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Teste Suzuki RM-Z 450 2005
Publicado em: Março 2005
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Experimentamos a novidade mundial da Suzuki 
Texto: Maurício Arruda - Fotos: Lucídio Arruda


RM-Z 450 2005

A aguardada novidade entre as amarelinhas já pode ser vista nas pistas brasileiras.
A nova RMZ 450 surge como arma da Suzuki para disputar o ávido mercado das motocross 4 tempos, segmento onde cada vez mais modelos tentam os consumidores/pilotos em todo mundo. E a chegada do modelo ao Brasil não poderia ter sido melhor conquistando ótimos resultados na abertura do Brasileiro de Motocross.


Motor: forte e eficiente 
Diferente de sua irmã menor (RMZ 250) este modelo é uma criação exclusiva da Suzuki, não é uma moto produzida em conjunto com a Kawasaki (marca que ainda não está com seu modelo disponível, fato que deve ocorrer na linha 2006). Por isso é uma motocicleta totalmente nova com motor e quadro de novas concepções sem características de outro modelo.

Percebe-se isso logo de cara com o visual totalmente novo. No geral ele  agrada, especialmente por causa do quadro de alumínio, algo que ainda causa um grande impacto assim como os da linha Honda (onde aliás parece ter sido a inspiração dos engenheiros da Suzuki). As linhas do novo modelo pecam um pouco, "excessivamente quadradas", especialmente no paralama traseiro e nas abas do radiador, deixando-a com um certo ar de pesadona. Isso não tira a beleza, mas fica a impressão de um modelo não tão bem resolvido visualmente (onde a 250 certamente se sai melhor) que você provavelmente irá olhar com outros olhos em poucos anos, com a chegada das novas versões.

Outro ítem que chamou nossa atenção antes mesmo de andar foi o suporte que prende o cabeçote do motor no quadro... certamente dará um trabalhão ao mecânico sempre que a moto necessitar de uma nova carburação, já que é impossível o acesso ao carburador sem a remoção da peça.

O motor chega com alta tecnologia e materiais nobres na sua fabricação. Válvulas de titânio e um carburador Keihin com sensor ligado ao CDI prometem respostas rápidas ao acelerador. O titânio também está presente no escape e nas pedaleiras. Visando um conjunto compacto apenas quatro marchas equipam o modelo. O descompressor é automático, facilitando as partidas. 


A primeira versão 450cc da Suzuki chega com fôlego para encarar as rivais



O novo motor, um dos pontos altos da moto
Originalmente o guidão é um Renthal modelo Fat Bar (oversize, sem barra). Uma boa novidade é o suporte reversível que permite o piloto mover o guidão para frente ou para tráz conforme sua estatura. As suspensões são Showa, na frente e atrás. O sistema de freio (discos de 250mm na frente e 240mm atrás) vem com novo flexível em Kevlar. Com esse material melhora-se a sensibilidade e diminuí a expansão impedindo que o freio fique "borrachudo".

Além de investir no desenvolvimento do novo modelo a Suzuki contratou nada menos do que o maior garoto propaganda que uma fábrica pode ter na atualidade, o norte-americano Ricky Carmichael, que utilizará o modelo durante a temporada de motocross nos Estados Unidos. No Brasil a marca já colhe frutos com o sucesso da RMZ 450 na abertura do Campeonato Nacional, onde João Marronzinho faturou a vitória na categoria principal (MX1) e Rodrigo Siqueira (que gentilmente cedeu sua moto para este teste) conquistou a terceira posição.

Na pista

Ansiosos para colocar as mãos na moto, observamos Rodrigo Siqueira realizar uma bateria de treino antes de chegar a nossa vez de experimentar a RMZ 450. Testamos o modelo na pista da FMF em Araçariguama , logo após sua chegada, semanas antes da primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross. 


Opinião do Piloto
"A nova RM-Z tem um motor com boa baixa, média e alta. Possue força em todas as marchas e a ciclística deixa o piloto em um bom posicionamento nas curvas, principalmente as de alta. A suspensão original não é muito boa. Até agora não tive problemas com a moto. Acho que a suzuki acertou dessa vez!"

Um abraço,

Rodrigo Siqueira

Antes de andar vimos que a grande força do motor é uma das qualidades da motocicleta. Enquanto estava em pré-produção algumas séries da Suzuki, diziam os boatos, eram excessivamente fortes... já outras mansas demais. Chegando a hora de andar, logo nas primeiras voltas, percebemos que a série que entrou em produção chegou na medida certa! Força sem estupidez e muita elasticidade é o que oferece a RMZ. São apenas quatro marchas, mas não se surpreenda se, na maioria das pistas,
você não usar mais do que segunda e terceira. Baixa, média e alta tem um desempenho excepcional resultando em poucas trocas e menos trabalho para o piloto. Neste ponto ficou claro que a Suzuki pode fazer frente a concorrência.

Com pouco contato também percebemos uma tendência a "sair de frente" nas curvas e um balanço excessivo da dianteira nos buracos em trechos de alta. Conversando com Siqueira (proprietário da moto) descobrimos que foi realizada uma troca de óleo na suspensão dianteira e que ele, com a mesma sensação, pretendia realizar uma nova alteração antes de partir para as competições (e a julgar pelo resultado no Brasileiro deve ter dado certo). 

Na verdade, sem experimentar a moto standart, fica difícil encontrar a razão e saber se esta é uma reação "natural" do modelo ou se ocorreu pela alteração do óleo. Certamente trabalhando nas regulagens da suspensão dianteira (notadamente fora do ideal no dia do teste) chegasse a um melhor ajuste. Atrás a Showa apresentou um bom desempenho, com equilibrio e eficiência. No exterior publicações especializadas aprovaram a ciclística e as suspensões da moto, porém declararam que as mesmas são muito sensíveis aos ajustes.

A posição de pilotagem é agradável. Leve (comparando com a DR-Z 400 são 18 kgs à menos) e com centro de gravidade baixo ela tem seu melhor desempenho em curvas de alta, nas de baixa exige mais do piloto. O novo quadro talvez seja a resposta para este desempenho, semelhante, tanto no visual quanto nas reações, aos da Honda da geração anterior (até 2004). O fino tanque de combustível tem capacidade de 7 litros.


Conclusão

Em sua primeira versão a nova RM-Z 450 chega ao mercado em condições de encarar suas rivais na categoria MX1.

O modelo tem qualidades e, na nossa opinião, a maior delas é o motor. Compacto, forte e muito elástico como deve ser um motor de competição. É uma moto robusta que neste primeiro contato passou uma boa impressão.

Eventuais problemas de desgaste prematuro, comuns nas primeiras versões de novos modelos, só poderão ser detectados ao longo da temporada e não em um teste rápido como o realizado. Há detalhes que devem melhorar nas próximas versões. É o caso do acesso ao carburador, dificultado por um suporte mal posicionado.  Detalhes que não ofuscam as qualidades da RM-Z, mas merecem uma nova análise para os modelos 2006. Dentro da pista, porém, o piloto tem nas mãos uma motocicleta excelente, arma capaz de brigar no mesmo nível com as concorrentes da Honda e Yamaha.

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