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>Competição > Brasileiro de Motocross

5ª etapa - Detalhes do evento - Canelinha - SC
Publicado em: 20/08/2010
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Palco do retorno do mundial ao Brasil, Canelinha recebeu o Brasileiro de Motocross
Redação MotoX.com.br - Texto e fotos: Maurício Arruda 


Largada MX1


Assista a disputa da categoria MX1 na MotoX TV
Foi melhor do que o esperado. A disputa da 5ª etapa do Pro Tork Brasileiro de Motocross, em Canelinha, SC, surpreendeu positivamente, superando a expectativa gerada pelo retorno ao palco do GP Brasil de Motocross do ano passado. A pista, talvez a única no Brasil atualizada com o padrão internacional, valorizou as disputas do evento, mostrando o quanto os circuitos influenciam na qualidade do espetáculo.

Bons pegas, novos destaques e a atmosfera de uma prova tradicional, fizeram da etapa catarinense um evento excepcional, que além da briga por pontos no campeonato, teve como bônus a disputa por vagas na equipe brasileira para o Motocross das Nações. Na formação da equipe foi considerado o ranking após esta rodada, realizada nos dias 14 e 15 de agosto. 


José Felipe


Veja também: Galeria de Imagens da Prova com 621 Fotos!
O evento deixou claro que vale investir e atualizar nossas pistas, dar ouvido as recorrentes reclamações dos principais pilotos, que há anos cobram traçados mais alinhados com os dos principais campeonatos internacionais, extremamente mais técnicos e exigentes que a maioria dos encontrados por aqui. E não dá dizer que não é possível porque na competição nacional também correm as categorias de base, como muitas vezes escutamos dos dirigentes... Canelinha comprovou, todos podem correr em pistas focadas nos profissionais, onde o excesso de velocidade dá lugar a técnica e, inclusive, ganha-se em segurança.
 
Esta nova rodada do campeonato trouxe novos nomes para a zona de destaque, mas ainda não foi desta vez que vimos os pilotos brasileiros subindo ao ponto mais alto do pódio. Apesar das novidades, foram os gringos, mais uma vez, os principais nomes no evento. Entre os brasileiros destaque para o catarinense Anderson Cidade, que, em sua estreia no campeonato, esteve na briga tanto na MX1 quanto na MX2. O evento também marcou uma estreia fora das pistas, a do locutor Ricardo Vieira, mais conhecido como Ximboca, que pela primeira vez foi ’a voz’ da competição nacional.

A corrida da MX1 guardou a maior surpresa do evento em termos de resultado. A vitória de José Felipe pode ser considerada uma zebra, já que antes, na MX2, ele teve um desempenho que não o levou além da sétima posição. Mas, na hora das 450cc, a estrela do argentino brilhou. Anderson Cidade começou a prova na liderança, mas em seguida Felipe assumiu o primeiro posto. 


Anderson Cidade


Roberto Castro
Scott Simon, que não fez uma grande largada, ao redor da quinta posição, mostrou que era o mais rápido na pista e foi superando um a um os adversários, até assumir a liderança. Adam Chatfield, no embalo do norteamericano, pulou para o segundo lugar deixando Felipe com o terceiro posto.

A sorte do argentino começou a mudar daí para frente. Mais ou menos no meio da prova Chatfield tentava descontar a vantagem de Scott, quando caiu e, com a moto bastante avariada, abandonou a corrida. Neste momento a vitória parecia certa para Scott que estava com uma larga vantagem, mas o piloto da Pro Tork também tropeçou, escorregou em uma curva e perdeu muito tempo até conseguir religar sua Kawasaki.

Felipe voltou ao primeiro lugar sofrendo forte pressão de Duda Parise enquanto Scott retornava em sexto, brigando por posição com Gabriel Gentil, o garoto catarinense que fazia a festa do público encaixando o Triplo Desalle, o salto mais espetacular do circuito. Foram várias voltas de disputa entre o argentino e o gaúcho, até que, quando a prova se encaminha para os momentos finais, Parise vira outra vítima do piso compactado e liso de alguns trechos do circuito. 


Circuito é o mesmo que recebeu o GP Brasil de Motocross em 2009


Marcello Ratinho
Foi uma prova espetacular, pois a disputa não cessou e seguiu forte. Quem passou a vice-liderança foi Anderson Cidade, que não deixou Felipe respirar, e também se cuidava com a rápida aproximação de Scott, que dava sua última cartada tentando vencer. A tentativa não deu certo, terminou em nova queda e o líder do campeonato perdeu terreno completando a prova na quarta posição.

Restando duas voltas a briga ficou restrita à Felipe e Cidade, piloto local que contava com o apoio da torcida. Na placa de última volta - momento em que a direção de prova cometeu um erro mostrando aos primeiros colocados, pela segunda vez, a placa com o número dois - o argentino não bobeou, forçou conseguindo um espaço que lhe garantiu a vitória. "Foi uma corrida muito díficil, sempre tinha um piloto atrás, pressionando. Estou muito contente, não tenho palavras para descrever esta vitória, muito emocionante, creio que a maior da minha carreira", afirmou José Felipe. Cidade confirmou a condição de melhor brasileiro na prova completando em segundo.

A terceira posição ficou com Roberto Castro, da Costa Rica, que conseguiu uma espetacular recuperação após se complicar na largada (assista ao vídeo na MotoX TV). "O gate caiu até a metade e bati nele. No final da corrida estava com um ritmo muito bom, me sentindo bem, mas o tempo acabou. O terceiro lugar para mim é como uma vitória, depois de duas corridas que não finalizei por problemas mecânicos", comemorou. Gabriel Gentil completou o pódio, na quinta colocação. 


Adam Chatfield


Scott Simon
Se a MX1 foi cheia de alternativas a prova da MX2 não ficou atrás, e teve como bônus uma grande batalha que valeu a vaga para o Motocross das Nações pelo ranking da categoria (veja matéria com a apresentação da equipe) . Thales Vilardi largou na frente liderando metade da corrida, sendo perseguido por vários adversários. Primeiro Anderson Cidade ocupou a vice-liderança, depois Gabriel Gentil, por fim o inglês Adam Chatfield entrou na disputa com o brasileiro.

E foi nessa hora que a disputa esquentou. Foram três voltas de intensa batalha entre os dois, na quarta, em um toque, Thales acabou levando a pior. "Foi um choque normal de corrida", explicou o piloto da KTM que acabou abandonando a prova. Depois disto Chatfield conseguiu vantagem suficiente para administrar a bateria conquistando a segunda vitória consecutiva na classe.

Mas a bateria não perdeu a emoção, pelo contrário ela seguiu intensa até a bandeirada, principalmente por causa da disputa entre Marcello Ratinho Lima, Duda Parise e Dudu Lima, que valia a vaga do Nações pelo ranking brasileiro. Nas voltas finais Dudu perdeu terreno, mas Ratinho e Parise seguiram lutando até a bandeirada. Correndo com várias escorriações devido a um tombo nos treinos, Ratinho confirmou a quarta posição suportando a pressão do gaúcho.

Em prova de recuperação, Scott Simon conseguiu o segundo lugar, ultrapassando Anderson Cidade no terço final da corrida, resultado mais que suficiente para seguir líder do campeonato com boa vantagem. 


Nico Rocha


Davis Guimarães
Depois da primeira vitória de Davis Guimarães na MX3, na etapa anterior, Nico Rocha reagiu em Canelinha, conseguindo seu segundo triunfo na temporada. Não foi o suficiente para voltar a liderar a competição, mas esquentou a disputa pelo título, onde os dois são os principais favoritos. Na corrida, de treze voltas, Davis liderou doze, mas sempre com o concorrente próximo, estudando a melhor estratégia.
 
E a ultrapassagem veio a duas curvas do fim, surpreendendo Davis, que ainda tentou o troco na última curva, onde caiu. Vitória para Nico Rocha que vibrou muito com a conquista que lhe deixou a quatro pontos de Davis no campeonato. Nielsen Bueno fez prova tranquila na terceira posição, conquistada ainda no início com uma ultrapassagem sobre Walter Tardin.

O carioca na sequência perdeu outras posições, foi superado por Willian Guimarães, este em uma prova conturbada pelo início desastroso, quando o motor de sua moto apagou logo na segunda curva deixando-o na última posição. Willian confirmou o quarto lugar e Richard Berois, que sofreu uma leve queda durante a disputa, foi o piloto que fechou o pódio. 


Carlos Eduardo Franco


Ismael Rojas
Em Canelinha, Carlos Eduardo Franco conseguiu reestabelecer o domínio da categoria 230cc. Após um tropeço em Foz do Iguaçu, o sulmatogrossense voltou para o topo com outra convincente vitória que o deixou com 35 pontos de frente na classificação geral. Franco ultrapassou Germano Vandresen no início da corrida e depois administrou a vantagem.

O catarinense perdeu outra posição também no início, para Ismael Rojas, que fechou a etapa em segundo, posição que lhe deixou na vice-liderança do campeonato. Depois disso Vandresen se estabeleceu em terceiro, seu melhor resultado na temporada. Nivaldo Viana caiu na primeira volta e, partindo de último, conseguiu boa recuperação conquistando o quarto lugar. Pela quinta posição, Eduardo Rosing venceu a disputa com Cássio Espíndola e Vinícius Nalin. 


Anderson Amaral


João Ribeiro
Na 85cc Anderson Amaral segue com sua temporada perfeita. A prova catarinense marcou a quinta conquista consecutiva do paulista, que foi perseguido por João Ribeiro do início ao final. Isto não impediu Anderson de completar uma prova tranquila, sem sobressaltos, do 
começo à bandeirada na primeira colocação. Sem conseguir atacar o líder, João completou a bateria pouco mais de cinco segundos atrás.

Rodrigo Riffel não conseguiu acompanhar o ritmo dos ponteiros, desta forma conquistou a terceira posição isolado, seguindo na vice-liderança da pontuação. Hallex Dalfovo já teve mais trabalho, subiu cinco posições durante a bateria, obtendo a quarta posição. Gabriel Carbonera fez sua melhor apresentação na competição com o quinto lugar na bandeirada. 


Kioman Munoz


Djalma Brito
A vitória nesta etapa deu ampla margem para Kioman Munoz na classificação da 65cc. O goiano, que chegou à prova empatado no campeonato com Enzo Lopes, abriu vantagem com o primeiro lugar conquistando de ponta a ponta. Enzo não esteve na prova pois recupera-se de uma lesão. Quem conquistou a segunda posição foi Djalma Brito, que conseguiu o posto na metade da bateria.

José Brayan Soares cedeu o segundo lugar ao paulista, mas manteve o terceiro, cruzando a bandeirada alguns segundos depois do concorrente. Arthur Todeschini e Matheus Souza completaram os cinco mais rápidos na bateria dos pequenos.

Agora o Pro Tork Campeonato Brasileiro de Motocross segue para o Estado do Rio de Janeiro. Nos dias 18 e 19 de setembro a cidade de Nova Friburgo sedia a competição que tem o patrocínio Pro Tork e Rinaldi, com realização e supervisão da Confederação Brasileira de Motociclismo.

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