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>Competição > Brasileiro de Motocross

5ª etapa - Dourados - Mais detalhes do evento
Publicado em: 08/07
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Novidades na pista em Dourados
Texto e Fotos: Equipe MotoX - Maurício Arruda e Flávio Oliveira

Largada MX3

Mais uma etapa do Brasileiro de Motocross foi disputada, desta vez os pilotos estiveram na cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, evento que já tem tradição e que em 2005 contou com a presença de 131 pilotos conforme os dados da organização. A região de clima quente, já indicava aos pilotos uma prova desgastante, mas a grande novidade da pista deste ano, a areia, foi o que realmente exigiu dos competidores.


Trecho da pista com duas opções
Outra novidade é que em determinado trecho a pista dividia-se em duas vias onde o piloto optava por um lado (uma "parede" de terra separa as duas opções). No total eram quatro curvas com a divisão, terminando na reta de chegada. A maioria dos pilotos gostou da novidade que, claro, gerou certa polêmica. No final funcionou bem, e foi uma atração a mais nas disputas, muitas vezes com os competidores escolhendo lados opostos e o público assistindo atento quem iria concluir o trecho na frente.

O que é certo é que neste ano a pista de Dourados estava mais técnica, exigindo mais dos nossos pilotos e isso é algo preciso, que promove a melhoria e o desenvolvimento técnico. Que venham mais inovações! Nos treinos cronometrados os melhores tempos foram dos seguintes pilotos: Milton ‘Chumbinho’ Becker (MX3) 2:14.380; Thales Villardi (85cc) 2:14.187; Hector Assunção (65cc) 2:32.516; Rodrigo Selhorst (MX2) 2:05.187; e João ‘Marronzinho’ Silva (MX1) 2:04.875.


Nico Rocha
No domingo a pista estava pronta e bastante irrigada especialmente para a primeira bateria da tarde, da MX3. Os pilotos desta categoria "pegaram" um circuito muito pesado o que gerou algumas reclamações após a prova. Para o líder da categoria no entanto, parece não haver distinção. Milton “Chumbinho“ Becker continua mantendo a escrita de fazer uma boa largada, abrir uma boa distância de seus adversários e reservar o primeiro lugar no pódio. Ele faturou sua quinta vitória consecutiva.

Uma boa disputa vinha sendo travada no início da prova. Cássio Garcia, Marco Muller, Ricardo Raspa e Nico Rocha brigavam por posições. Cássio assumiu o segundo lugar enquanto Raspa também ultrapassava Muller que já tinha a pressão de Nico Soares. Para Raspa a terceira posição dura pouco já que uma queda o deixa fora dos dez primeiros.


Alberto "Brizola" Maschio
Ao longo da bateria Nico Rocha ganha terreno em relação a Cássio Garcia até entrar de forma definitiva na disputa pela segunda posição. Cássio Garcia não está em seus melhores dias, ainda sem ritmo de prova, recuperando-se de uma lesão ele acaba cometendo erros prejudicando seu desempenho. O piloto catarinense não resiste a pressão perdendo o segundo lugar para Nico Rocha que mostra disposição para escapar na frente.

Para Cássio a briga continua e agora é Alberto "Brizola" Maschio que vem botando pressão na luta pelo terceiro lugar. Brizola termina na terceira posição e continua em linha acesdente no Campeonato. Cássio Garcia é o quarto colocado seguido de Júlio Xavier, o pernambucano que vem se destacando nas últimas provas e novamente subiu ao pódio.

Ricardo Raspa ainda recuperou-se até a sexta posição e agora ocupa a segunda posição na classificação geral empatado com o rondoniense Brizola. Marco Muller foi o sétimo e Osmar Ferreira o melhor representante local com a oitava posição. Sandro Silveira e Ricardo Sebbe ficaram com a nona e décima posições.


Pódio 65cc
Milton ‘Chumbinho’ Becker (1º colocado MX3): "Eu venho trabalhando bastante espero poder continuar com esse trabalho, me dedicando, é uma coisa que eu gosto. Espero poder continuar por muitos anos praticando motocross, viajando o Brasil, encontrando muitos fãs em todos os lados do país, a cada etapa. É muito gostoso poder rever as pessoas e fazer o que a gente gosta”.

Nicomedes Rocha (2º colocado MX3): "Não podia esperar corrida melhor, sem acidente, a pista muito boa e o público prestigiando. Um belo segundo lugar na minha carreira, para quem está voltando a segunda colocação é um ótimo resultado".

Alberto "Brizola" Maschio (3º colocado MX3): "A pista estava um pouco pesada e eu cansei um pouco por causa disto”.


Douglas Santos
Na 65cc a pista que já estava díficil para os pilotos adultos se torna ainda mais técnica para as motos pequenas. O atual campeão Hector Assunção mais uma vez dominou a categoria liderando desde o início. Para Everaldo Rodrigues, que chegou a Dourados como líder da competição, a prova durou pouco. Logo após a primeira
passagem sobre o salto de chegada o piloto goiano vem forte demais na curva em frente ao pit stop e acaba caindo. Machucado Everaldo sai da prova e recebe o atendimento da equipe médica Astra.

Hector se distancia na liderança e quem volta a brilhar é Douglas Santos, que não largou bem, mas depois de uma prova apagada na etapa anterior andou forte terminando em segundo lugar. Felipe de Simoni foi outro destaque, caiu durante a prova e veio recuperando-se para terminar em uma boa terceira posição. Cézar Zamboni chegou logo atrás e Gustavo Takahashi ficou com a quinta posição.

Lucas Catoni saiu na frente na 85cc liderando boa parte da prova. O líder da temporada Thales Vilardi largou na quarta posição e disputando posições com Gustavo Amaral e Anderson Cidade. Depois de conseguir a ultrapassagem sobre os dois Thales saiu em busca de Lucas Cattoni.


Lucas Cattoni
O piloto catarinense andava forte e dificultou o trabalho de Thales. Quando os dois estavam próximos teve início uma das melhores disputas do dia. No trecho ’duplo’ da pista cada um escolhia um lado da sequência e era nesse ponto que Thales tentava entrar mais próximo em busca da ultrapassagem. De tanto tentar uma hora deu certo: naquelas quatro curvas Thales foi mais rápido que Cattoni conseguindo a ultrapassagem.

Depois disto Thales consegue um vantagem que o deixa confortável em primeiro e Lucas passa a administrar o segundo lugar. A esta altura quem também acelera forte é Gustavo Amaral que impõe um excelente ritmo e vai se aproximando do segundo colocado. Já Anderson Cidade erra, perde contato com o primeiro pelotão e tem trabalho para recuperar posições em uma boa disputa com Deni Abreu, Rodrigo Rodrigues e Kaian Teixeira. Kaian deixa esta briga quando sofre uma queda perdendo segundos preciosos.


Gustavo Amaral
Final de prova: quarta vitória para Thales Vilardi seguido por Lucas Cattoni e Gustavo Amaral. Anderson Cidade é o quarto com Deni Abreu e Rodrigo Rodrigues logo atrás. Kaian Teixeira, Raphael de Simoni, Pedro Ramos e Gabriel Gentil fecharam os dez primeiros. "Estava muito difícil, bastante calor e a pista muito técnica. Fiz uma boa largada, mas os adversários que estavam na frente estavam andando forte. Graças a Deus na metade da prova eu consegui ultrapassá-los e chegar no Lucas Catoni a tempo”, comentou o primeiro colocado, Thales Vilardi.

"Estou muito feliz com esta corrida, gosto muito de Dourados e do público daqui. Nos treinos eu tive problema acabei caindo e me machucando e achei que nem ia correr. Consegui fazer um trabalho com equipe médica da Confederação Brasileira, melhorei e o segundo lugar está bom demais", disse Lucas Cattoni.

Rodrigo Selhorst completou a primeira volta na liderança da MX2, prova que já no início dava pra ver que está seria disputadíssima. O garoto Wellington Garcia gostou de disputar a ponta na etapa passada e veio com vontade também para esta prova assumindo a segunda posição seguido pelo líder da categoria Marcello "Ratinho" Lima. 


Marcello "Ratinho" Lima
Rafael Zenni pouco mais atrás ocupava a quarta posição enquanto Leandro Silva, vencedor de duas etapas este ano que esteve ausente na prova passada por causa de uma lesão, lutava por posições intermediárias após uma péssima largada.

A tônica desta prova foi a liderança de Selhorst sempre seguido muito de perto pelos adversários. Todos acelerando muito forte em uma categoria que impressiona cada vez mais pela competitividade.

Ratinho assume a segunda posição e passa a ser a principal ameaça ao líder enquanto Wellington Garcia sofre com a pressão de Zenni, acaba ultrapassado, e após isso administra a quarta posição.  Já Leandro Silva tem muito trabalho para conquistar a quinta posição e quando isto acontece o primeiro pelotão já está distante.  Os cinco primeiros imprimiram um ritmo superior em relação aos demais.

No final da prova Selhorst, Ratinho e Zenni estão separados por poucos metros e o ritmo permanece intenso. A situação pouco muda até a bandeirada e Selhorst conquista sua primeira vitória na categoria esquenta a briga pela liderança com Ratinho, segundo na prova. Zenni chega logo depois, na terceira posição.


Rafael Zenni

Wellington Garcia completa na quarta posição e Leandro Silva retorna ao pódio com o quinto lugar. Além destes apenas Rafael Helal e  Renan Bunij, na sexta e sétima 
posições, completam as mesmas 16 voltas do líder.


Wellington Garcia
Outros destaques foram os paranaenses Rafael Faria e Kurtt Rocha, respectivamente oitavo e nono colocados. Felipe Grimberg ficou com a décima posição após conseguir o "Holeshot" da categoria liderando as primeiras curvas. 

Rodrigo Clemente Selhorst (1º colocado MX2): "Estou feliz com esta vitória. Eu já tinha vencido na categoria 80 do brasileiro alguns anos atrás, mas sempre é bom vencer um brasileiro. Faz tempo que eu estou batalhando pra isso, aconteceram alguns problemas nesse meio tempo e agora, este ano, eu consegui me acertar legal, a moto ta perfeita. Tudo está caminhando perfeito vamos ver agora até o final".

Marcello "Ratinho" Lima (2º colocado MX2): "Foi uma prova muito boa, consegui largar muito bem, vim buscando rapidamente e consegui ir para a segunda posição. Quando eu estava chegando no Rodrigo me enrosquei em um retardatário, errei um pouco e tive que buscar tudo de novo. No final tive que arrancar o óculos porque eu já não estava enxergando mais nada e nas duas última voltas eu administrei bem. Foi muito legal, a pista estava muito esburacada e o calor muito forte. A organização está de parabéns pela pista e a prova foi muito boa". 


João "Marronzinho" Silva
Rafael Zenni (3º colocado MX2): "Não tive uma boa largada, vim fazendo uma prova de recuperação. Quando encostei no terceiro estava difícil passar, a pista estava com poucos pontos de ultrapassagem e muitos retardatários. Isso atrapalhou bastante e eu acho que todo mundo está em um ritmo muito forte e vou treinar mais para a próxima prova".


Douglas Parise
Final de tarde, é a vez da MX1. Nesta categoria a etapa de Dourados também teve seus "cinco grandes", pilotos que andaram na frente dos demais desde os primeiros treinos e assim seguiram pelo final de semana. São eles os pilotos oficiais João "Marronzinho" Silva (Suzuki), Kristofer Florenzano (Yamaha), Roosevelt Assunção e Massoud Nassar (Honda), além do privado Douglas Parise que continua na briga mesmo com uma estrutura mais modesta. 

Mas na hora da prova eles tiveram caminhos bem diferentes. Desde a largada a briga pela ponta ficou entre Marronzinho e Roosevelt. Massoud e Florenzano envolveram-se em acidentes no início da prova saindo das últimas posições. Já Parise, apesar de ocupar a terceira posição já no começo da prova não acompanhou o ritmo da disputa.

A briga pelo primeiro lugar dura toda bateria, mas sempre com Roosevelt na frente. O tempo todo na perseguição, mas com poucas tentativas efetivas de ultrapassagem Marron vê seu principal adversário na disputa pelo título vencer pela primeira vez no ano, diminuindo a distância na classificação geral.


Massoud Nassar
Parise sofre uma queda durante a prova (sem maiores consequências) e acaba isolado em terceiro, sem ameçar, mas também sem ter sua posição ameçada. Completando o pódio Massoud Nassar e Kristofer Florenzano vieram lá de trás para conquistar a quarta e quinta posições. Especialmente para Florenzano terminar no pódio pode-se dizer que foi lucro, já que o piloto paranaense sofreu uma forte queda na largada onde acabou até sendo atropelado por outros competidores.

Na sexta posição chegou Vatutin Maia, piloto da tradicional família goiana que participou apenas desta etapa até o momento neste ano. O piloto local Marcos Ribeiro ficou com a oitava posição seguido por Max Balbi, João Guedes e Fabiano Nestor dos Santos.

Roosevelt Assunção (1º colocado MX1): "Foi uma prova muito boa, nos treinos já estava me sentindo bem e eu consegui fazer uma boa largada, sai em primeiro. A corrida inteira o Marron esteve próximo e tive que manter a calma, paciência pra não errar e cansar. Foi uma excelente vitória".

João "Marronzinho" Silva (2º colocado MX1): "Agora são 13 pontos, diminui bem a diferença (no Campeonato), mas vou trabalhar bem para Cianorte e para as outras provas que ainda restam (Cachoeiro de Itapemirim e Grande BH). Espero vence as outras etapas para sair como campeão do Campeonato". 


Largada MX1

Douglas Parise (3º colocado MX1): "Foi uma corrida boa, eu larguei mal e consegui me recuperar. Na verdade eu deixei a minha moto apagar durante a prova e não conseguia fazer ela ligar. Mas foi uma corrida muito boa. Para um piloto privado que vem passando dificuldades, não consigo treinar mais como eu treinava, faltam condições, recursos. Na realidade estou perdendo um pouco da motivação porque eu não consigo fazer as coisas como devem ser. Mas eu vou criar forças, eu não sei da onde, e com cerrteza no final do Campeonato eu vou brigar pelo titulo".

Confira também: galeria de imagens da prova com 251 fotos!

O Campeonato Brasileiro de Motocross é organizado e promovido pela CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) com patrocínio Honda, Mobil e Dunas Race, co-patrocínio Expresso Joaçaba e Yamaha.








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