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Antonio Cairoli
Publicado em: 13/05/2016
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Conheça mais sobre a carreira do siciliano que comandou a MXGP por seis temporadas seguidas 
Redação MotoX.com.br - Lucidio Arruda - Fotos: Arquivo MotoX, Ray Archer/KTM, Yamaha e Youthstream


Antonio Cairoli


Em 2004, Cairoli subiu várias vezes no pódio e conquistou sua primeira vitória no Mundial de Motocross
Começamos essa nova coluna no MotoX com a ideia de registrar o perfil de grandes nomes, do presente e passado, que deixaram suas marcas no motociclismo fora de estrada. Começamos com Antonio Cairoli, o italiano, que com oito títulos mundiais, protagonizou um dos mais longos reinados no Mundial de Motocross e é um dos principais nomes em atividade.

Cairoli nasceu na Sicília em 23 de setembro de 1985. Subiu pela primeira vez numa minimoto aos quatro anos de idade e partiu para as competições aos sete. O pequeno Cairoli destacou-se nos campeonatos regionais nas categorias infantis e em 2001 conquistou seu primeiro título nacional na categoria Cadete (85cc). No ano seguinte, repetiu o título já na categoria Júnior, com motos de 125cc. A carreira juvenil de Cairoli, apesar do relativo sucesso, não chegou a alcançar grande destaque, talvez até mesmo por conta das dificuldades em participar dos campeonatos Europeu e FIM Junior. Somente adulto, Cairoli viria despertar a atenção de uma grande equipe.

Em 2003 Cairoli fez suas primeiras participações no Mundial de Motocross a bordo de uma Honda. Os resultados não foram nada espetaculares - como era de se esperar de um novato com uma moto privada, mas a velocidade do piloto chamou a atenção de Claudio De Carli, que lhe ofereceu um posto na sua equipe Yamaha para o ano seguinte.

A parceria entre Cairoli e De Carli se tornaria uma das mais duradouras e bem-sucedidas do Campeonato Mundial de Motocross. Quando Cairoli foi chamado pela KTM anos mais tarde, levou toda a equipe De Carli junto. Podemos dizer que, na prática, o italiano teve apenas um chefe de equipe em toda a sua carreira no Mundial. Em 2016, o trabalho conjunto entra em seu 13º ano consecutivo.


Em Locket, República Checa

Em sua primeira temporada pela Yamaha sob a tutela de De Carli, Cairoli já deu mostras de sua capacidade. Venceu um GP e terminou o ano na terceira posição, atrás de Ben Townley e Tyla Rattray. Nada mal. Em 2005, ele venceria seis GPs e conquistaria seu primeiro título mundial a frente do australiano Andrew McFarlane e do italiano Alessio Chiodi. Foi um ano de domínio da Yamaha com as três primeiras posições na MX2.

Em 2006, Cairoli deixou o título escapar, ficou com o vice-campeonato atrás do francês Christophe Pourcel. Em contrapartida conquistou o primeiro de seus dois títulos italianos na MX2. No ano seguinte, voltou a vencer, dando amostras do domínio que viria a marcar sua carreira. Conquistou o título com duas etapas de antecedência e venceu nada menos que 10 GPs. O britânico Tommy Searle foi o segundo e Pourcel o terceiro.


Claudio De Carli foi quem deu a Cairoli a oportunidade de vencer no Mundial

A temporada de 2008 começou bem para Cairoli no Mundial, ele venceu quatro GPs na fase inicial do campeonato e liderava a pontuação, mas lesionou o joelho na metade do ano e foi obrigado a abrir mão da disputa. No mesmo ano, Cairoli passou a contar também com o patrocínio da Red Bull, outra parceria que permanece até hoje.


Em Lierop, primeiro título na MX1


Voando durante uma das muitas participações no Motocross das Nações
Em 2009 subiu para a classe MX1, levando toda a equipe De Carli, ainda com Yamaha e conquistou o título com uma etapa de antecipação sobre o alemão Max Nagl (KTM) e o belga Clement Desalle. 2009 foi também o primeiro ano que vimos Cairoli competir no Brasil. Ele desembarcou aqui já com o título no bolso e um menisco recém-operado. Lembro que não se preocupou muito em obter resultados. Nos treinos cronometrados – realizados no domingo pois a chuva cancelou a programação do sábado – passeou, passeou até fazer uma única volta rápida e garantir a pole. No GP de Canelinha, Cairoli foi apenas nono, etapa vencida por Desalle.

No final de 2009, Cairoli já estava de malas prontas para integrar o time da KTM. A fábrica austríaca tinha sérios planos para dominar o Mundial de Motocross e precisava dos melhores pilotos para isso. Ao lado do italiano enxergou na proposta a possibilidade de desenvolver a moto de 350cc, algo que casaria como uma luva com seu estilo e, principalmente, seus desejos. Reza a lenda que sua Yamaha YZF tinha apenas 420cc.

A estrela ganha brilho na KTM


Em Campo Grande (MS), comemorando o primeiro título com a KTM 350


Dois dias antes da etapa, Cairoli jogou 2 horas de futebol sob o sol de 40º do Centro Oeste
Na Red Bull Factory KTM, Cairoli ganhou status de pop star. Primeiríssimo piloto com todo o suporte e preferência no desenvolvimento das motos. Os resultados foram históricos: cinco títulos consecutivos, a grande maioria por antecipação e com um motor 100cc menor em relação aos concorrentes.

Cairoli conquistou o primeiro título pela KTM aqui no Brasil, em Campo Grande (MS), com duas etapas de antecipação. As corridas de Campo Grande foram emblemáticas, um exemplo perfeito do raciocínio estratégico de Cairoli. No intenso calor do centro-oeste brasileiro ele guardou energia durante a prova para atacar nos minutos finais, quando seus adversários mal tinham fôlego para reagir. Cairoli fez segundo e primeiro nas baterias para vencer o GP. Com os 107 pontos que abriu no campeonato, garantiu o título sobre Desalle.

O belga Desalle com sua Suzuki seria vice de Cairoli em mais duas ocasiões: 2012 e 2013. Em 2011, Steven Frossard foi o vice e em 2014 Jeremy van Horebeek, ambos de Yamaha.


O título de 2014 Cairoli também comemorou no Brasil, em Trindade (GO)


 
Tem gente que credita essa incrível sequência de seis títulos consecutivos na classe principal – igualando um recorde de Stefan Everts - à falta de adversários proeminentes. Não é bem assim, o motocross é um assunto sério para todos os pilotos regulares do mundial e, como se diz popularmente, o mais bobinho dá nó em pingo d’água. O próprio domínio de Cairoli evitou a formação de outros grandes campeões durante esses anos. Quem ainda tem alguma dúvida sobre a capacidade de seus adversários, sugiro questionar um tal de Ryan Villopoto, que em 2015 tentou a sorte pelas bandas da Europa.

Cairoli percebeu melhor do que ninguém que a velocidade é importante, mas a inteligência e capacidade analítica tem um peso ainda maior na conquista dos títulos. A própria escolha da 350cc é uma prova disso. Saber a hora de acelerar para conquistar pontos importantes e saber a hora de segurar a onda para evitar desastres críticos. Cairoli soube equilibrar agressividade e estratégia. Não foram raras as vezes em que usou as classificatórias de sábado para estudar os adversários e a pista. Mais importante que a escolha do gate era equacionar os melhores pontos de ultrapassagem e o comportamento dos oponentes.


Durante sessão de fotos em Roma, 2015

Motocross das Nações


Em Teustschenthal, Alemanha, 2013


 
Apesar do sucesso incontestável no Mundial de Motocross, Cairoli tem um histórico de altos e baixos no Motocross das Nações, uma competição onde o título por equipes ainda não faz parte de seu currículo. Obviamente sua escolha é frequente no time italiano, mas raramente o país está entre os favoritos. Os italianos conquistaram o Nações duas vezes, antes da era Cairoli. A primeira, em 1999, no Brasil (Indaiatuba) com Andrea Bartolini, Alessio Chiodi e Claudio Federici. Três anos mais tarde repetiram o feito em Belpuig, Espanha com Alessandro Puzar no lugar de Federici.

A primeira participação de Cairoli na competição foi em 2004 com um 18º e 26º nas baterias. Em 2006, na Inglaterra, venceu uma bateria depois de chegar em 10º na outra.

Fato curioso entre suas participações no Nações aconteceu em Budds Creek, nos Estados Unidos em 2007. Como bons italianos, a equipe aproveitou os espaços disponíveis nas caixas das motos para enviar queijos e vinhos que não poderiam faltar durante a estadia na América. Quem não gostou de encontrar componentes extras nas embalagens foram os fiscais da alfândega norte-americana e a carga ficou retida por vários dias.

Cairoli foi obrigado a fazer o reconhecimento de pista com uma moto emprestada, enquanto seu equipamento oficial ficou pronto apenas a poucos minutos do início dos treinos cronometrados. Seu desempenho, como seria de se supor, foi bem abaixo do esperado com um abandono e um 14º lugar nas baterias.


Em 2012, Lommel, venceu todas as baterias que disputou

Correndo em casa, em 2009, Cairoli venceu a primeira bateria, mas novamente sofreu um abandono na segunda corrida confirmando a ausência de sorte na competição. Em 2010, de volta aos Estados Unidos (Lakewood), conseguiu resultados melhores, segundo e quarto nas baterias, ajudando a colocar a Itália na quinta posição. No ano seguinte, na França (St. Jean dAngely) voltaria a abandonar as duas baterias após quedas nas largadas.

A verdadeira redenção de Cairoli no Nações veio em 2012 no arenoso circuito de Lommel, Bélgica. Num local que costumava ser sua casa na pré-temporada, o italiano teve um final de semana perfeito, sobrou na pista, vencendo a classificatória de sábado e as duas baterias no domingo.


Surpreendeu ao se inscrever na MX2 em 2014, quando sofreu quedas nas baterias finais

Cairoli repetiu o desempenho espetacular em 2013 em Teutschenthal, Alemanha, circuito de características completamente distintas de Lommel, chão duro e muitas elevações. O piloto da KTM ajudou a colocar a Itália no pódio e a terceira posição do time foi o seu melhor resultado por equipes até o momento.

Em 2014, na Letônia, surpreendeu ao se inscrever na classe MX2, uma tentativa de melhorar as chances de título da Itália. Venceu a classificatória de sábado, mas voltou a se acidentar na primeira largada de domingo, onde abandonou. Com dores, foi apenas o 19º na segunda corrida, sendo justamente o elo fraco da equipe formada junto com David Phillipaerts e Davide Guarneri. A Itália ficou com a sexta posição.

Família


Com o pai, Benedetto, comemorando o título de 2013


 
Antonio é o caçula de quatro, com as irmãs Antonia, Sara e Mara. Em 2011, logo após conquistar o seu quinto título mundial perdeu a mãe, Paola, que travou uma longa batalha contra uma enfermidade. Em 2014, o pai e principal incentivador, Benedetto, faleceu subitamente em um acidente de trânsito. As investigações na época indicaram que ele possivelmente sofreu um ataque cardíaco quando dirigia.

Antonio vive com a companheira de longa data Jill Cox, presença constante nos paddocks e ao lado do piloto em todos os GPs recentes no Brasil. Jill é muito ativa na colaboração durante as etapas, inclusive na preparação do equipamento, horários de alimentação, etc. Ela cuida também de atualizar as redes sociais do piloto. O casal ainda não tem filhos.


No GP de 2014, Beto Carrero, Penha (SC)

Os desafios do Mundial e a mudança de motocicleta


Em Talavera de la Reina, Espanha, primeira vitória com a KTM 450

Após a incrível sequência de seis títulos consecutivos na classe principal do campeonato, em 2015, Cairoli finalmente perdeu um campeonato na MX1/MXGP.


Com Claudio De Carli
O ano de 2015 trouxe novos adversários e uma mudança no regulamento pouco comentada: provas 5 minutos mais curtas. Cairoli começou o campeonato ainda se recuperando de uma lesão sofrida nas provas pre-temporada. Enquanto Ryan Villopoto sofreu para se adaptar às pistas e ao sistema europeu, Max Nagl tomou a dianteira nas primeiras etapas. Entretanto, o verdadeiro bicho papão viria a surgir após o primeiro terço do campeonato: o francês Romain Febvre.

Sem vitórias durante as cinco primeiras etapas, Cairoli decidiu trocar a velha companheira de cinco anos com 350cc pela KTM 450cc. O resultado foi imediato, venceu o GP da Espanha (6ª etapa) e o GP da Grã-Bretanha (7ª). Porém na nona etapa a 450cc cobrou um preço caro durante a classificatória do GP da Itália, em Maggiora. Uma queda no sábado lesionou o braço esquerdo do italiano, que passaria a competir no sacrifício durante as etapas seguintes.

Enquanto Febvre entrava em sua melhor fase no campeonato, Cairoli corria limitado pela fratura e via o francês assumir o comando da temporada ao mesmo tempo que outros líderes também sofriam com contusões.


Neuquen, Argentina

Após a 12ª etapa em Kegums (Letônia) onde foi quinto colocado e viu Febvre (3º na etapa) abrir 41 pontos na tabela, Cairoli jogou a toalha e decidiu focar os meses seguintes em sua recuperação. "Não foi nada divertido competir lesionado e não ser capaz de lutar por vitórias, embora eu sempre tenha dado o meu máximo", disse à época.

O italiano voltaria à ação apenas na última etapa nos Estados Unidos, Glen Helen. Foi quinto colocado na primeira bateria, mas deixou claro seu recado ao marcar a volta mais rápida da corrida. Na segunda bateria fez o holeshot e liderou durante algumas voltas até o incômodo da lesão fazê-lo desistir da corrida.

No final de 2015 Antonio Cairoli esteve presente no Brasil para competir na etapa final da Copa Brasil em São José (SC). Tivemos a oportunidade de conversar com o piloto no sábado após os treinos cronometrados.


Disputando a etapa da Copa Brasil em São José (SC), 2015

MotoX: Seu braço já está bom?
Cairoli: Sim, sim. Já melhorei da lesão. Sem maiores problemas no momento, apenas preciso fazer um pouco de fisioterapia. O osso está se curando.


 

Quantos anos de contrato ainda tem com a KTM?
Apenas mais um ano (2016).

Você ainda tem um tempo off antes de começarem os treinos e preparações para a próxima temporada?
Ah, sim. Por conta da lesão, estou com um tempo livre. Durante os meses de junho, julho e agosto eu não subi na moto. Agora em outubro, volto a treinar.

Qual a principal razão da troca da 350cc para a 450cc?
O principal motivo é a potência da moto. É mais forte, então isso ajuda nas mais variadas condições.

A mudança no tempo de prova que caiu de 35min para 30min mais 2 voltas ajudou na decisão?
Não, não. É porque a 450cc tem melhor desempenho. A 450cc ficou melhor e mais leve, o motor é bem suave, mas você aproveita melhor a potência, ela ficou mais fácil de pilotar. Por isso a mudança, a 350cc você precisa ser mais agressivo ela exige um pouco mais de trabalho na pilotagem.

De tempos em tempos, voltam discussões sobre limitar o tamanho dos motores e a potência. O que você acha disso?
Com certeza, a 450cc é uma moto difícil de pilotar. Ninguém atinge o limite de uma 450cc. É muito difícil, eu acho. Mas se um equipamento menor for mais fácil para todos, acho ok, para mim seria ok.

Você trouxe muitas alterações para esta moto. Você ainda consegue competir com uma moto standard?
Essa moto (se referindo a moto usada por ele no Brasil) é completamente standard. Apenas os garfos, amortecedores e molas são peças minhas. Mas ainda assim, a moto é standard. O motor está como saiu de fábrica.


Cumprimento após a disputa com Carlos Campano em São José (SC)


Foto com fã no sábado
Quantas vezes você treinou depois do GP nos Estados Unidos?
Eu não andei de moto depois. Apenas uma vez, semana passada. Foi a primeira vez, para testar a minha KTM 2016 para ajustes na suspensão. E depois já vim para o Brasil.

O que você achou da pista aqui?
A pista é legal. Bem legal, com solo macio. Mesmo com a chuva, parece boa, só está com muitas canaletas agora. É claro que com a chuva eles trabalharam mais a pista. É uma pista bastante divertida de pilotar. Se não chover mais vai ficar muito boa.

Os pilotos mais rápidos estão pulando as costelas de três em três. Amanhã você vai tentar?
Não. Acho que é muito difícil com a 350cc. Especialmente, com a standard. Ainda estou me recuperando da lesão então quero pegar leve. É óbvio que amanhã na corrida vou tentar meu melhor e tentar vencer, se possível. Mas não é meu campeonato e sei que é a decisão, os rapazes (Carlos Campano e Jean Ramos) estão decidindo um campeonato, então também não quero atrapalhar. Estava sem correr antes de vir pra cá então estou bastante cansado depois de uma bateria de treino de 30 minutos. Mas vou tentar, quem sabe. (NDR: no dia seguinte, domingo, Cairoli mandou as costelas de três em três para vencer as corridas)


 

Você já faz planos para sua carreira depois do motocross?
Não, ainda não. Estou motivado a fazer boas temporadas daqui para frente. Depois eu vejo o que faço, mas por agora, não penso nisso ainda.

Como foi competir num rali de carro na semana passada?
Foi muito legal! Gostei da experiência! Fiquei na segunda posição. Acho que se um dia eu deixar o motocross, gostaria de competir com carros. 
 



Durante o GP da Alemanha, onde voltou a vencer no Mundial

Em 2016, prestes a completar 31 anos, o desafio de retomar o trono é dobrado com a chegada do campeão da MX2 Tim Gajser. Cairoli novamente não teve sorte na pré-temporada onde fraturou uma costela e lesionou um nervo do pescoço, iniciando o campeonato longe de estar plenamente em forma.


 
O esloveno Gajser e Romain Febvre, representantes na nova geração, dominaram as seis primeiras etapas da temporada, mas se tem alguém da “velha guarda” capaz de enfrenta-los, é Antonio Cairoli.

A prova veio no GP da Alemanha, uma etapa emblemática, pois o circuito de Teutschenthal torna-se um campo minado, cheio de armadilhas, exigindo muita disciplina para atingir qualquer bom resultado. A técnica e experiência do veterano se sobrepuseram ao ímpeto dos mais jovens, e Cairoli dominou o final de semana desde as classificatórias, vencendo os confrontos diretos tanto com Gajser como Febvre. Com três holeshots, perfeito domínio das cavas e escolha das linhas, Cairoli soube poupar energia, evitar erros e não se abalar sob a pressão dos adversários. Após quase um ano da vitória em Matterley Basin, Inglaterra, o multicampeão retornou ao topo do pódio.












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