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Marcello Ratinho Lima e Rodrigo Selhorst
Publicado em: 08/06/2007
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Entrevista Marcello Ratinho Lima e Rodrigo Selhorst no Latino-Americano
Por Maurício Arruda - Fotos: Carlos Alvarez (Carlitos)


Marcello Ratinho Lima e Rodrigo Selhorst
Foto: Maurício Arruda

O paulista Marcello Ratinho Lima e o rondoniense Rodrigo Selhorst foram os únicos brasileiros competindo na etapa de abertura da edição 2007 do Latino-Americano de Motocross, competição realizada no Equador no final do mês passado e disputada na categoria MX2.

Ratinho, atual campeão, e Selhorst, 4º colocado no ranking, não tiveram sorte nesta primeira participação - ocupam respectivamente a 8ª e 12ª posições na classificação geral - mas estão confiantes na recuperação em território brasileiro. As duas próximas (e últimas) etapas do campeonato serão realizadas no Brasil - Rondônia e Acre - durante o mês de julho (clique aqui e
saiba mais informações sobre o Latino-Americano de Motocross). 

Nesta entrevista eles contam os detalhes sobre a participação neste campeonato internacional, as expectativas para as próximas corridas e quais pilotos eles consideram os principais adversários na luta pelo título.


Ratinho em ação na prova equatoriana


Selhorst concedendo entrevista a TV local
MotoX: Contem um pouco do histórico de vocês dentro do Latino-Americano de Motocross.
 

Ratinho: Eu já participei várias vezes do Latino aqui no Brasil, mas essa foi a primeira fora, sempre tive bons resultados e no ano passado consegui vencer meu primeiro campeonato (Ratinho é o atual campeão). 

Selhorst: Em 2000 participei pela primeira vez do Latino, foi em Belo Horizonte (MG), acabei finalizando em terceiro, mesma posição que fiquei no campeonato já que ele foi disputado em etapa única. Voltei a competir em 2003 quando teve uma etapa do Latino em Ouro Preto (RO), fiquei em terceiro na corrida e em sexto no campeonato, pois não participei da outra etapa. Nessas duas edições eu consegui chegar à frente do Martin Davalos que hoje está nos Estados Unidos. 

Em 2004 fiz quarto e quinto em Cacoal (RO), em 2005 ganhei uma bateria e na outra cai e não consegui terminar e finalmente no ano passado fiquei em quarto no Acre, ganhei a primeira bateria em Rondônia. Na segunda bateria teria que ganhar e o Rato fazer terceiro para eu ser campeão, mas minha moto quebrou sem explicações! 


Carlos Alvarez, o Carlitos, - que gentilmente cedeu as fotos desta reportagem - com Gui Lima e Marcello Ratinho


Ratinho: "A altitude dificultou o ajuste da moto. Fisicamente me acostumei rápido". 
MotoX: Houve alguma preparação no Equador ou vocês chegaram no país direto para participação na prova?
 

Ratinho: Nós chegamos lá na quinta (ele e seu pai, o preparador Gui Lima), pegamos a moto e fizemos alguns acertos, na sexta fomos em uma outra pista lá em Cuenca (cidade sede do evento) para testar a moto.

Selhorst: Chegamos na quinta de manhã em Cuenca. Saímos de Guayaquil as 23:00hs e chegamos em Cuenca as seis da manhã, a van que estávamos ferveu 5 vezes, são mais de 100 km só de subidas! Conseguimos uma boa moto, fizemos alguns ajustes na sexta feira de manhã em uma pista local.

MotoX: O local do evento era de alta altitude, como isso afetou a participação de vocês? 

Ratinho: A altitude da pista era de 2.400 metros mais ou menos, isso dificultou bastante os ajustes da moto, já fisicamente eu me acostumei rápido.

Selhorst: A altitude era um grande problema para nós estrangeiros, acho que apenas os Equatorianos ganharam com isso. Não foi difícil acertar a moto pois fizemos alguns testes na sexta feira. Poupei-me o máximo durante todo fim de semana, meu problema na corrida foi o tombo que tive na terceira volta da primeira bateria, prejudicou toda minha moto e a mim.


Selhorst: "Naquela altitude as motos ficam quase iguais as 230 aqui no Brasil (risos)"
MotoX: As motos utilizadas na prova (250Fs) eram iguais as que vocês usam no Brasil? Vocês levaram peças daqui? Receberam ajuda lá?
 

Ratinho: Bom, a moto eu aluguei lá, não era igual as minhas daqui, era uma 2006 bem usada. Eu só levei um cabeçote, escape e meu amortecedor, mas acabei nem colocando o cabeçote na moto pois estavamos com medo que a moto quebrasse. Tivemos um apoio da pessoa que alugou a moto, com certeza ajudou!

Selhorst: Não era exatamente a mesma, naquela altitude as motos ficam quase iguais as 230 aqui no Brasil (risos)! As motos nós alugamos, como tinha direito na ajuda, recebi ajuda do organizador do evento. 

MotoX: Como era a pista? Agradou, não agradou, pontos positivos, negativos?
 
Ratinho: A pista (risos)? Não me agradou nem um pouco, muito dura, muita poeira e muito perigosa.

Selhorst: Uma pista bem diferente, com terreno duro e bastante de alta (velocidade). Positivo: experiência para a próxima. Negativo: poeira nos treinos de sábado e na corrida domingo. 

MotoX: E a organização? 

Ratinho: A organização era boa, só não souberam cuidar melhor da pista.

Selhorst: Para se fazer um Latino-Americano não deve ser nada fácil, então foi
positiva nesse ponto.


Vista geral da pista: poeira incomodou durante o final de semana
 

A cidade de Cuenca está a cerca de 2.400 metros de altitude
MotoX: Como foi a participação nos treinos e nas corridas?


Ratinho: Nos treinos eu andei bem tranquilo sabia que eram duas baterias e ia desgastar bastante. Na primeira bateria laguei bem mal (largada no cimento), vim recuperando rápido, estava em terceiro antes de uma seção de costelas quando acabei caindo e terminei só na quarta colocação. Na segunda bateria tive uma ótima largada, larguei em primeiro, tive alguns erros e fui para quinto, novamente vim recuperando estava em terceiro, mas tomei um tombo em uma descida que não deu para continuar. Graças a Deus eu só me ralei um pouco. 

Selhorst
: No sábado fiz terceiro tempo, a poucos centésimos do primeiro! Como disse, estava me poupando e acabei dando duas voltas no classificatório.  Larguei mal na primeira bateria, em décimo. Estava me recuperando bem, mas um piloto do Equador caiu na minha frente e não pude desviar, acabei dando no meio da moto, depois cai e a moto veio nas minhas costas!

Voltei para a corrida, com a moto toda torta e prejudicada, meu joelho e minhas costas estavam muito doloridos. Acabei finalizando em décimo segundo a primeira bateria.
Na segunda, larguei em terceiro, passei o Rato depois um piloto do Equador e liderei até a quinta volta, quando começou a doer demais minhas costas, assim que o segundo me passou pensei em parar, pois não estava agüentando, mas pensei nas demais etapas que serão no Brasil. Terminei na sexta posição, logo depois fui ao médico fazer uns exames e tomei uma injeção que ardia heim (risos)!

MotoX: Quais pilotos mais impressionaram vocês, que vocês colocariam como favoritos e principais adversários na disputa do título? 

Ratinho: Humberto Martin (atual 3º colocado na classificação geral - piloto da Venezuela) e Cristian Leon (1º colocado - Costa Rica).

Selhorst: Todos estavam bem lá, mas aqui eles sabem que as coisas serão diferentes. Rato, Humberto Martin, Cristian Leon e Jetro Salazar (4º - Equador). 


Humberto Martin (Venezuela) e Cristian Leon (Costa Rica): apontados como bons adversários pelos pilotos brasileiros


MotoX: Qual a expectativa para as próximas etapas?

Ratinho: Minhas expectativas são boas, quero recuperar os pontos e lutar para conseguir o bi-campeonato.

Selhorst: A expectativa é muito grande, pois a próxima etapa será na minha cidade (Espigão do Oeste - RO). Ano passado ganhei a primeira bateria e estava em segundo no campeonato a 3 pontos do Rato quando minha moto quebrou na segunda bateria. Logo depois vem o Acre, uma das melhores pistas que andei até hoje, vai ser legal. Estou muito ansioso, espero que passe rápido! 

MotoX: Obrigado pela entrevista e sucesso nas próximas competições! 

Ratinho: Obrigado vocês pela entrevista, quero agradecer todas pessoas que torcem por mim, minha família, amigos e meus patrocinadores: Vaz, Yamaha, Fox, Bridgestone, Pro-X e Pro Circuit. Obrigado pela força! Mais informações estão no meu site

Selhorst: Queria agradecer a todos meus patrocinadores, Honda, Mobil, Pirelli, ASW, Oakley, Orbital e Noa. Quem quiser pode saber mais sobre minha carreira acessando o meu site oficial. Obrigado, um abraço.                






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