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Preparação Nutricional e Física x Doping no Motociclismo
Publicado em: 26/03/2019
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Através de preparação física, alimentação e treinos adequados é possível obter o melhor dos atletas
Redação MotoX.com.br - Por Bernardo Starling (ex-piloto campeão mineiro de motocross e supercross, nutricionista, mestre e professor em Bioquímica) - Fotos: Octopi e Ray Archer


Pilotos que vão ao pódio do AMA Supercross são testados com frequência nos programas antidoping

Nos últimos anos casos recorrentes de doping têm sido destaque nas principais mídias mundiais. Casos como o do ciclista Lance Armstrong e dos atletas olímpicos russos acabaram tomando grandes proporções, um pela história de vida e vitórias e outro pelo número de atletas. No motociclismo não tem sido diferente, James Bubba Stewart, os irmãos australianos Moss (Jack e Matt), Cade Clason (piloto privado americano), e mais recentemente Broc Tickle no Supercross e Anthony West em provas de Supersport também tiveram testes positivos para substâncias proibidas nos últimos anos. Já na MotoGP, Cal Crutchlow em entrevista no ano passado cobrou que houvesse um controle mais rigoroso e Marc Marquez chegou a dar detalhes: "Há dois exames antidoping para toda a temporada e são escolhidos três pilotos aleatoriamente."

+ Veja também mais de 30 artigos no Guia MotoX de Preparação Física

Além da forma e frequência que os testes devem ser realizados, muito se discute sobre a validade e duração das penas para os atletas no Motociclismo, já que o padrão da Agência Mundial AntiDoping (em inglês WADA) tem o "costume" de aplicar penas iniciais de 4 anos, já que a mesma é responsável pelo teste de atletas olímpicos e assim o atleta seria punido por no mínimo 1 ciclo olímpico, o que não faz tanto sentido para o Motociclismo.

Tanto a FIM (Federação Internacional de Motociclismo) quanto a AMA (Associação Americana de Motociclistas), representadas pelo médico McManus nos últimos 3 anos, em conjunto com as agências antidoping (a AMA utilizada a USADA - agência americana credenciada a WADA), de forma correta têm apertado o cerco e feito campanhas de conscientização antidoping em seus campeonatos.

Apesar de todo o trabalho, parece que os pilotos do campeonato mundial são pouco testados, haja vista a presença de praticamente nenhum piloto na lista de atletas com testes positivos. Já nas competições da AMA, ao olharmos a lista dos pilotos testados pela USADA vemos uma restrição de classe e até talvez de classificação dos pilotos testados (a grande maioria da categoria MX1 ou 450 e atletas que geralmente figuram no pódio):

Reprodução: USADA

Isto seria como verificar a cilindrada somente das categorias principais e dos vencedores, desmerecendo assim por exemplo o trabalho de pilotos jovens que estão lutando para estar entre os classificados para as baterias finais. *Esta tabela pode necessariamente não apresentar somente os pilotos testados.

Como esta coluna se dedica a preparação nutricional e física dos atletas, vamos aos fatos: através de uma preparação física, alimentação e treinos adequados é possível obter o melhor dos atletas e, como mostram os estudos, os atletas que utilizam estas estratégias ilegais geralmente estão fora de forma e não são bem treinados, como dito pelo próprio Crutchlow: "Há muito pilotos preguiçosos, que não se dão ao trabalho de treinar diariamente. Com isso, apelam para aplicações de substâncias diuréticas para perder peso". Sendo assim, adequar estas variáveis parece ser mais importante para o sucesso esportivo.

Além disto, medidas de precaução devem ser tomada pelos atletas:
-> Sempre verificar o que irá usar como suplementação na lista da WADA, mesmo que tenha sido indicado por um profissional da área da saúde; https://www.wada-ama.org/sites/default/files/wada_2019_english_prohibited_list.pdf
-> Evitar o uso de suplementos comercializados para o público em geral (principalmente importados). Estudos analíticos mostram que muitos contém substâncias dopantes mesmo que não indicado na embalagem;
-> Escolher farmácias de manipulação confiáveis, caso seja o caso;
-> Evitar usar qualquer tipo de suplementação ou alimentos de outros atletas no dia da competição.

A partir destes cuidados podemos diminuir muito a chance de testes positivos equivocados. Dentro das substâncias legais e com um bom potencial para ajuda no rendimento dos atletas no dia de competição, podemos listar*:
-> Cafeína (apesar de listada é considerada liberada para uso, isto ocorre por ter sido considerada doping anteriormente - em doses extremamente elevadas);
-> Creatina;
-> Beta Alanina;
-> Carboidrato (Sim. Considerado um dos melhores recursos ergogêncios - "que aumenta performance", inclusive com capacidade de aumentar a capacidade respiratória).

*Por favor confira também a lista da WADA e não somente a deste profissional que aqui escreve.


Tanto a FIM, no Mundial de Motocross, quanto a AMA têm feito campanhas de conscientização antidoping em seus campeonatos

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*Para mais informações sobre artigos e literatura utilizada neste artigo entre em contato pelo e-mail: contato@bernardostarlingnutricao.com.br

Bernardo Starling é ex-piloto, campeão mineiro de motocross e supercross, nutricionista pós graduado em nutrição ortomolecular e nutrigenômica, mestre e professor em bioquímica e nutricionista da Equipe Kawasaki/RotaK.
bernardostarlingnutricao.com.br
facebook.com/bernardostarling.nutricionista
bernardo.starling (Instagram)







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