Motos desembarcaram na Argentina neste Natal
Redação MotoX.com.br - Carolina Arruda - Fotos: Vipcomm/ A.S.O/ DPPI
Jean Azevedo viaja neste sábado para conferir equipamentos da equipe e testar sua moto

Porto Campana recebe os veículos inscritos na competição |
Após quase três semanas em alto mar, os veículos do Rally Dakar desembarcaram em solo argentino neste Natal. Um navio de carga transportou as motos, carros e caminhões dos competidores de La Havre, na França, até o porto Campana, a 80 km de Buenos Aires.
"Depois de tantos dias no mar, alguns pneus esvaziaram e algumas baterias secaram. Foi um problema recorrente esse ano. Apesar de todo o esforço para fazer as baterias funcionarem de novo, demorou mais que o normal para conseguirmos. Além dos veículos da competição, também transportamos caminhões e carros das equipes de assistência, organizadores e imprensa. No total foram 700 veículos esperando para serem descarregados", contou Jean-Marc, um dos supervisores do transporte.
Uma equipe de segurança do porto juntamente a três membros da organização do Dakar vigiarão os veículos durante uma semana, até que os competidores os retirem a partir do dia 31 de dezembro.

Jean Azevedo |
Jean Azevedo, rumo a sua 16ª participação no rali, viaja neste sábado (28) para verificar o caminhão de assistência de sua equipe. O piloto ainda testará sua CRF 450 Rally: "Achei importante ir antes e checar todos os detalhes antes da chegada da equipe. Como depois será tudo muito rápido, com as verificações das equipes de apoio no dia 2 e verificações dos pilotos no dia 3, precisarei ir antes. E claro, é sempre bom andar com a moto. Vamos ver as alterações que ela sofreu desde o nosso último contato", comentou o brasileiro.
Dário Júlio também se encontra nos momentos finais dos preparos para o início do rali. "Estou tranquilo, mas querendo que a largada chegue logo. Toda preparação já foi feita. Agora é esperar o dia 1º e embarcar para Argentina", declarou o mineiro, que competirá com a CRF 450X.
A 36ª edição do Rally Dakar começa no dia 05 de janeiro em Rosário, na Argentina, terminando treze dias depois, em Valparaíso, Chile. Além de ter o maior percurso já visto em solo sul-americano, 8.734 km, as motos enfrentarão mais novidades ao longo da competição pelos 5.228 km de trechos cronometrados: duas etapas maratonas e um novo país no trajeto, a Bolívia. Para completar, quadriciclos e motos enfrentam rotas diferenciadas de carros e caminhões. Segundo a organização do Dakar, a distinção de percursos tem como objetivo fazer com que os participantes atinjam seus desempenhos máximos.
Este ano a resistência física e mental terão papéis ainda mais essenciais no meta da grande maioria dos competidores, que é cruzar a linha de chegada no último dia, por conta da presença de etapas mais longas e novos terrenos.
"Sabemos que o cansaço cumulativo é um dos elementos mais complexos a serem dominados no Dakar. Neste ano, aumentamos o grau de dificuldade para todos. Para as motos e os quadriciclos, também haverá duas etapas maratona, o que obrigará os pilotos a controlar o ritmo e cuidarem bem de seus veículos. Essa é a essência das corridas off-road.", afirmou David Castera, diretor esportivo do Dakar.