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Novas motos, novas equipes, novos pilotos... começou o Supercross 2018!
Publicado em: 11/01/2018
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Edu Erbs comenta as maiores surpresas da prova de abertura do AMA Supercross 2018
Redação MotoX.com.br: Edu Erbs - Fotos: Simon Cudby / Divulgação


Angel Stadium, sede da abertura da temporada em Anaheim

Pelo 13º ano consecutivo tive o prazer de poder sentir a atmosfera de Anaheim 1. Novos pilotos, novas motos, novos gráficos, novos equipamentos, mas a atmosfera, a animação e os nervos que a abertura do Monster Energy Supercross trazem são sempre os mesmos.

+ Confira o artigo com a análise da prova e vídeos das corridas completas
+ Artigo especial - Fotos do AMA Supercross 2018 - Galeria de Imagens de Anaheim 1

A temporada 2018 traz muitas novidades, com um novo sistema de pontuação, e a mudança no formato das provas e a criação do Monster Energy Triple Crown que trará um gosto de inovação ao campeonato (saiba mais sobre o tema acessando a minha coluna anterior). Em Anaheim percebi outras novidades, como por exemplo uma mudança radical no terreno, que foi peneirado para a retirada de pedras e outras impurezas, e a adição de um pouco de terra nova que realmente ajudou a transformar o traçado se compararmos com os anos anteriores. Além disso, a FELD também criou uma área VIP dentro do circuito para alguns espectadores e um palanque no lado da pista que oferecia uma boa visão da prova para mecânicos e demais integrantes das equipes.

Vídeo:



O desenho da pista em si foi bastante básico e fácil, sem nenhuma seção que deu muito trabalho à maoria dos competidores. A pista contou com duas seções de costelas, sendo uma delas logo antes do salto de chegada. Apesar dela ter diminuido durante o dia, alguns pilotos com nível e equipamento um pouco inferiores tiveram certa dificuldade durante a noite. As redes de proteção testadas no Monster Energy Cup não foram usadas em Anaheim, fazendo com que a pista não tivesse paredões nas curvas mais próximos das arquibancadas, o que infelizmente proporciona menos pontos de ultrapassagem e faz a prova mais monótona.

Como já sabemos, a KTM teve uma noite fenomenal, com Marvin Musquin e Shane McElrath vencendo as duas categorias, e Eli Tomac que até então seria o favorito - com 9 vitórias na temporada passada - teve uma noite terrível e começa a temporada com 25 pontos de deficit. Ao invés de falarmos dos resultados... vamos a algumas observações sobre a primeira etapa.

Primeiramente, as 450s


Ken Roczen

Ken Roczen, o homem biônico - O alemão, com certeza é o maior ponto de interrogação deste ano. Sem dúvida alguma a velocidade está lá, e o piloto vencerá provas este ano, mas há quase um ano sem largar num gate, Ken não apresentou aquela mesma tenacidade de outros anos, mas quem pode culpá-lo? Sinceramente, acho que ele já é extramemente vitorioso por simplesmente ainda ter o braço esquerdo depois do acidente do ano passado. A quarta colocação não me surpreende e eu acho que Kenny só tem a melhorar daqui por diante, entretanto a minha maior preocupação (e de muita gente) é como o seu braço reagirá diante de uma queda um pouco mais agressiva!? Só o tempo nos dirá.


Eli Tomac

Eli Tomac de calças caídas - O piloto da Monster Energy Factory Kawasaki, assim como nos anos anteriores, contou com um pouco de azar na primeira prova da temporada. Depois de ter um dia sólido, Eli largou na frente e em poucas voltas parecia estar com total controle, até que virou pra frente em uma das seções de saltos. Com a moto um pouco torta, tentou voltar à prova fazendo um pit-stop para arrumar a calça - o que eu achei bizarro - e logo mais acabou deixando a corrida por conta de dores no ombro, que a princípio só tem uma luxação.


Justin Barcia

Justin Barcia e a sua Yamaha - Esta para mim foi uma das maiores surpresas da noite! Justin se manteve rápido por todo o dia, vencendo a sua prova classificatória e mostrando mais maturidade do que no passado. Para quem não sabe, Barcia foi contratado pela Factory Yamaha somente por seis provas, assumindo a vaga de Davi Millsaps que está machucado. O piloto não esconde que não se adaptou bem à marca no passado, mas uma promessa de um chassis melhor com o novo modelo e um set-up melhor que o do passado fez com que o piloto concordasse em assumir este risco, o que acabou lhe pagando dividendos. Mesmo com os rumores indicando que Webb estava bem mais rápido que Barcia na pista de testes, o piloto da Carolina do Norte acabou somente com uma pobre décima colocação.


Marvin Musquin

Marvin Musquin número 1 - Marvin Musquin está invicto desde outubro, quando faturou 1 milhão de dólares no Monster Energy Cup. O piloto não escondeu que não teve um dia fácil, mas tomou vantagem do erro de Eli Tomac e se manteve consistente durante a noite para sair de Anaheim com o number plate vermelho. O que pouca gente sabe é que Marvin tomou um tombo feio na semana passada, fraturando alguns dentes, e ainda está se recuperando do acontecido. É interessante também notar que durante as entrevistas e as celebrações, não há mais tanta camaradagem entre o francês e Jason Anderson, que acabou passando as últimas semanas na Califórnia, mesmo que ainda supervisionado por Aldon Baker, pois dizem por ai que Jason atingiu Marvin em uma sessão de treinos na Baker's Factory, abalando o relacionamento de ambos.


Weston Peick

Weston Peick - Depois de Justin Barcia, esta talvez foi a maior surpresa da noite para mim entre as 450s. Com Boggle fora, Peick pôs a JGR Suzuki dentro dos top 5. Melhor que isso, só quando Weston parou para dar uns murros em Vince Friese há algum tempo atrás..

Chad is back! - Chad Reed debutou a bordo de sua CR22 Husqvarna para finalizar a prova na 15ª posição. Este fim de semana faz 10 semanas que Chad operou o tornozelo e as recomendações médicas eram para que ele iniciasse os treinos com moto depois de 12 semanas. Mas a teimosia do australiano falou mais alto e mesmo com pouquíssimos testes e muitas dores, Chad completou a final e parecia muito satisfeito. Mesmo com viagem marcada para a Flórida no domingo, o piloto mudou de plano na última hora já que vai receber terapia e cuidados no centro de treinamento da Red Bull, aqui em Santa Mônica, o que já levanta rumores sobre uma possivel colaboração da marca - em um futuro próximo - com o time do australiano.

Vídeo:



Outras observacoes da classe principal:
- Benny Bloss, da Rocky Mountain KTM, caiu durante a LCQ, fraturou o osso esterno (localizado no tórax) e está fora do campeonato por tempo indeterminado;
- Dean Wilson anunciou que a queda em A1 foi somente um susto, e que apesar da musculatura do seu ombro estar bastante dolorida não há sinais de ruptura de tendões e ele deve ter uma rápida recuperação para voltar às pistas nas próximas semanas;
- Jason Anderson teve uma prova sólida com a segunda posição, assinou esta semana quatro anos de extensão do contrato com a Rockstar Factory Husqvarna;
- Jeremy Martin foi uma das novidades na classe, já que correrá somente três etapas da Costa Oeste como preparação para sua campanha na Costa Leste das 250s;
- Blake Baggett, como de costume, iniciou a temporada bem abaixo do esperado com somente a 12ª colocação na final. Acredito que com o andar do campeonato o californiano chegue mais próximo dos top 5.
- Josh Hansen estreou a sua nova equipe abordo de Suzuki, mas infelizmente não largou em Anaheim devido a uma contusão. Matt Bisceglia, seu companheiro de equipe terminou a noite com uma inexpressiva 19ª posição.
- Ontem a JGR/Autotrader/Yoshimura/Suzuki anunciou Malcolm Stewart na vaga de Justin Bogle, sem prazo determinado, a partir de Houston. Como você acha que ele vai se sair?



250s


Largada 250 Oeste

Na temporada passada, muito se falava de uma transferência de potências entre as costas, já que muitos pilotos estão optando pela Flórida para seus treinos semanais. Realmente a Costa Oeste estava um pouco desfalcada de talentos, entretando este ano as coisas voltaram a ser como eram no passado, com a Costa Oeste indiscutivelmente tendo o maior numero de talentos neste ano. Adam Cianciarulo, Alex Martin, Justin Hill, Shane McElrath, Aaron PLessinger, Joey Savatgy, Christian Craig, Justin Cooper, Mitchel Harrison entre outros, fazem parte da costa neste ano. Com certeza as constusões na pré-temporada são responsáveis pela mudança  de alguns pilotos, mas muito gente também tem como teoria que ninguém quer enfrentar Zach Osborne na defesa do seu campeonato.


Shane McElrath

Shane, again! - Pelo segundo ano consecutivo Shane McElrath, da Troy Lee Designs KTM, venceu a abertura do campeonato, liderando todas as voltas da noite. Eu diria que, com grandes nomes no gate, Shane voou abaixo do radar durante a pré-temporada e pouca gente esperava tal performance do veterano.

Hill down the hill - O atual campeão da classe, Justin Hill estreou com as cores da JGR e não impressionou a ninguém. O piloto não me parecia tão confortável sobre a Suzuki, e as más largadas lhe prejudicaram bastante, terminando a prova final na sétima colocação. Em uma entrevista após a prova, o veterano confirmou que estava um pouco nervoso pela sua estreia, mas que com um pouco mais de trabalho, não tem dúvida que voltará a brigar pelas posições dianteiras nas próximas semanas.


Aaron Plessinger seguido de Adam Cianciarulo

Plessinger e Cianciarulo - Boto os dois pilotos no mesmo parágrafo pois ambos tiveram provas excelentes, foram consistentes, subiram no pódio e têm tudo para vencer algumas provas e estarem no páreo em Las Vegas.

Oldenburg de casa nova - Mitchel Oldenburg migrou para a Star Yamaha depois de alguns anos na TLD/KTM, e mostrou que está em boa fase com uma sexta colocação.  

Outras considerações da classe 250:
- Mitchel Harrison, da Rockstar Husqvarna, teve uma noite um pouco complicada depois de um violento "chega-pra-lá" de Bradley Taft;
- Joey Savatgy teve um dia apagado, porém consistente, com a quarta colocaçãoo na final. Acredito que veremos o piloto da Monster Energy Kawasaki no topo do pódio nesta temporada;
- Phill Nicoletti, da JGR Suzuki, teve um fim de semana que gostaria de esquecer. A moto do piloto quebrou logo no press-day, na sexta-feira, depois ele caiu feio no primeiro treino classificatório, e tudo isso somente para ser atropelado na primeira volta da final por alguns pilotos, inclusive Jean Ramos.

Jean Ramos


Jean Ramos

Tive a oportunidade de conversar com o brasileiro Jean Ramos em Anaheim, e fazer uma pequena entrevista exclusiva. Na minha opinião, o piloto parecia bem à vontade e confiante. Com alguns contratempos, Jean acabou levando a última vaga da LCQ e entrou na final, que era o plano para a noite. Infelizmente Jean se envolveu em um acidente na primeira volta, que lhe rendeu as últimas posições, mas analisando a sua pilotagem, Jean parecia confortável e pilotando como um veterano. É claro que ele tem um pouco de desvantagem em relação ao equipamento e teve uma curta preparação comparado a muitos dos competidores, mas acho que Jean está fazendo um excelente trabalho com as ferramentas que tem neste momento.

Ouça aqui como foi a conversa com Jean Ramos.

+ Vídeo: Jean Ramos mostra como foi sua primeira etapa do AMA Supercross 2018

Perguntas em aberto

Apesar de alguns dos resultados da abertura do campeonato não terem sido tão surpreendentes, muitas perguntas ainda pairam no ar, tais quais: qual será o futuro de Eli Tomac, ou ainda, veremos um vitorioso Cooper Webb este ano? O que a gente já sabe é que não podemos tirar conclusões precipitadas nesta primeira etapa, e que muita coisa poderá mudar logo, até mesmo neste fim de semana no Texas.



Frase da semana
"There is no path for happiness, happiness is the path".
Buddha









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