percebi que havia uma grande desinformação com relação aos métodos de treinamento que os atletas realizavam. Alguns treinavam pouco, outros menos ainda e os mais preocupados treinavam muito e de forma desordenada sem um planejamento específico de trabalho. Claro que a culpa não era totalmente deles, mas do empirismo que a modalidade vinha sendo tratada em relação à preparação física.

A prática regular de treinamento físico dos pilotos deveria ser prioridade, a partir do momento em que se quer levar o esporte a sério. O exercício físico promove uma série de benefícios fisiológicos ao organismo, e isso se deve a um planejamento organizado de trabalho desenvolvido por um profissional capacitado.

Avaliação física, treinamento de força, resitência aeróbia e anaeróbia, organização de treinamento para o calendário das provas, alimentação balanceada, períodos de descanso, treinamento da concentração; tudo isto deve ser administrado, planejado e periodizado durante toda a temporada. Quando estas variáveis não são tratadas com a devida atenção e mal orientadas o praticante pode desenvolver sintomas indesejáveis, que na maioria das vezes caracteriza-se como a síndrome do overtraining. 


Piloto brasileiro precisou interromper os treinamentos após a etapa de Unadilla, quando detectou o overtraining 
Foi classificada como um conjunto de sinais e sintomas, em resposta à um treinamento planejado de forma inadequada e mal orientado. O seu principal sintoma é a queda insistente do rendimento, mesmo após sessões de treinamento leve. Além disso, fatores como: dores musculares, fadiga crônica, perda de peso, insônia, dores de cabeça, pequenas lesões músculo-esqueléticas, irritabilidade, perda de apetite e resfriados constantes; podem estar associados à síndrome. Outros autores relatam também alterações hormonais, imunológicas, fisiológicas, hematológicas e psicológicas para detectar o problema. Observa-se frequentemente estes sintomas em atletas de outras modalidades que cumprem um programa de treinamento mal planejado. Para o tratamento do problema o atleta deve interromper o trabalho no mínimo duas semanas.
Atualmente temos mais informações sobre a modalidade, mas é necessário que os pilotos tenham consciência que estamos tratando de um esporte que exige grande condicionamento físico e que para isto acontecer há necessidade de um planejamento específico de trabalho bem orientado. A falta de conhecimento, pode desencadear ao atleta sintomas físicos indesejáveis que acarretará uma interrupção obrigatória no treinamento prejudicando toda uma temporada.

A melhor forma de tratamento para esta síndrome é a prevenção. Procure orientar-se de forma adequada, procurando planejar e periodizar os ciclos de treinamento, pedindo auxílio à profissionais de educação física, além de nutricionistas, médicos e fisiologistas; para minimizar riscos e melhorar o seu treinamento e a sua saúde.

Cuide-se e bom treino!




Roberto Cesar de Oliveira
Prof. de Educação Física e Fisiologista
Mestre pela UNIFESP - Escola Paulista de Medicina
Contato: (11) 9119.9908 / (11) 3501.0322 ou performa@uol.com.br


        






© 2000 - 2020 MotoX MX1 Internet