Piloto mineira será a primeira mulher da história do Brasil a participar de uma competição em nível mundial e, pela primeira vez, não irá correr contra os homens.
 foto: E.J.Manzi |
Mariana Balbi nunca teve medo de novos desafios. Desde que iniciou a carreira no motocross, a piloto sempre teve que enfrentar os homens, por não existir uma categoria feminina no país. Apesar disso, sempre obteve resultados expressivos. Agora, ela se prepara para estrear no AMA Motocross, nos EUA, pela equipe Balbiteam.
Na prova do dia 13 de maio, em Glen Helen, Mariana Balbi entrará para a pista e para a história. Será a primeira brasileira a participar da categoria feminina do AMA Motocross, que é considerada a prova mais difícil do mundo. "Participar do mundial feminino é a realização de um sonho que tenho desde pequena, é o que sempre esperei da minha carreira", afirmou.
A piloto mineira demonstra toda a sua empolgação ao correr pela primeira vez em uma categoria feminina e explica as dificuldades que passou ao ter que enfrentar os homens. "No Brasil não existe nenhuma categoria feminina de motocross, o que é uma desvantagem para mim. Agora, no AMA Motocross, tenho a oportunidade de entrar numa competição feminina e competir de igual para igual contra minhas adversárias", explicou. Mesmo correndo em categorias masculinas, Mariana já conseguiu resultados expressivos como, por exemplo, o tetracampeonato mineiro.
O AMA Motocross é considerado o campeonato mais importante e difícil do mundo, atraindo atletas de vários países. Mariana vem treinando duro no Brasil para se preparar para esse desafio. Mariana vem treinando desde o início do ano para se preparar para este desafio. Na próxima quarta-feira, dia 3 de maio, ela embarca para o Estados Unidos, onde deverá treinar junto com o irmão Jorge Balbi (que, desde 2004 já está competindo no exterior). "Se destacar em uma das etapas do campeonato pode significar a entrada para a elite do motocross mundial - além, é claro, de despertar a atenção dos principais investidores e patrocinadores do esporte", conta, esperançosa.
Esse período em solo norte-americano será importante não só para Mariana se acostumar com o país, mas também para que a piloto possa conhecer suas rivais. "Ainda não conheço minhas adversárias e não sei o que esperar. Não sei em que nível elas correm por lá", disse Mariana. Mas em uma carreira cheia de superações e desafios como a de Mariana Balbi, ter alcançado o mais importante campeonato do motocross mundial já é uma vitória. "Acredito que só o fato de estar lá já seja uma vitória, uma grande passo na minha carreira. O que vier daqui para frente é lucro".
Mariana irá correr com o número 965, o mesmo utilizado por seu irmão, Jorge Balbi. A expectativa é que ela consiga andar entre as primeiras posições e brigar por vitória.