Piloto impressionou-se com o profissionalismo no evento

Depois de disputar a última etapa da temporada 2005 do motocross norte-americano na pista de Glen Helen, na Califórnia, Rafael Zenni e equipe voltaram muito impressionados com o que viram por lá. O piloto entrou para a história da competição depois de se tornar o segundo brasileiro a pontuar na competição - ele marcou um ponto na categoria 125cc -, feito que havia sido assinalado ano passado por Antonio Jorge Balbi Jr., na categoria 250cc. 

"A organização da prova é algo impressionante e eles não pecam em nada. Por sermos estrangeiros, havia uma pessoa designada por eles que ficava constantemente
próxima a nós nos alertando quanto à hora de irmos para a pista, além do sistema de som ser insistente na hora de nos convocar" explicou Dalmir Zenni, o Catarina, pai do piloto. 

Outro aspecto que foi ressaltado foi a preocupação com a irrigação da pista que, segundo Zenni, ocorre mesmo durante as baterias. "Basta os pilotos começarem a se
distanciar uns dos outros para que o pessoal irrigue a pista", destaca. "Em Glen Helen eles têm cerca de 20 tipos de máquinas diferentes para construir e manter a pista e após uma sessão de treinos, eles entram e mudam tudo, oferecendo uma nova pista no dia seguinte", revela Catarina, que ressalta a educação e o nível de conscientização do público: "Lá os portões são abertos para que as pessoas entrem durante os intervalos mas mesmo assim você não vê ninguém cruzando a pista". 

A profissionalização do esporte e o nível de preocupação das marcas envolvidas foi outro ponto de destaque. "Assim que chegamos lá nos foram oferecidos apoios de pneus e de óculos. Quando informamos ao pessoal da Scott que o Rafael era patrocinado aqui no Brasil pela marca, logo trataram de arrumar para ele 20 pares de óculos. Com os pneus, o pessoal vinha ao final de cada treino e levava as duas rodas para colocar um novo par", comentou Catarina. 

Além disso, o piloto disse que, na entrada da pista havia uma série de adesivos disponíveis para serem colados na moto. À medida que isso era feito, um fiscal anotava quais que eram colados e em que lugar da moto. Se o piloto se classificasse para a final, ele automaticamente já era agraciado com um prêmio em dinheiro, que oscilava de 100 a 200 dólares. 

"Temos a intenção de voltarmos para lá mas para isso precisamos conquistar um bom patrocínio, pois o custo de vida é muito alto. Peças e equipamentos são acessíveis mas todo o resto é muito caro", finalizou Catarina. 

Rafael Zenni é patrocinado pela Honda e conta com o apoio de Mobil, Pirelli, Scott, Cti2, Alpinestars, Master Freios e Real Supermercados.