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Greg Albertyn
Publicado em: 03/10/2004

Greg Albertyn fala sobre sua despedida
Fotos: Divulgação

Greg Albertyn, antigo tri-campeão mundial de motocross recebeu do Departamento dos Esportes da África do Sul um prêmio por suas realizações em reconhecimento a seus títulos - incluindo um AMA Motocross em 1999 - e a promoção do Motocross Sul Africano internacionalmente.

Albee, como é conhecido, abandonou a carreira profissional há quatro anos e escolheu seu primeiro GP em casa para fazer sua prova de despedida. 


Depois de liderar no início da bateria Albertyn foi o 6º colocado no GP de Sun City na África do Sul.

Ele venceu seu segundo título no Mundial 250 em 94 competindo pelo time de fábrica da Suzuki sob supervisão de Sylvain Geboers. Dez anos depois ele reencontrou sua antiga equipe e conquistou a sexta posição na segunda bateria, depois de liderar a prova por duas voltas.

Como surgiu a idéia de correr aqui?


Estou muito feliz com a oportunidade de correr aqui. Já tivemos um GP na África do Sul, mas foi há vinte anos. Só corri duas vezes aqui depois que me tornei profissional e poucos fãs me viram. Acho que esta corrida foi uma grande oportunidade e eu planejava comparecer de qualquer jeito, mas ia ser melhor se eu competisse! Sylvain foi muito gentil em me oferecer a moto e toda a estrutura. A moto é fantástica, fiquei muito contente.

O que você achou da RM-Z 450?

Ela é muito facil de pilotar. Provavelmente gastei em torno de uma hora e meia na 450 em toda a minha vida! Sexta-feira foi meu primeiro dia com ela e me surpreendi com a rapidez que me adaptei. Ela é muito veloz, mas a potência vem de maneira tão suave que não parece que você está rápido. Sei que a Suzuki teve alguns problemas no começo, mas já caminharam bastante com a moto. Fiquei impressionado e acho que Ricky Carmichael vai gostar dela ano que vem.

Como você se preparou para este final de semana?

Foi como tentar ser duas pessoas durante as últimas cinco semanas. Trabalho em tempo integral no ramo imobiliário e de repente estou tentando ser piloto profissional de novo. Foi muito difícil. Treinei durante cinco semanas, mas estava sem  competir profissionalmente por quatro anos.

Sei que é meio absurdo fazer essa pergunta neste evento fora da Europa, mas o paddock dos GPs mudou muito nesses anos?


Acho que o Mundial de Motocross mudou muito e não é difícil notar. Temos muitos pontos positivos. Definitivamente está tudo muito mais profissional, mais global, sem aquele aspecto de prova local. Também ouvi sobre os pontos negativos. Não vou me aprofundar nisso agora, mas acho que o mais importante para nosso esporte e dar oportunidades para os novos talentos. Lembro de quando cheguei no Mundial. Se você era rápido podia se inscrever, classificar e fazer parte do GP. Sei que as coisas estão bem diferentes agora e isso é uma infelicidade porquê acho que muitos jovens talentos ficam de fora.

Esta foi sua última aparição ou temos a chance de vê-lo correndo de novo no futuro?

Digo que provavelmente esta é a linha final. Cada ano que você passa como profissional, mais difícil fica. Estou com 31 anos agora e os números passam cada vez mais rápido. Meu objetivo aquí foi simplesmente me divertir. Não tenho nada mais a provar e aproveitei a chance de reencontrar minha antiga equipe, correr em meu país e curtir tudo isso.


Kevin Strijbos e Albee
Quais são seus planos agora longe do Motocross?


Acho que as pessoas não perceberam o quanto é duro para um atleta profissional se retirar e entender o que ele quer fazer de sua vida, porquê toda sua indentidade está enraizada no esporte e em ser ’aquele’ piloto em particular. Quando você para acaba perguntando a si mesmo: "quem sou eu?". Tive o privilégio de achar algo que me apaixonei no ramo de imóveis. Construir casas, prédios de escritórios e coisas do gênero fazem parte do próximo estágio de minha vida e estou muito feliz com isso.






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