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Rafael Zenni realiza pré-temporada nos Estados Unidos
Publicado em: 09/02

Piloto brasileiro volta aos treinamentos esta semana  


Rafael Zenni
Foto: Arquivo MotoX
O piloto ituano Rafael Zenni viajou no começo de janeiro para os Estados Unidos onde realiza pré-temporada para os campeonatos nacionais que disputará em 2006. Ele está morando em Temercula (Califórnia) e pretende ficar naquele país até o final de fevereiro, onde já conta com apoio oficial da KTM USA. 

Zenni chegou a participar dos treinos para 3ª etapa do AMA Supercross, mas machucou a mão em uma queda e acabou não alinhando nas classificatórias. O fato impediu-o de treinar nos dias seguintes, mas esta semana, já recuperado, o piloto brasileiro retorna a sua preparação normal.

Depois de ter seu contrato de patrocínio com a Honda rompido no final de 2005, Rafael Zenni e sua equipe decidiram que era chegada a hora de tentar aventurar-se fora do Brasil e o local escolhido foi os Estados Unidos, país onde já estivera ano passado e conseguira o feito de tornar-se o primeiro piloto brasileiro a pontuar na categoria 125 cilindradas. 

Lá chegando, Zenni adquiriu uma Kawasaki KX 250F com a qual passou a treinar nas pistas locais, mas pouco tempo depois, "olheiros" da equipe KTM gostaram do estilo de pilotagem do brasileiro e o convidaram a pilotar um modelo da fábrica austríaca. A moto que recebeu apresentou um problema mas o brasileiro já havia conquistado a confiança dos gringos da KTM, que lhe concederam mais uma moto. 

Com duas motocicletas disponíveis, Rafael Zenni separou uma apenas para treinos e deixou a outra reservada exclusivamente para competições e a partir de então, o ituano passou a conquistar cada vez mais o interesse dos norte-americanos até receber o convite para participar da 3ª etapa do AMA Supercross, a segunda das três provas disputadas em Anaheim, no dia 21 passado. Pilotando com o número 965, Zenni levou um tombo que lhe custou uma contusão no pulso e lhe ceifou as intenções de conquistar mais um bom resultado. 

Segundo relata, Zenni foi convidado pela KTM para correr tanto o final do Supercross como todo o Campeonato Norte-Americano de Motocross, mas decidiu declinar do convite em virtude de um compromisso assumido anteriormente com a brasileira Pro Tork antes de seu embarque para os Estados Unidos. Na ocasião, Rafael Zenni fora convidado para fazer parte do novo time que a fábrica paranaense estava montando e decidiu honrar o compromisso com quem lhe estendia uma mão num momento importante de sua carreira. Mas Rafael estuda seriamente a possibilidade de morar durante todo o ano de 2007 nos Estados Unidos. Seu retorno ao Brasil está condicionado à definição dos calendários dos campeonatos paulista e brasileiro de motocross, o que deve acontecer ao final de fevereiro.

Reflexões 

Mas enquanto finaliza sua recuperação, Rafael Zenni reflete sobre o motocross brasileiro, sua saída da Honda e sobre a falta de apoio ao esporte por parte dos governos. Para ele, que está tendo a oportunidade de observar uma realidade muito diferente da nossa (nos Estados Unidos o esporte é um dos mais populares do país), se os modelos sobre os quais se assenta o motocross no Brasil não sofrerem mudanças profundas, jamais um piloto brasileiro conseguirá se destacar no cenário internacional. 

"Aqui (nos Estados Unidos) existem muitas pistas e muitas contam com sistema automático de irrigação e fora isso, num único dia há cerca de 200, 300 pilotos treinando, o que acaba permitindo que o nível entre eles seja muito diferente. Enquanto isso, no Brasil muitas vezes temos que treinar e competir em pistas de chão duro, no meio da poeira; as pistas onde ocorrem os campeonatos geralmente são pouco seletivas e isso acaba deixando o nível dos pilotos muito semelhante", analisa. 

A falta de apoio por parte de empresas e governos também é outro aspecto que, segundo o piloto, emperra o desenvolvimento do esporte. " No Brasil as únicas duas fábricas que apóiam o esporte sabem que o pouco que fazem já é muito para nossa realidade e por isso, limitam-se a oferecer o mínimo para os pilotos, enquanto que aqui nos Estados Unidos, se você começar a mostrar que sabe andar de moto, já surgem pessoas interessadas em oferecer algum apoio. Além disso, os governos não fazem nada para incentivar o esporte. Com isso, quem fica no Brasil jamais vai conseguir desenvolver sua carreira". 

Mas mesmo diante de tantas dificuldades, Rafael Zenni retornará ao Brasil para honrar seu compromisso com a Pro Tork, num gesto de responsabilidade para com a empresa.

Gabriel Zenni 

Gabriel Zenni, irmão de Rafael, é outro piloto que começa a conquistar espaço no cenário nacional do motocross. Aos 12 anos de idade, Gabriel começou ainda no ano passado sua pré-temporada para 2006 e seus tempos têm empolgado a equipe. "O Gabriel esta evoluindo muito e com certeza é um nome que vai incomodar muito piloto experiente este ano, tanto no Paulista como no Brasileiro", atesta Dalmir Zenni, o Catarina, pai e chefe de equipe. 

"O Gabriel tem treinado de três a quatro vezes por semana, além de também realizar treinamento físico para melhorar a performance, o que tem gerado excelentes e progressivos resultados", finaliza. 

Rafael Zenni é patrocinado pela Pro Tork e conta com o apoio da Alpinestars.

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