Jason Anderson supera favoritos e vence pela primeira vez na 450
Redação MotoX.com.br - Fotos: Simon Cudby / Divulgação Fábricas
Jason Anderson foi o grande nome da abertura da temporada 2016 do Monster Energy AMA Supercross. Em frente a mais de 45 mil fãs o piloto conquistou sua primeira vitória na classe principal do AMA. Anderson marcou seu nome definitivamente nos livros de história ao levar a Husqvarna também à sua primeira vitória no Supercross 450. Na 250 Oeste, o atual campeão Cooper Webb mostrou com um sólido primeiro lugar estar pronto para defender o número 1.
Veja também: Edu Erbs conta o que conferiu ao vivo na primeira etapa do Supercross 2016
A noite deste sábado (9) foi animada no Angel Stadium, tradicional sede do início do campeonato em Anaheim, Califórnia. Além de um novo vencedor tivemos favoritos sofrendo para classificar, uma sessão de MMA explícito dentro da pista e a interrupção da prova durante a final da classe 450.
Jason Anderson
Jason Anderson
Apesar da forte chuva que caiu durante a semana, que chegou a causar pontos de alagamento no piso do estádio, a organização conseguiu salvar o traçado do circuito e no dia da corrida, sem chuva, as condições da pista não estavam longe do ideal.
A Husky mostrou desenvoltura já na segunda sessão de treinos cronometrados, onde foi a mais rápida, não com Jason Anderson, mas com o francês Christophe Pourcel que superou James Stewart por um fio de cabelo. Na final, a vitória de Anderson não chegou a ser surpresa, o piloto vinha beliscando o pódio desde o ano passado. Surpreendente foi a maneira como ele superou os adversários. Sua largada não foi das melhores e após completar a primeira volta em sétimo, atropelou a concorrência para tomar a ponta de Cole Seely logo após a metade da corrida. No caminho da vitória ultrapassou Justin Brayton, Trey Canard, Eli Tomac, e Justin Barcia. Na frente, abriu vantagem e demonstrou estar perfeitamente afinado com sua motocicleta.
"Eu tenho a minha primeira vitória", comemorou Anderson. "Foi incrível! Fiz uma boa primeira largada, mas depois da bandeira vermelha eu me aborreci um pouco. Minha segunda largada foi medíocre, mas eu comecei a fazer o meu caminho para a frente e faturei a vitória".
Dungey e Seely comemoram o pódio enquanto as lentes estão voltadas para o vencedor da etapa
Ryan Dungey
Anderson não pode ser considerado um azarão, mas ao mesmo tempo seu desempenho em um gate com tantos favoritos e diante de três campeões (Dungey, Reed e Stewart) surpreendeu muitos fãs. Ainda é cedo pra dizer, mas para um piloto reconhecidamente dedicado e determinado, esse resultado pode dar a confiança necessária para brigar pelo título.
Para Ryan Dungey a segunda posição chega a ser um prêmio. Para quem caiu duas vezes durante a noite - uma na final - fez o caminho mais longo para a classificação e ainda causou a bandeira vermelha na final, começar o campeonato com uma boa pontuação se encaixa perfeitamente nos seus planos. Definitivamente esse não foi o tradicional e cauteloso Dungey que fica longe de confusões. Após ser espremido por Canard no início da final, o atual campeão fez uma recuperação consistente e atacou forte nas voltas finais para alcançar e ultrapassar Cole Seely nos últimos momentos de prova.
Cole Seely liderou a final por nada menos que 13 voltas. Chegou a ter quase seis segundos de vantagem. Teve a velocidade, mas, na minha opinião, faltou confiança para ao menos brigar pela vitória até a bandeirada. Não conseguiu contra-atacar Anderson e falhou ao se defender de Dungey no finalzinho. Com uma determinação maior pode crescer durante o ano e também colocar seu nome na lista de vencedores.
Cole Seely
Eli Tomac, quarto colocado, chegou a fazer a volta mais rápida da corrida, mas ainda sofre de uma mal que prejudicou sua temporada em 2015: falta de consistência e uma tocada sujeita a mais erros do que o desejável. Tomac ainda tem créditos, é sua primeira corrida após a cirurgia no ombro, com uma nova equipe e uma nova moto. Mais do que ninguém sabe que para disputar o campeonato é preciso ficar de pé, o negócio é colocar isso em prática.
O alemão Ken Roczen, quinto colocado, é outro que pode considerar seu resultado um prêmio. Depois de uma capotada impressionante na largada da sua classificatória, largou mal novamente (nas duas oportunidades) durante a final. Começou a corrida lá no fim do pelotão e com uma grande recuperação salvou o que poderia ser um desastroso começo de campeonato.
250 Oeste
Jessy Nelson
A noite causou uma certa preocupação aos adversários de Cooper Webb que desejam brigar pelo título. O atual número 1 manteve o ritmo rápido durante toda a prova e tomou a liderança de Jessy Nelson a cinco voltas do fim. Um padrão que não foi raro em suas vitórias no ano passado.
Nelson, segundo colocado, mostrou-se mais confiante. Mais que isso, foi tão rápido quanto Webb em boa parte do período em que liderou, mas não manteve a tocada nas 15 voltas. Contentou-se com o segundo posto após ser alcançado por Webb. Quase 20 segundos atrás do líder chegou Zach Osborne, o polivalente piloto da Husqvarna completou a primeira volta em quinto e assumiu a terceira posição na sexta passagem.
Zach Osborne
Mais notas do evento
Largada - Uma "ponte" completava o volta na pista acessando a largada por cima do gate. Um ideia interessante que, entretanto, separa a linha de largada em dois grupos de 10 (ou 11, na 250) pilotos. Fica um espaço vazio considerável entre os pilotos que pode contribuir para a confusão na primeira curva. O grupo do lado interno ataca a curva de um ângulo bem mais fechado que o grupo do lado externo causando colisão entre as rotas.
James Stewart
Resolvendo as coisas "no tapa" - De incidentes anteriores Weston Peick (e metade do pelotão) já tinha o nome de Vince Friese engasgado no pescoço. A gota d'água foi a colisão - a segunda da noite entre os dois - na
semi. Peick não pensou duas vezes em simplesmente socar o adversário. Socos inofensivos, já que a maioria acertou o capacete. O ataque de fúria rendeu a desclassificação de Peick e uma multa de U$5.000. Ele também foi suspenso do próximo evento em San Diego. Já Friese, está livre para derrubar quem quiser na próxima etapa.
Bandeira vermelha - James Stewart vinha tendo uma boa primeira etapa em Anaheim após mais de um ano fora das competições oficiais. Fez bons tempos nos treinos, classificou de primeira para a final onde fez uma boa largada. No entanto, uma manobra ousada de Dungey acabou com a noite do piloto da Yoshimura Suzuki. Dungey tentava a ultrapassagem ao mesmo tempo que Stewart buscava cruzar a trajetória de Jason Anderson para recuperar o segundo posto. Foi um incidente de corrida, sem nenhuma má intenção das duas partes, só que Stewart bateu forte no chão e ficou desacordado por alguns minutos. Depois passou por mais exames durante a noite, mas sua equipe ainda não confirmou se ele volta, ou não, em San Diego.
Ken Roczen
Chad Reed - O veterano mostrou que ainda tem lenha para queimar. Com sua participação como piloto oficial Yamaha anunciada na última hora, o australiano não brigou pela vitória, mas fez uma corrida consistente com um sólido sexto lugar. Seu companheiro de equipe Justin Barcia não se saiu tão bem. Andou em segundo no início da prova, mas "travou" depois da sexta volta e perdeu completamente o ritmo. Ainda caiu no final e completou apenas em 15º.
O espetáculo continua no próximo sábado em San Diego.
Vídeos
Resultados
1 |
21 |
J. Anderson |
Husqvarna FC450 |
20 |
1:02.104 |
9 |
1:07.156 |
--.--- |
--.--- |
2 |
1 |
R. Dungey |
KTM 450 SX-F Factory Edit |
20 |
1:02.333 |
15 |
1:04.302 |
4.243 |
4.243 |
3 |
14 |
C. Seely |
Honda CRF 450 |
20 |
1:02.169 |
2 |
1:06.451 |
5.942 |
1.699 |
4 |
3 |
E. Tomac |
Kawasaki KX 450F |
20 |
1:01.954 |
2 |
1:04.921 |
9.435 |
3.492 |
5 |
94 |
K. Roczen |
Suzuki RM-Z450 |
20 |
1:02.608 |
16 |
1:05.758 |
12.371 |
2.936 |
6 |
22 |
C. Reed |
Yamaha YZ450F |
20 |
1:02.945 |
7 |
1:06.217 |
18.987 |
6.615 |
7 |
41 |
T. Canard |
Honda CRF 450 |
20 |
1:02.513 |
4 |
1:06.707 |
21.819 |
2.832 |
8 |
18 |
D. Millsaps |
KTM 450 SX-F Factory Edit |
20 |
1:02.912 |
4 |
1:04.928 |
23.661 |
1.842 |
9 |
15 |
D. Wilson |
KTM 450 SX-F Factory Edit |
20 |
1:03.556 |
6 |
1:05.090 |
24.648 |
0.987 |
10 |
10 |
J. Brayton |
KTM 450 SX-F Factory Edit |
20 |
1:03.653 |
9 |
1:04.351 |
25.516 |
0.867 |
11 |
20 |
B. Tickle |
Suzuki RM-Z450 |
20 |
1:03.898 |
3 |
1:05.171 |
29.289 |
3.772 |
12 |
12 |
J. Weimer |
Kawasaki KX 450F |
20 |
1:04.173 |
5 |
1:06.308 |
34.191 |
4.902 |
13 |
19 |
J. Bogle |
Honda CRF 450 |
20 |
1:04.242 |
5 |
1:06.341 |
37.298 |
3.107 |
14 |
25 |
M. Musquin |
KTM 450 SX-F Factory Edit |
20 |
1:03.869 |
6 |
1:06.757 |
41.220 |
3.922 |
15 |
51 |
J. Barcia |
Yamaha YZ450F |
20 |
1:02.488 |
2 |
1:09.756 |
52.884 |
11.664 |
16 |
800 |
M. Alessi |
Honda CRF 450 |
20 |
1:04.493 |
10 |
1:13.337 |
1:06.939 |
14.054 |
17 |
54 |
W. Hahn |
Kawasaki KX 450F |
19 |
1:04.937 |
10 |
1:11.212 |
1 lap |
1 lap |
18 |
377 |
C. Pourcel |
Husqvarna FC450 |
19 |
1:05.194 |
5 |
1:10.722 |
3.851 |
3.851 |
19 |
11 |
K. Chisholm |
Honda CRF 450 |
19 |
1:05.257 |
6 |
1:14.393 |
17.745 |
13.893 |
20 |
47 |
T. Hahn |
Yamaha YZ450F |
19 |
1:04.991 |
8 |
1:44.522 |
41.731 |
23.986 |
21 |
778 |
L. Bopping |
Yamaha YZ450F |
19 |
1:06.012 |
3 |
1:11.360 |
53.666 |
11.935 |
22 |
7 |
J. Stewart |
Suzuki RM-Z450 |
1 |
00.000 |
0 |
00.000 |
19 laps |
18 laps |
1 |
1 |
C. Webb |
Yamaha YZ250F |
15 |
1:01.392 |
4 |
1:07.638 |
--.--- |
--.--- |
2 |
13 |
J. Nelson |
KTM 250 SX-F |
15 |
1:01.397 |
2 |
1:08.670 |
6.799 |
6.799 |
3 |
16 |
Z. Osborne |
Husqvarna FC250 |
15 |
1:03.210 |
5 |
1:07.896 |
19.837 |
13.037 |
4 |
58 |
J. Decotis |
Honda CRF 250 |
15 |
1:02.256 |
6 |
1:09.173 |
25.475 |
5.638 |
5 |
39 |
J. Smith |
Honda CRF 250 |
15 |
1:03.759 |
5 |
1:07.989 |
29.252 |
3.777 |
6 |
26 |
A. Martin |
Yamaha YZ250F |
15 |
1:04.268 |
5 |
1:08.040 |
41.000 |
11.747 |
7 |
69 |
C. Nichols |
Yamaha YZ250F |
15 |
1:04.741 |
5 |
1:08.952 |
43.481 |
2.481 |
8 |
37 |
J. Savatgy |
Kawasaki KX 250F |
15 |
1:04.368 |
2 |
1:06.799 |
47.335 |
3.853 |
9 |
42 |
M. Oldenburg |
KTM 250 SX-F |
15 |
1:04.181 |
5 |
1:09.662 |
54.214 |
6.879 |
10 |
40 |
K. Peters |
Honda CRF 250 |
15 |
1:06.123 |
4 |
1:07.245 |
1:01.942 |
7.728 |
11 |
289 |
M. Harrison |
Yamaha YZ250F |
15 |
1:05.288 |
4 |
1:07.029 |
1:03.198 |
1.255 |
12 |
72 |
H. Mellross |
Yamaha YZ250F |
14 |
1:06.330 |
3 |
1:09.580 |
1 lap |
1 lap |
13 |
68 |
C. Martinez |
Yamaha YZ250F |
14 |
1:06.357 |
6 |
1:08.127 |
0.618 |
0.618 |
14 |
43 |
F. Noren |
Honda CRF 250 |
14 |
1:05.828 |
7 |
1:07.570 |
2.428 |
1.809 |
15 |
65 |
Z. Bell |
Yamaha YZ250F |
14 |
1:05.822 |
5 |
1:08.348 |
3.759 |
1.331 |
16 |
127 |
C. Thompson |
KTM 250 SX-F |
14 |
1:05.187 |
7 |
1:10.862 |
9.320 |
5.560 |
17 |
82 |
T. Reis |
Yamaha YZ250F |
14 |
1:06.971 |
2 |
1:10.069 |
15.121 |
5.801 |
18 |
38 |
C. Craig |
Honda CRF 250 |
14 |
1:04.409 |
6 |
1:05.521 |
21.605 |
6.483 |
19 |
45 |
K. Cunningham |
Suzuki RM-Z250 |
14 |
1:06.167 |
6 |
1:12.267 |
27.405 |
5.800 |
20 |
941 |
M. Desprey |
Kawasaki KX 250F |
14 |
1:06.900 |
4 |
1:11.570 |
34.050 |
6.644 |
21 |
35 |
C. Alldredge |
Kawasaki KX 250F |
14 |
1:04.392 |
8 |
1:20.256 |
46.914 |
12.864 |
22 |
222 |
C. Howell |
Husqvarna FC250 |
13 |
1:07.491 |
2 |
1:14.579 |
2 laps |
1 lap |