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Teste KTM EXC-F 250 e KTM EXC 300 Oficiais do Brasileiro de Enduro
Publicado em: 08/12/2017
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Andamos nas motos dos campeões brasileiros nas categorias E2 e E3
Redação MotoX.com.br: Texto e Fotos: Lucidio Arruda e Maurício Arruda

Testamos os modelos utilizados por Bruno Crivilin, Rômulo Bottrel e Gustavo Pellin na temporada 2017


KTM 250 EXC-F de Bruno Crivilin

É sempre um prazer experimentar motocicletas de pilotos profissionais. Neste ano de 2017, andamos nas motos dos pilotos oficiais KTM que disputaram o Brasileiro de Enduro padrão FIM: a KTM 250 EXC-F de Bruno Crivilin (Orange BH) e as KTMs 300 EXC de Rômulo Bottrel (Orange BH) e Gustavo Pellin (Sacramento Racing). Bruno foi o campeão da categoria E2, enquanto Bottrel e Pellin disputaram o título da E3 até a prova final, em Farroupilha (RS). Bottrel levantou a taça e Pellin ficou com o vice-campeonato.


KTM 300 EXC de Gustavo Pellin

Vamos começar com nossas impressões sobre a 300 EXC 2 tempos, o modelo escolhido por Bottrel e Pellin.

KTM EXC 300 de Rômulo Bottrel e Gustavo Pellin - Iguais mas Diferentes


Pilotando a KTM 300 EXC de Rômulo Bottrel - Campeã Brasileira 2017 da E3


KTM 300 EXC de Rômulo Bottrel
A moto é a mesma, mas o acerto de suspensões e motor foi em direções completamente opostas. Essa experiência nos deu ideia da versatilidade do modelo. Enquanto Bottrel procurou um acerto mais suave, Pellin deixou sua moto mais arisca. Descendo de uma e subindo na outra, nem parece se tratar do mesmo modelo.

Mas, antes de falar das suspensões e motor, gostaria de elogiar os freios das KTM. É um dos destaque em todos os modelos que andamos da marca. Sempre muito potentes, mas também completamente moduláveis. Eles são referência no segmento. É interessante ressaltar que as motos 2T da equipe usam um expansor para aumentar a capacidade do fluido traseiro e evitar seu superaquecimento.

Bottrell já prepara suas suspensões há alguns anos com a Race Tech. O ajuste mais macio ajuda bastante na entrada de curvas, principalmente naquelas bem irregulares, mas cobra um pouco mais de atenção nos trechos rápidos e entradas de saltos. Vale lembrar que nossos pilotos de testes pesam pelo menos cerca de 10 kg a mais que o dono da moto.


 

No campo do motor, Bottrel foi pelo mesmo caminho. A acerto de carburação promove uma resposta mais dócil e progressiva, amenizando aquela característica das motocicletas dois tempos da moto "vir no peito" nas acelerações mais fortes. É um acerto que sacrifica um pouco a velocidade em campo aberto para facilitar a vida do piloto nas trilhas travadas, características da maioria das provas de Enduro FIM no Brasil.


KTM 300 EXC de Gustavo Pellin - Vice Campeã Brasileira E3


KTM EXC 300 de Gustavo Pellin
Já as preferências de Gustavo Pellin vão em outra direção e sua 300 EXC deixa isso bem claro. Com as suspensões bem mais firmes nos deixou - pilotos com origem no motocross - mais à vontade nos saltos e curvas no trecho de Cross Teste. Num trecho de "single track", de trilha bem travada, a motocicleta exigia uma postura mais agressiva para contornar os pontos de baixa velocidade.

O motor com boa pegada em médias rotações explodia em alegria nas estilingadas em alta. Daquelas de brotar um sorriso debaixo do capacete.

Alguns colegas se queixaram de ser um motor difícil nas trilhas apertadas, não por falta de baixa, coisa que não ocorre nesse 2 tempos de exatos 293,2cm3, mas da moto querer saltar em disparada nas saídas de curva. Em nossa opinião é uma simples questão de adaptação, com bom controle do acelerador e embreagem é um motor que se mostra bem eficiente nos trechos travados e exibe todo o seu potencial nas partes rápidas.

Mais do que definir nossa preferência por uma ou outra, é interessante notar que o que funciona para um piloto pode ser completamente diferente para o outro, mesmo nesse caso onde ambos tem velocidade bastante próxima. Pellin venceu quatro etapas da categoria E3 no Brasileiro de Enduro 2017 - ficou fora em duas delas -, enquanto Bottrel ganhou 10 etapas.



KTM EXC-F 250 de Bruno Crivilin


KTM EXC-F 250 de Bruno Crivilin - campeã brasileira E2


Suspensões WP Cone Valve preparadas na Espanha são um dos principais diferenciais da motocicleta
Entre as três motocicletas a EXC-F 250 de Bruno Crivilin foi a que recebeu maior atenção na preparação, feita na KTM Espanha. A principal modificação foi nas suspensões, preparadas pela WP e ajustadas especialmente para o capixaba.

Na frente foi instalado um garfo WP Cone Valve AER, com funções de mola (a ar) e amortecimento separadas em cada tubo. Atrás foi usado uma amortecedor WP TRAX, que assim como o garfo, permite maior amplitude de ajustes.

No restante da motocicleta foram usados vários componentes da KTM Power Parts, como uma mesa especial, suportes de guidão com PHDS, um sistema de amortecimento progressivo por elastômeros para o guidão - não confundir com amortecedor de direção - guia de corrente, protetor de carter, protetor de tampa de embreagem e um kit de ventoinha. Bruno ainda substituiu o guidão original por um Renthal.

No motor nada foi alterado ou preparado, tanto mecanicamente com nos parâmetros de ignição ou injeção eletrônica. É um motor exatamente igual ao que sai da fábrica. A única mudança foi a ponteira de escape FMF.

Pilotando

O motor da KTM 250 EXC-F, obviamente, não tem a mesma potência bruta da 300 dois tempos, mas compensa isso com a facilidade de pilotagem. Isso não quer dizer que é um motor fraco, pelo contrário, os motores 250 4 tempos da KTM se destacam tanto no enduro como no motocross entre os melhores da categoria. Comparado com as endureiras japonesas, que são amansadas em relação às suas irmãs de motocross, é um motor que vem "Race Ready" como a própria marca gosta de afirmar.


KTM 250 EXC-F de Bruno Crivilin

A moto de Crivilin mostrou boa baixa, média e também não reclamou em esticar aos giros mais altos. Essa ampla faixa de utilização contribui para o piloto se concentrar mais nos obstáculos e no traçado da trilha. Outra diferença em relação às duas motos anteriores é que a 250 EXC-F permitiu entradas de curvas mais agressivas, ajudada pelo freio motor.

O conjunto de suspensões também se mostrou o mais equilibrado das três, tanto nas curvas travadas, como em trechos de alta e saltos. Uma das peculiaridades que notamos é que, apesar de transmitir mais confiança para explorar os limites, as escapadas nestas circunstâncias eram mais repentinas, ao contrário das 300 2 tempos que escapavam antes, mas de forma mais progressiva.

Outro ponto que merece nota são as novas pedaleiras originais introduzidas este ano (de 2017) na linha KTM. Bem afiadas, evitam que os pés escapem involuntariamente e até exigem um pequeno processo de adaptação: nos momentos de tirar ou recolher os pés, o primeiro impulso deve ser pra cima pois a sola da bota não "desliza" como em outras pedaleiras com menos "grip".


KTM 250 EXC-F de Bruno Crivilin

Tanto a 250 EXC-F como a 300 EXC são nacionalizadas em Manaus pelo sistema CKD. Confira abaixo mais fotos e a ficha técnica dos modelos.

Fichas Técnicas


KTM 250 EXC-F

KTM 250 EXC-F
Motor Monociclindrico 4 tempos DOHC
Cilindrada 249,91 cm³
Diâmetro 78 mm
Curso 52,3 mm
Partida Acionador elétrico
Transmissão 6 velocidades
Transmissão primária 24:73
Transmissão Secundária 14:52
13/32
16/30
16/24
23/28
23/23
26/20
Embreagem Multidisco DDS em Banho de óleo, acionamento hidráulico
Ignição Keihin EMS
Quadro Moldura de tubo central deaço cromo-molibdênio
Suspensão Dianteira Garfo Invertido WP Xplor
Curso 300 mm
Suspensão traseira WP Xplor PDS amortecedor
Curso 310 mm
Freio dianteiro Disco 260mm
Freio traseiro Disco 220mm
Cáster 63,5 °
Entreeixos 1482 ± 10 mm
Distância Livre do Solo 355 mm
Altura do assento 960 mm
Capacidade do tanque(aproximadamente) 8,5 l
Peso a seco 103 kg


KTM 300 EXC

KTM 300 EXC
Motor 1 cilindro, motor de 2tempos
Cilindrada 293,2 cm³
Diâmetro 72 mm
Curso 72 mm
Partida Chute e arranque elétrico
Transmissão 6 velocidades
Transmissão primária 26:73
Transmissão Secundária Corrente 14:50
14/32
16/26
20/25
22/23
25/22
26/20
Embreagem Multidisco DDS em Banho de óleo, acionamento hidráulico
Ignição Kokusan
Quadro Moldura de tubo central deaço cromo-molibdênio
Suspensão Dianteira Garfo Invertido WP Xplor
Curso 300 mm
Suspensão traseira WP Xplor PDS amortecedor
Curso 310 mm
Freio dianteiro Disco 260mm
Freio traseiro Disco 220mm
Cáster 63,5 °
Entreeixos 1482 ± 10 mm
Distância Livre do Solo 370 mm
Altura do assento 960 mm
Capacidade do tanque(aproximadamente) 9,5 l
Peso a seco 100 kg
















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