Eli Tomac é o terceiro piloto a conquistar o Monster Million em Las Vegas
Redação MotoX.com.br: Lucidio Arruda - Fotos: Octopi / Simon Cudby

Eli Tomac tornou-se o terceiro piloto a conquistar um milhão de dólares em nove anos de Monster Energy Cup, o maior prêmio em um evento individual no motociclismo off-road. Antes dele Ryan Villopoto e Marvin Musquin já haviam realizado o feito, que exige a vitória nas três baterias finais da noite.


Tomac foi disparado o melhor piloto, vencendo com facilidade as duas primeiras baterias. Na terceira fez uma largada no meio do pelotão e teve que suar a camisa em busca da primeira posição. Tarefa nada fácil em uma corrida de pouco mais de dez minutos.

E a última volta da terceira final marcou o evento decidindo o prêmio de um milhão. Não por uma disputa emocionante ou ultrapassagem arriscada, mas porque o companheiro de equipe e então líder, Joey Savatgy, não apenas facilitou a ultrapassagem de Tomac, mas até fez sinal com a mão, deixando a combinação bem óbvia para todo mundo.


Estreante na equipe Monster Kawasaki 450, Savatgy fez o que deveria fazer, provavelmente possibilidade já acertada antes da largada. A gentileza renderia um milhão ao companheiro de equipe. Dificultar e possivelmente evitar uma ultrapassagem por uma mera vitória na bateria - e não na geral - criaria um clima pesado por um longo período na equipe. Além disso muitos aventam a possibilidade de um flashback da final 250 de 2016, neste mesmo estádio, onde sofreu uma "Osbounada" na última curva, tenha pesado na sua decisão. Ao final das contas a Monster Energy também lucrou com a exposição e, tenho certeza, ficou feliz por pagar o prêmio a um piloto Monster, ao contrário do ano passado quando o milhão foi parar na conta de um atleta Red Bull.

Mais destaques do evento

Savatgy pegou rápido o jeito com a 450 e poderia até ter completado a noite na segunda posição geral caso vencesse a última bateria da noite. Com 5-6-2 subiu ao pódio na terceira posição geral, nada mal para uma estreia na categoria. Deixou uma boa impressão para a temporada do AMA Supercross a partir de janeiro.


Já a estreia de Cooper Webb na equipe KTM não foi tão animadora assim, apesar de uma razoável sexta posição na primeira bateria. Webb caiu na largada da segunda e completou apenas em 19º, último entre os que ainda estavam na pista. Na última bateria do dia, Webb completou em nono, o que lhe valeu a 12ª posição geral, logo a frente do "desaposentado" Ryan Villopoto.


Jason Anderson ficou com a segunda posição geral via 3-5-4. O piloto afirmou que teve pouco tempo para se preparar e pilotou apenas dois dias no supercross antes do evento.


Justin Barcia conquistou a quarta posição geral. Depois de um quarto e um segundo lugar, teve que correr atrás do prejuízo após uma péssima largada na última bateria. Veio praticamente de último para a sétima posição, mas o pódio escapou pelo desempate de pontos contra Savatgy, melhor colocado na última bateria.


A noite de Marvin Musquin até que começou bem, com a segunda posição na primeira bateria. Depois disso foi ladeira abaixo. Enroscou a perna na moto de Chad Reed na segunda corrida e caiu na largada da última bateria, quando desistiu de completar a prova.

Por falar em Chad Reed, a noite do australiano foi inversa a do francês, já que conseguiu uma boa última bateria com a terceira posição, depois de passar a maior parte da corrida em segundo. O velhinho mostrou que ainda tem chances de eventualmente brilhar no campeonato 2019. Só falta acertar com alguma equipe. As negociações devem estar rolando com a JGR Suzuki - equipe pela qual competiu na final do motocross e neste sábado em Las Vegas. Deve faltar apenas a questão de fechar o orçamento.

Quem também deve estar atrás de orçamento para a temporada 2019 é Malcolm Stewart, que conquistou um respeitável quinto lugar geral. É obvio que as baterias mais curtas de apenas 10 voltas contaram a seu favor, mas Malcolm mostrou boa velocidade e capacidade de bloquear ultrapassagens como ninguém. Seu carisma também conta pontos na busca por uma vaga nas equipes.


Para finalizar, a Monster inovou esse ano e ofereceu a um espectador, sorteado na plateia, a chance de ganhar outro milhão caso algum dos pilotos conquistasse o prêmio na pista. Uma iniciativa legal e também, óbvio, uma estratégia de marketing para expandir a audiência para além dos fãs conectados com motos, talvez uma audiência ligada em reality shows. O problema para nós, fãs de motos, é que transmissão insistiu demais em mostrar o sujeito gritando feito um alucinado na arquibancada enquanto o pau rolava na pista. Um tremendo anti-climax, completado pela mãozinha de Savatgy.

Participe da nossa enquete. O que você faria se fosse Joey Savatgy na última volta da última bateria?






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