X Fechar
foto

X Fechar
foto
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais


>Colunas > Coluna do Balbi

Jorge Balbi Jr. comenta o início de temporada nos EUA
Publicado em: 31/01/2007
Clique e saiba mais

Início de temporada a todo vapor 
Por Antônio Jorge Balbi Jr. - Fotos: Divulgação Yes Sports


Clique e visite o site oficial do piloto

Ao contrário do que estava acostumado no Brasil, quando o motocross começa somente em março, aqui nos EUA a temporada já está a todo vapor. Em apenas um mês, já disputei quatro etapas do AMA Supercross e consegui alcançar bons resultados para o motocross brasileiro. Pontuei neste que é o maior campeonato de supercross do mundo.

Jorge Balbi na prova de Phoenix onde conquistou os primeiros pontos no AMA Supercross 2007
A temporada começou no dia 6 de janeiro, em Anaheim, CA. Durante dois meses, me preparei intensamente para a abertura do maior campeonato de Supercross do mundo (não é a toa que é válido para o Campeonato Mundial). Cheguei na pista muito animado, mas as mudanças de regulamento não me ajudaram muito. A pista não fica liberada para treinos na sexta e você já tem que entrar no sábado impondo um ritmo forte no seu primeiro treino.

Comecei bem e consegui classificar-me na 1ª sessão cronometrada, estando entre os quarenta melhores. Daí pra frente, começava o evento de verdade. Duas semifinais com vinte pilotos em cada, onde se classificam nove para a final. Depois tem a bateria de repescagem, última chance, onde classificam mais dois pilotos. Eu participei da primeira semifinal e, logo na primeira curva, me envolvi em um acidente. Depois de um choque com várias outras motos, fiquei embaixo do bolo e outros competidores chegaram a passar por cima de mim. Voltei à corrida, mas sabia que não tinha muitas chances e encarei a prova como um treino para a repescagem. Como não tinha terminado minha semifinal em uma boa colocação, fiquei com um mau lugar no gate. Apesar disso, resolvi arriscar tudo na largada - afinal, só se classificavam os dois primeiros e novamente na primeira curva, eu e mais dois pilotos fomos ao chão.

Fiquei um pouco chateado com os incidentes, mas bastante satisfeito com meu desempenho no retorno ao supercross e claro, muito feliz por ter saído ileso em uma etapa onde vários pilotos se machucaram. Assim, fui com mais vontade para a segunda etapa em Phoenix, no Arizona.


Balbi passou a competir no exterior em 2005, quando correu na europa
Foto: Maurício Arruda / Arquivo MotoX
Nesta etapa, gostei muito da pista e consegui andar bastante rápido durante todo o fim de semana. Na minha semifinal, larguei bem e andei a bateria quase toda no pelotão da frente, no final cometi um erro e mesmo assim, me classifiquei em oitavo com certa tranqüilidade. Tinha conseguido minha primeira classificação para a final do Supercross e estava muito feliz, afinal, quem conhece as dificuldades do AMA sabe que chegar ao evento principal é um feito e tanto.

Fui tranqüilo para a final. Foram duas largadas devido a um acidente feio com o Vuillemin. Na primeira, tinha conseguido sair muito bem e estava entre os dez primeiros quando a prova foi paralisada. Na segunda, deu tudo errado, me envolvi em um acidente e saí em último. Vim buscando algumas posições e terminei em 17º, marcando os primeiros quatro pontos para o Brasil no AMA SX.

O resultado me animou bastante para a terceira etapa, que seria mais uma vez em Anaheim, no mesmo local da abertura, mas em outro traçado. A pista estava muito técnica, mas eu estava bem consciente e preparado pra prova. Com problemas no primeiro treino, tive apenas um treino para me classificar para a final. Apesar disso, estava bem confiante.

Na largada da primeira classificatória, tive que sair da pista para não me envolver em um acidente na primeira curva. Estava muito rápido e ultrapassei muitos pilotos. Quando abri a última volta, recebi a informação que estava em nono, mas na verdade estava em sétimo. Faltando poucos metros para acabar a prova, o Nathan Ramsey veio tentar me ultrapassar e, eu pensando que estava na última vaga para a classificação, entrei em disputa e nos envolvemos num acidente. A minha moto apagou e a dele não. Ele classificou e eu terminei em 12º. Na repescagem, logo na largada, um problema técnico no gate fez com que eu e mais 4 pilotos ficássemos presos e alí acabaram as minhas chances de classificar.


Em 2006 o brasileiro partiu para os Estados Unidos, onde conquistou vitórias importantes. Na temporada 2007 o objetivo é priorizar os campeonatos americanos de Supercross e Motocross
Fui para San Francisco com muita disposição. Tenho treinado muito, nunca tive um ritmo igual a este. Minha rotina aqui se resume em treinar e competir. Esta foi a quarta etapa seguida. Completei 1/4 do campeonato. As corridas aqui são todas seguidas e estou utilizando estas provas para ver se chego no motocross, em abril, com uma condição que não tive nos anos anteriores.

Em San Francisco, a previsão era de chuva e, por isso, a organização resolveu cancelar um dos dois treinos previstos. Durante o único treino, me senti muito bem e adaptei fácil ao traçado.

Fui para a classificatória bastante confiante, mas infelizmente não larguei bem. Fiz a primeira curva em penúltimo. Andei bem rápido, passei muita gente, ganhei varias posições, mas cheguei em décimo segundo. Minha melhor volta foi 46 segundos, tempo muito melhor aos de outros pilotos que se classificaram. Na final, teve piloto que classificou virando 47, 48 segundos. Mesmo assim fiquei bem satisfeito com a minha corrida. Restou-me a repescagem. Corrida muito difícil, pois apenas 2 dos 22 se classificam. Nesta bateria largar bem significa 90% da corrida e não fui feliz. Envolvi em um acidente na 1ª curva, meu guidão entortou. Levei quase 1 minuto para retornar a pista. Não desisti, corri até o final e recebi a bandeirada com minha moto toda empenada, em décimo nono lugar.

Estou feliz com meu desempenho e acredito, cada vez mais, que posso melhorá-lo. Tenho me adaptado bem às pistas. Estou utilizando o SX como uma preparação para o MX e o ano está começando bem. Havia muito tempo que eu não andava uma prova de Supercross, mesmo assim andei melhor que muitos pilotos mais experientes e que estão em grandes equipes. Estou me sentindo melhor a cada corrida. Ainda faltam 12 etapas do SX, 12 do MX, enfim ainda terei muitas chances de mostrar o meu potencial.

Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer a todos os brasileiros que torcem por mim. Sei que não estou realizando somente o meu sonho, mas o sonho de cada um que é apaixonado por motocross. Agradeço também a Deus e a minha família, pois somente eles sabem o quanto sofremos por causa da distância. Agradeço aos meus patrocinadores e também a Yes Sports, empresa que cuida da minha carreira e sempre acreditou no meu potencial. Agradeço também ao MotoX, pois vocês são responsáveis em levar os meus resultados aos milhares de fanáticos pelo motocross. Muito obrigado e acessem nosso site www.balbiteam.com.br .  

Antônio Jorge Balbi Jr. tem em seu currículo 3 títulos de campeão brasileiro de motocross. Em 2005 o mineiro partiu em busca de novos desafios, iniciando sua carreira internacional obtendo conquistas inéditas para um piloto brasileiro. Depois de uma temporada competindo na europa e outra em que dividiu-se entre as competições nos Estados Unidos e Brasil, Balbi foca sua participação no circuito norte-americano na temporada 2007.                






© 2000 - 2020 MotoX MX1 Internet