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Bandeira preta!
Publicado em: 22/01/2015
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Bandeira preta para Chad Reed foi o assunto da semana nos Estados Unidos
Redação MotoX.com.br - Por Edu Erbs - Fotos: Simon Cudby e RallyZone Bauer/Barni


Chad Reed (22) terminou a noite como protagonista do incidente mais comentado da prova

Ken Roczen e Cooper Webb foram os primeiros a conquistarem duas vitórias no Monster Energy AMA Supercross 2015, mas entre os tabloides e fóruns de discussão aqui nos Estados Unidos só se comenta o incidente de Chad Reed e Trey Canard em Anaheim 2, na terceira etapa da temporada... o ocorrido está dando o que falar!!!


Bandeira preta gerou muitos comentários nas redes sociais
Para quem não assistiu a corrida, Trey Canard atropelou Chad Reed enquanto tentava a ultrapassagem, ocasionando a queda dos dois. Em seguida, quando ambos se levantaram, Canard levou vantagem por sair na frente de Reed. Porém o australiano perseguiu o norte-americano até lhe dar um "chega-pra-lá", provocando a queda de Canard que atingiu os blocos de espuma na lateral do traçado. A situação levou o diretor de prova a dar bandeira preta (desclassificação) para Reed.

Depois da prova, os pilotos trocaram algumas palavras: Reed perguntou a Canard se ele sabia o que estava fazendo na corrida, enquanto foi chamado de bebê chorão. Logo após, os fóruns, twitters e instagrams de pilotos e de toda a indústria já contavam com comentários sobre o ocorrido, alguns em favor de Reed e outros em favor da bandeira preta.

Veja também: Resultados, mais fotos e vídeos das corridas

Reed argumentou que se o nosso esporte fosse mais avançado, assim como a Fórmula 1, o diretor de prova teria deixado ele terminar a prova e o julgamento de desclassificação seria feito com todas as partes presentes. Ou seja, o júri deveria ser formado por ex-pilotos que vivenciaram situações semelhantes, assim poderiam entender o lado do piloto. Para Reed, a bandeira preta foi desnecessária e errônea.

Olhando de fora, foi claro que Canard não teve intenções de se chocar com Reed. Porém, se você é piloto (e talvez já tenha até se deparado com uma situação dessa) e alguém aterrissa em cima de você, a sua reação com certeza também não seria muito boa, mas de forma alguma acho que possa ou deva haver qualquer tipo violência e maldade no esporte.

Se pararmos e analisarmos a noite, o "chega-pra-lá" de Cooper Webb em Tyler Bowers também não seria uma ultrapassagem limpa, mas acredito que se torna válida pois foi para vencer a prova. Ou ainda, Josh Hansen que literalmente jogou Shane McElrath em cima dos blocos de espumas que protegem a área dos mecânicos e não gerou nenhum tipo de repercussão; além disso, garanto que Cole Seely também não ficou satisfeito com o "block-pass" de Justin Barcia que acabou lhe deixando no chão.


Trey Canard, após o rolo com Reed, ainda completou a prova na 11ª posição


Assista ao incidente no vídeo abaixo (aos 1min30seg):



Resumindo: particularmente acho que Reed não precisava ter agido do jeito que agiu, mas também sei que muitas vezes é fácil falar, enquanto é difícil tomar decisões em milésimos de segundos como nos casos destes pilotos. E a cada ano que passa, o motocross cada vez mais se torna um esporte de contato, entretanto sempre haverá uma linha bastante tênue entre o que seria classificado como sujo ou como um incidente de corrida. Da mesma forma, sempre haverá diferentes opiniões sobre o assunto.

Bem, com os olhos novamente voltados a prova de sábado a noite, achei que a pista de Anaheim 2 foi a melhor das três etapas até o momento. Era um pouco técnica, com duas seções de costelas divididas por um pequeno "king". Além de contar com um túnel, o que sempre adiciona um pouco de "old school" ao evento.

Algumas observações:


Martin Davalos treinou, mas não correu
1 - Cooper Webb teve a performance mais brilhante do campeonato! Depois de terminar a primeira volta em 12º, o piloto fez uma ultrapassagem bastante agressiva sobre Tyler Bowers na última volta para garantir a sua segunda vitória seguida.

2 - Jessy Nelson parecia ter tudo sob controle até que cometeu um erro e acabou caindo sozinho, deixando pra trás a liderança da prova e do campeonato. O californiano terminou somente na sexta colocação.

3 - Martin Davalos e a Rockstar Factory Husqvarna deram deixas de que o piloto faria a sua estreia nas 450s em 2015, mas ele treinou e decidiu não participar do programa noturno.

4 - Weston Peick se esforçou, mas depois de apenas duas voltas acabou "refraturando" o osso do pé lesionado em Phoenix e agora está de fora das pistas por algumas semanas. Phill Nicoletti substituirá o atleta.

5 - Com certeza, Ryan Dungey teve uma das melhoras provas dos últimos tempos com uma sólida segunda colocação. O piloto parecia até mais rápido do que Roczen por algumas voltas.

6 - Já Davi Millsaps teve uma noite digna de esquecimento, pois começou a prova na segunda posição e cruzou a linha de chegada somente na nona.

7 - Justin Brayton caiu na sua classificatória. Resultado: três vértebras fraturadas e a ausência do piloto nas próximas rodadas do campeonato.






O Dakar

Rali realmente não é a minha praia, mas é impossível não ficar vidrado na prova mais desafiadora do mundo. A HRC Honda bem que tentou alcançar o título do Rally Dakar 2015. Por grande parte da competição, Joan Barreda parecia um novo piloto: rápido como sempre, o espanhol demonstrava consistência e controle na liderança da prova até o desastre acontecer na etapa maratona, com ele, em um ato heroico, terminando o estágio com o guidão quebrado pela metade. No dia seguinte, a passagem das motos no deserto de sal e água acabou prejudicando a todos, mas Barreda foi a principal vítima, depois de sua CRF apresentar sérios problemas elétricos, deixando o jejum de vitória da fábrica japonesa na prova completar 25 anos.


Marc Coma e a KTM com mais um troféu para a coleção

Veja também: Resultados, fotos e vídeos de cada etapa do Rally Dakar 2015

Por outro lado, Marc Coma juntou-se a um seleto grupo de pilotos com cinco títulos no Dakar, enquanto a KTM conquistou esmagadora sequência de 15 vitórias consecutivas! Coma nunca parecia estar aflito ou desesperado quando não estava na ponta do acumulado, e ao invés de correr atrás da liderança, o espanhol esperou a liderança vir a ele - provando que a experiência conta muito mais que a velocidade quando falamos de 13 dias de prova.

Ricardo dos Santos

Apesar de adorar uma praia, não sou surfista. Aliás, se pudesse escolher um talento, com certeza gostaria de saber surfar, pois aos meus olhos, o surf é um dos esportes mais fluídos e bonitos do planeta. Sei que essa coluna é sobre duas rodas, porém não posso deixar de me pronunciar sobre o ocorrido com Ricardo dos Santos.

Depois da medíocre apresentação da nossa seleção brasileira na Copa do Mundo, o esporte brasileiro ainda fechou 2014 com chave de ouro quando Gabriel Medina levou o país ao lugar mais alto do pódio, vencendo pela primeira vez o Campeonato Mundial de Surf, em cima de nomes como Kelly Slater e Mick Fanning. O acontecido abriu as portas para o Brasil em mais um esporte de massa que não seja o futebol.

Infelizmente, a alegria não durou por muito tempo, quando esta semana o surfista profissional Ricardo dos Santos foi assassinado, próximo a sua residência na praia da Guarda do Embaú, litoral de Santa Catarina, por um policial armado fora do horário de serviço e intoxicado por substâncias ilícitas.

É revoltante como às vezes tenho a impressão de que o nosso país dá um passo para frente e dois para trás!









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