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3ª etapa - Detalhes do Evento - Chapecó - SC
Publicado em: 25/06/2010
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Duelo gringo na MX2 e domínio de Swian Zanoni na MX1 marcam etapa catarinense
Redação MotoX.com.br - Texto e fotos: Maurício Arruda 


Largada MX2


Assista o Vídeo da Prova na MotoX TV
Após mais de duas décadas sem receber uma competição nacional de motocross, Chapecó (SC), sediou no último final de semana, dias 19 e 20, a 3ª etapa da Superliga Brasil de Motocross. Terra do locutor oficial da competição, Valério Neto, a cidade catarinense contou com os principais pilotos do país no evento disputado na mesma data do jogo do Brasil contra a Costa do Marfim, pela Copa do Mundo de Futebol. O Moto Clube local tem forte tradição atuando desde 1978, e deu o suporte necessário para levar este grande evento para o município.

No domingo todas as corridas foram realizadas antes do horário da apresentação da seleção, permitindo que o público acompanhasse os dois eventos esportivos. Antes, no sábado, os motores quatro tempos roncaram forte pela pista montada nas dependências do Autódromo de Chapecó (uma grande estrutura) durante os treinos que definiram os gates de largada. Se alguém da região ficou distante das competições por tanto tempo, teve a oportunidade de conhecer a evolução tecnológica dos últimos anos e motocicletas completamente diferentes, de uma outra época do esporte. 


O Moto Clube de Chapecó ofereceu aos pilotos e equipes um churrasco de costelas no sábado


Acidente com Jorge Balbi marcou os treinos cronometrados
Os treinos realizados no sábado foram marcados por uma forte queda de Antônio Jorge Balbi, piloto que ficará afastado dos próximos eventos. O atleta da 2B Racing Duracell sofreu um acidente impressionante no salto de chegada. "Quando ’quebrei’ a moto na entrada do salto a pedaleira pegou na rampa", explicou Balbi, que acabou arremesado para o alto de forma assustadora enquanto sua Kawasaki capotava. "Vinha em quarta marcha naquele salto, com muita velocidade", contou o atleta que, com o impacto, ficou desacordado. O treino foi paralizado para o atendimento de Balbi, que deixou a pista consciente, mas com uma fratura no pulso direito.

Após o episódio conversei com o piloto que criticou o nível dos circuitos brasileiros (no geral, não exclusivamente o desta prova), que em sua maioria tem o solo muito compacto e velocidade excessiva como ele ressalta desde que retornou às competições nacionais. É uma opinião fundamentada, do piloto brasileiro de maior experiência internacional, e é inegável que as pistas brasileiras precisam de novos desafios. As motocicletas de hoje são muito mais rápidas que as de antigamente, poucos metros são suficientes para ganhar velocidade e as pistas precisam acompanhar esta evolução. Não precisamos de circuitos com saltos maiores ou obstáculos mirabolantes, não se trata disto. Mais curvas descompensadas (há uma terrível mania de terraplanagem nas pistas do Brasil) assim como uma maior variedade de obstáculos e saltos mais próximos das saídas de curva seriam benvindos, diminuindo a velocidade, aumentando o desafio e a competitividade, além de diminuir o risco e beneficiar o espetáculo.


Momento decisivo da MX2 com Scott Simon ultrapassando Adam Chatfield 


Anderson Cidade
Mas vamos falar das provas de Chapecó, que são o tema desta reportagem. Na hora das corridas o terreno foi gradeado mais fundo e formaram-se algumas canaletas, dificultando um pouco mais as coisas em relação a pista totalmente lisa dos treinos. O piso local compacta rapidamente - não à toa existe ali um circuito de terra para carros - fato que provoca a formação de um trilho principal rápido, por isso confesso que não acreditei em grandes disputas nas provas, mas a bateria da MX2, ponto alto do dia, mostrou que, pelo menos em parte, eu estava enganado.

E foi um duelo entre gringos que apimentou as disputas. Deu até pra lembrar das batalhas entre Kenny Keylon e Rodney Smith na década de 80, ou de outros estrangeiros com Jordi Elias e Danny Storbeck que fizeram provas memoráveis em competições brasileiras. Desta vez os protagonistas foram Scott Simon e Adam Chatfield. Scott, norteamericano, é piloto da Pro Tork desde a temporada passada. Adam, inglês, chegou durante a semana ao país para integrar a equipe de Balbi, a 2B Racing Duracell. 


Veja também: Galeria de Imagens da Prova com 623 Fotos!


Largada MX1
Nos treinos Adam Chatfield não esteve entre os mais rápidos, mas quando caiu o gate na MX2 ele disparou na frente conquistando boa vantagem já no início. Jean Ramos, Anderson Cidade e Douglas Parise ocupavam as posições seguintes enquanto Scott Simon completava o primeiro giro na quinta posição. Com boa velocidade o americano mostrou que estava na briga atacando os pilotos a frente.

Na quarta volta um incidente envolveu dois pilotos da equipe Honda: Leandro Silva caiu quando tinha a quinta colocação, e foi atingido por Swian Zanoni, que vinha logo atrás. O prejuízo foi grande para os dois, maior para Leandro que voltou nas últimas posições. Swian perdeu tempo só que ainda retornou em nono, com possibilidades de recuperação.

Na frente Chatfield seguia com bom ritmo enquanto Scott Simon superava Jean Ramos assumindo a vice-liderança. O americano ainda precisava descontar a diferença para o inglês para pensar em brigar pela vitória e começou a diminuir a vantagem a cada volta. A ultrapassagem veio já próximo do final, no salto triplo, o maior do circuito catarinense. O curioso é que neste momento eles inverteram a forma de enfrentar o obstáculo: Scott, que até então optava pelo salto duplo, completou o pulo enquanto Chatfield fez o contrário. 



Swian Zanoni


João Marronzinho
"Percebi que o Adam estava diminuindo o ritmo e me aproveitei disso até alcançá-lo", explicou Scott que após a manobra seguiu na frente até a bandeirada. Chatfield tentou recuperar a ponta, mas precisou contentar-se com o segundo lugar, nada mal para sua estreia no Brasil. Swian Zanoni recuperou posições conforme o previsto e conquistou a terceira posição deixando João Marronzinho para trás. O catarinense não largou muito bem, mas conseguiu o quarto lugar da bateria. O quinto foi Anderson Cidade que levou vantagem sobre Jean Ramos na disputa. No campeonato Swian segue na ponta da tabela com 19 pontos de vantagem sobre Jean Ramos e 21 sobre Jorge Balbi.

Apesar dos mesmos pilotos na disputa, a prova da MX1 foi bem diferente. Nesta corrida Swian Zanoni largou na frente e partiu para uma vitória de ponta à ponta. João Marronzinho ultrapassou Rafael Zenni no início da bateria, mas não conseguiu ameaçar a posição do companheiro de equipe. Nos momentos finais estava isolado na segunda colocação.

"Consegui abrir distância e pude administrar a vantagem", disse Swian que com a vitória aproximou-se dos líderes entrando na briga pelo título da MX1. Junto com o segundo lugar Marronzinho assegurou a liderança do campeonato. "Se eu forçasse o ritmo senti que iria acabar cansando, então resolvi me contentar com a segunda posição", comentou o novo primeiro colocado no campeonato. A tabela conta com Marronzinho na frente, com 45 pontos, Marcello Ratinho Lima em segundo, 41, e Swian em terceiro, 40. 


Marcello Ratinho Lima


Pódio MX1
Scott Simon fez mais uma boa apresentação pulando do sétimo para o terceiro lugar final. Marcello Ratinho e Leandro Silva completaram os cinco mais rápidos. Da metade da prova em diante as posições não se alternaram entre os primeiros colocados. Rafael Zenni completou na sexta posição com Adam Chatfield na sequência. Nesta bateria o inglês oscilou da terceira a nona posição, com uma queda nas primeiras voltas prejudicando seu desempenho. Douglas Parise foi outro que teve trabalho para recuperar-se fechando a prova em oitavo, a frente de Anderson Cidade e Pipo Castro. 


Milton Chumbinho Becker


Davis Guimarães
Primeira bateria a correr a MX3 foi a categoria que pegou chão mais fofo marcando o trilho do circuito de Chapecó. Esta é uma classe onde a disputa está bastante acirrada, com cada ponto muito disputado. Davis Guimarães liderou meia bateria, mas sempre sob a mira implacável de Milton Chumbinho Becker. O catarinense mostrou que estava com mais ’lenha pra queimar’ que o concorrente e quando fez a ultrapassagem não perdeu mais a posição.

Com a vitória em frente sua torcida o piloto da Pro Tork retomou o primeiro lugar no campeonato, apenas um ponto na frente de Davis. A disputa promete ser ainda mais acirrada nas próximas provas. Nesta etapa Cristiano Lopes não conseguiu o mesmo ritmo da dupla ficando em um distante terceiro lugar. Richard Berois e Walter Tardim garantiram quarta e quinta posições desde o início de prova. 


Endrews Armstrong


Anderson Amaral
Endrews Armstrong e Anderson Amaral seguem como protagonistas da MXJr na competição. Nesta etapa um início de prova desastroso para Anderson facilitou as coisas para Endrews que venceu de ponta à ponta enquanto seu adversário tinha trabalho pra recuperar posições. Anderson tocou o gate na largada perdendo segundos preciosos que o obrigaram a uma série de ultrapassagens até assumir o segundo lugar, na metade da bateria.

Desta forma Endrews comemorou com tranquilidade a segunda vitória no campeonato e agora é o líder isolado. A terceira posição da prova foi bastantante disputada e, depois de passar pelas mãos de Diego Hening e João Ribeiro, ficou definitivamente com Thiago Formehl. Ribeiro completou em quarto com uma intensa disputa pelo quinto lugar ocorrendo pouco atrás. Leonardo Lizzot garantiu a posição com leve vantagem sobre Diego Hening e Pepê Bueno. 


Kioman Munoz


José Brayan
Na 65cc dois pilotos chegaram empatados na pontuação: Kioman Munoz e Djalma Brito. O terceiro na classificação, Enzo Lopes, correu recuperando-se de uma lesão e, sem forçar, conseguiu os pontos da oitava posição. Djalma liderou o início de prova, mas acabou não resistindo a pressão de Kioman que garantiu a vitória.

Depois Djalma perdeu a segunda posição para José Brayan, outro destaque da prova, que completou a bateria dez segundos atrás do vencedor. A disputa pelo quarto lugar envolveu o xodó da torcida, o local Arthur Todeschini, que chegou a ocupar a posição, mas teve que se contentar com o quinto lugar do pódio ao ser ultrapassado por Gabriel Soares. 


Ismael Rojas e Nivaldo Viana


Prova teve a estreia de nova premiação para os melhores pilotos privados com motocicletas Honda nas categorias MX1 e MX2
Na Superliga Brasil de Motocross Nivaldo Viana não conheceu outro lugar além da primeira posição da classe CRF 230, e segue 100% no campeonato após a terceira etapa. Mas foi uma vitória suada e muito valorizada pelo sempre veloz Ismael Rojas, que tentou superá-lo até a última volta. Não deu, Nivaldo se defendeu bem e conquistou mais uma vitória.

Germano Vandresen largou na frente, mas não conseguiu o ritmo de Nivaldo e Ismael, completando a prova em terceiro. Atrás dois estreantes na classe, garotos vindos da 85cc (ou MXJr, como foi batizada a categoria nesta competição): Gustavo Rorato e Thiago Formehl, respectivamente quarto e quinto colocados. Formehl ’roubou’ na finalzinho da prova a posição de Anderson Chupel, garantindo a última vaga do pódio. 


A 4ª etapa da competição acontece no primeiro final de semana de julho, dias 3 e 4, na cidade de Indaiatuba, interior paulista, mesmo local da prova de abertura da temporada

A Superliga Brasil de Motocross tem patrocínio da Honda, Mobil e Aymoré Financiamentos e co-patrocínio da Pirelli e do Consórcio Nacional Honda. A etapa conta também com apoio da Prefeitura Municipal de Chapecó, Motopoint e Moto Clube Chapecó. A realização é da Romagnolli Promoções e Eventos.

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