Coluna - Por Dentro da CBM
Por: Flávio Bergmann - Fotos Arquivo MotoX
Os jovens pilotos da 80cc e... |
De olho no futuro Chegamos ao fim de mais uma temporada do motocross. Novamente a CBM contabiliza números extraordinários. Os pilotos inscritos aumentaram, o retorno de mídia mais que dobrou, a exposição na televisão cresceu mais de 1.600% (quando comparado a 2002) e a média de público foi 3 vezes maior que a média do Campeonato Brasileiro de Futebol. Cidades como Cuiabá-MT e Carlos Barbosa-RS tiveram mais de 30 mil pessoas assistindo a uma etapa do Brasileiro de Motocross. Se na parte organizacional e promocional o campeonato foi um sucesso na parte técnico e desportiva os resultados também são surpreendentes e os fatos nos comprovam isto.
...60cc enfrentam provas cada vez mais competitivas |
Vejamos a categoria Open, quem imaginava ver Cássio Garcia, após sua total supremacia em 2002 e 2003 (Bi-campeão), ser surpreendido este ano pelo Chumbinho e Saçaki. Em entrevista após a última etapa, o próprio Cássio disse que “retornei ao motocross para me divertir, mas a coisa ficou séria. Voltei a fazer academia em julho e vou me preparar melhor para o ano que vem”. Este é um reflexo do Campeonato. A competição cresceu, estamos vivenciando a era do profissionalismo. A pressão está grande em cima dos pilotos, hoje quem não estiver afinado está correndo risco de ficar para trás.
Quem diria a categoria 125cc contar com mais de 90 pilotos inscritos na etapa de abertura em Indaiatuba-SP? A moçada nova chega atropelando. Há cerca de 4, 5 anos atrás, a CBM começou um trabalho voltado para as categorias de base e o resultado está aí. Fico feliz quando vejo um diretor da CBM encher os olhos d’agua quando entrega hoje um troféu na 125cc. Saber que sua emoção provém ao ver os frutos de um trabalho, que foi planejado e executado com excelência.
A 125cc hoje é formada, na maioria, por pilotos que a CBM viu começar na 60cc. Quando focamos no futuro, as previsões são mais otimistas ainda. Do jeito que as coisas andam na 60 e 80cc em um curto prazo teremos que nos acostumar, cada dia mais, com as baterias classificatórias.
A expectativa da CBM é que, assim como Balbi (que está de olho nos EUA), outros pilotos venham representar o Brasil no exterior. Quem sabe um dia iremos ver na TV um dos nossos, com uniforme verde e amarelo. Por falar em Balbi, em uma das etapas deste ano, ouvi dois pilotos, um da 125 e outro da 250cc, conversarem sobre treinamento. O da 250 dizia que há mais de uma semana não treinava, o da 125 treinava pelo menos 2 baterias de 40 minutos pelo menos 2 vezes por semana e comentou que, uma vez treinou com o Balbi e que o piloto mineiro treinava 4 baterias por dia 3 vezes por semana. Chequei com o piloto e ele me surpreendeu dizendo que em pré-temporada chega a fazer até 6 baterias de 40 minuto por dia.
Assim como a CBM planejou e investiu nas categorias de base, Balbi sonha em ser um piloto de destaque internacional e tem planejado sua carreira. Resumindo se você, piloto da nova geração, sonha em ser um grande campeão, dedique, treine, trabalhe para que seu sonho se realize. Mire num objetivo e trace as metas para alcançá-lo.
Prepare-se para encarar um gigante chamado Brasileiro de Motocross, porque daqui pra frente ele será cada vez mais forte e competitivo. Encare-o como um vestibular (dos tempos antigos) daqueles bem difíceis, porque vencida esta etapa, você está pronto para encarar os desafios internacionais, o Campeonato Brasileiro lhe dá base para isto.
Flávio Bergmann
e-mail: tv@cbm.esp.br