Swian Zanoni é o primeiro campeão da Superliga
Redação MotoX.com.br - Texto e fotos: Maurício Arruda 

Largada MX1

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Em sua temporada de estreia a Superliga Brasil de Motocross não poderia deixar de passar por um dos circuitos mais tradicionais do país, o Motódromo Arthur Jachowicz, a famosa pista de Canelinha (SC), palco de grandes competições da modalidade há mais de 30 anos. Foi a 6ª e penúltima prova do campeonato, na qual definiu-se o primeiro campeão da história da competição: Swian Zanoni, dono do título antecipado na MX2.

Antônio Jorge Balbi Jr. dividiu as atenções e os flashes com o campeão, conquistando dupla vitória (MX1 e MX2) na prova realizada nos dias 23 e 24 de outubro. Em sua passagem anterior pelo circuito catarinense, Balbi também destacou-se, na ocasião foi o brasileiro com melhor resultado na corrida que marcou o retorno do Mundial de Motocross ao Brasil, no ano passado. 

Antônio Jorge Balbi Jr.

Swian Zanoni - Campeão da MX2

A disputa da MX2 começou justamente com holeshot de Balbi, que não participava da Superliga desde a etapa de Chapecó, onde acidentou-se nos treinos. E o mineiro mostrou grande disposição no retorno ao campeonato, imprimindo forte ritmo ao início da prova. Em algumas voltas a conquista de uma vantagem confortável lhe permitiu andar com mais tranquilidade na segunda metade da prova. Na bandeirada Balbi contava com cerca de 15 segundos de vantagem.

Roosevelt Assunção e João Marronzinho ocupavam segundo e terceiro lugares logo no início da corrida, enquanto Swian Zanoni, sem uma boa largada, andava na nona posição. Foram várias voltas no mesmo posto até ele começar a ganhar terreno. Nas últimas voltas Swian pulou ao pódio finalizando a corrida com a quarta posição, resultado mais do que suficiente para a conquista do título antecipado. "Tive um pouco de dificuldade no início da prova, mas optei por andar mais tranquilo e pontuar para ser campeão. Depois que ultrapassei o Ratinho (Marcello Lima), meu principal adversário, foi só administrar a corrida", afirmou. Ratinho acabou não completando a prova, apesar disto permanece na vice-liderança da competição. 

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Hector Assunção

Jean Ramos chegou a ocupar a segunda colocação, mas no terço final da bateria não suportou a pressão dos adversários. Marronzinho garantiu a segunda colocação e Hector Assunção, em sua melhor apresentação no campeonato, realizou várias ultrapassagens fechando em terceiro. Jean Ramos completou o pódio, em quinto.

Na MX1 Wellington Garcia foi o mais rápido na largada. O piso do circuito, consideravelmente mais seco e compactado no momento da categoria principal, exigiu uma dose extra de cuidado dos pilotos. Swian Zanoni desta vez largou bem e disputava a primeira posição com o goiano durante o giro inicial, quando escorregou e caiu no miolo do circuito. 

João Marronzinho

Wellington Garcia

Na segunda volta Marronzinho ultrapassou Wellington, mas a liderança do catarinense durou apenas algumas voltas: vindo do quarto posto, Balbi ganhou posições rapidamente até chegar ao primeiro lugar. Apesar da vantagem do mineiro nesta bateria ser cerca da metade daquela da primeira prova, foi o suficiente para que Balbi não tivesse sua posição ameçada. "Infelizmente não estou na briga pelo título, mas estou muito feliz com o meu desempenho aqui em Canelinha. Vim pra cá disposto a conseguir as vitórias e, felizmente, deu tudo certo", comentou.

Marronzinho e Wellington, por outro lado, andaram bem mais próximos garantindo emoção até a bandeirada. O catarinense mais uma vez obteve o segundo lugar, comemorando bom desempenho em casa nas duas categorias. Com uma pilotagem agressiva, fugindo do estilo suave que costuma apresentar, Wellington confirmou o terceiro lugar. 

Leandro Silva

O ritmo um pouco abaixo dos companheiros de equipe impediu Leandro Silva de brigar por uma posição mais a frente, e o paranaense fez uma prova discreta, completada na quarta posição. Swian Zanoni recuperou-se da queda no início, quando retornou à corrida fora dos dez primeiros, para completar o pódio. Foi seu pior resultado na categoria desde que passou a disputar a competição também na MX1, lembrando que Swian não competiu na categoria na abertura do campeonato.

Na etapa final três pilotos disputarão o título. Swian, com 88 pontos, segue líder, enquanto Marronzinho empatou com Leandro na classificação, agora ambos possuem 83 pontos. A decisão em Poços de Caldas, MG, nos dias 20 e 21 de novembro, promete. 

Davis Guimarães

Cristiano Lopes

Na bateria da MX3 Cristiano Lopes liderou a primeira volta, mas cedeu a posição em seguida para Davis Guimarães. Outro candidato à vitória, Milton Chumbinho Becker reduziu sua chance com uma queda na seção de costelas, onde acabou ejetado da moto, voltando no final do pelotão.

Cristiano não conseguiu atacar Davis e, pela terceira vez consecutiva, a corrida da categoria terminou com vitória do paranaense seguido do paulista. Com dezeseis pontos a mais na classificação, Davis vai com ampla vantagem para a prova decisiva. Incrível foi a recuperação de Chumbinho que finalizou menos de um segundo atrás de Cristiano, na terceira colocação.

Wellington Valadares

Richard Berois ocupou o terceiro lugar na maior parte da prova, até perder a posição a duas voltas do final, precisando se contentar com o quarto posto. A quinta posição decidiu-se apenas na última curva, quando Erivaldo Nicoladelli levou vantagem em uma dividida com Vagner Lachi.

Competindo na mesma bateria, mas com classificação separada, os pilotos da MX4 fizeram uma prova bastante disputada. Na chegada Wellington Valadares tinha boa vantagem, mas ela não refletiu o quanto ele trabalhou para vencer a disputa com Júlio Xavier pela vitória. O pernambucano caiu durante a prova perdendo também a segunda colocação, que ficou com Anísio Clasen. 

Anderson Amaral

Leonardo Lizzot

A prova da MXJr começou com um acidente na primeira curva que envolveu o líder do campeonato, Endrews Armstrong. Anderson Amaral largou na frente e aproveitou o incidente do principal adversário para dominar a corrida chegando à segunda vitória na temporada da competição. Desde o início Leonardo Lizzot manteve o segundo posto, onde fechou a prova com tranquilidade.

Endrews retornou para a corrida com garra, conquistando excelente recuperação concluída na terceira posição. Gustavo Pessoa ocupou o posto em quase toda a corrida, mas um erro o fez perder posições no final. Hallex Dalfovo e Pedro Bueno completaram os cinco pilotos do pódio. No campeonato Endrews tem vantagem de 5 pontos, fato que lhe permite chegar em segundo na etapa final e ainda assim comemorar o título, independente do resultado de Anderson. 

José Brayan

Enzo Lopes

A corrida com a disputa mais equilibrada do evento foi sem dúvida a da classe 65cc. O até então líder Kioman Munoz foi a ausência da etapa, mas Enzo Lopes e Djalma Brito, outros dois pilotos que costumam brigar por vitórias com o goiano, encontraram outro grande adversário em Canelinha: o catarinense José Brayan Soares.

Os três lutaram pela liderança todo o tempo. Na primeira metade da prova Djalminha, que era o mais rápido na parte alta da pista, pressionou bastante Brayan, mas o catarinense compensava emendando uma grande mesa defendendo-se bem das tentativas do paulista que acabou caindo e perdeu contato com os adversários.

Restavam duas voltas para o final e foi a vez de Enzo tentar a liderança, mas Brayan não esmoreceu, manteve-se firme na frente até a bandeirada, comemorando pela primeira vez a vitória na competição. Enzo finalizou em segundo, colado ao líder, enquanto Djalminha completou em terceiro assumindo a liderança do campeonato. 

Nivaldo Viana

Fabiano Santos

A corrida da CRF 230 foi liderada de ponta à ponta por Nivaldo Viana, que voltou a vencer após dois triunfos consecutivos de Ismael Rojas, hoje seu único adversário na luta pelo título. Esta etapa foi problemática para Ismael que caiu no começo, depois teve problemas com a roda traseira de sua motocicleta e apenas cumpriu trajeto até completar a prova na sétima posição.

Além de Nivaldo a prova contou com outro destaque, o gaúcho Fabiano Santos, que estreou na competição com uma motocicleta completamente original, fato que não impediu que ele encarasse grandes obstáculos e os adversários de igual para igual. Ele andou forte finalizando a prova em segundo, cinco segundos atrás de Nivaldo. Germano Vandresen foi o terceiro colocado, com ampla vantagem sobre Marcelo Souza e Ricardo Kades, quarto e quinto, respectivamente. 

Etapa final do campeonato será em Poços de Caldas, MG, nos dias 20 e 21 de novembro

A Superliga Brasil de Motocross tem patrocínio da Honda, Mobil e Aymoré Financiamentos, co-patrocínio da Pirelli, Consórcio Nacional Honda e apoio da rádio Jovem Pan. Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais, vai receber a etapa final da Superliga Brasil de Motocross, nos dias 20 e 21 de novembro.

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