Irmãos analisam a participação na 65ª edição da competição, realizada em Saint Jean d’Angely na França
Redação MotoX.com.br - Fotos: Maurício Arruda

Marcello 'Ratinho' e Dudu Lima participaram pela primeira vez da competição. Os pilotos do Team Brasil contaram com a orientação do francês Jacky Vimond, campeão mundial da categoria 250cc em 1986 |

Irmãos disputaram a competição internacional pela primeira vez |
Após encerrar a participação no Motocross das Nações com o 27º lugar geral da competição, os irmãos Marcello ‘Ratinho’ e Dudu Lima contam um pouco na entrevista a seguir sobre a experiência de disputar pela primeira vez a mais importante competição da modalidade no Mundo.
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Entre os destaques da participação da dupla que teve a companhia do experiente Antônio Jorge Balbi (em sua quinta participação), está o 15º lugar de Ratinho na prova classificatória da MX1, marca que igualou a de Wellington Garcia em 2007, a melhor já conquistada pelo Brasil na categoria.
Além disso, durante parte dos nove dias de estadia na Europa, eles tiveram a companhia do piloto Jacky Vimond, primeiro francês a conquistar um título mundial (em 1986). Confira a seguir.

Ratinho foi o piloto brasileiro da categoria MX1 |

Dudu competiu pela equipe na MX2 |
Qual foi a coisa mais importante que aconteceu nesta experiência de Motocross das Nações?
Ratinho: Tivemos vários momentos bons. Pessoalmente fiquei muito contente com o meu resultado no sábado. Me surpreendi e surpreendi todo mundo. É uma pena que não classificamos.
Fomos sorteados para escolher o gate por último, e isso foi um azar que tivemos. Prejudicou muito nossa equipe, mas faz parte. No geral a experiência foi excelente.
Tecnicamente, o que vocês trazem de Saint Jean d’Angely que poderá ser utilizado nas pistas brasileiras?
Dudu: A troca de idéias com o Jacky Vimond foi muito importante. Ele me corrigiu em diversas coisas, até no posicionamento, na altura do meu guidão. Aprendi muito. A pista também nos ensinou bastante. Como ela era bem difícil, com canaletas bem fundas e muita pedra, diferente das pistas brasileiras, você acaba aprendendo. Agora cabe a nós colocar em prática tudo que foi visto e vivido na França. Fazendo isso, o crescimento será natural.

Dudu terminou a classificatória na 16ª posição e.... |

...Ratinho foi o 15º na sua bateria. Os brasileiros correram também a Final B, última chance para avançar ao evento principal |
Ratinho: Eu trago a garra, a força para recuperar o que foi perdido dentro da corrida, ou num fim de semana. No Nações, uma posição faz toda diferença. Se você ganha um lugar, pode classificar sua equipe. Mesmo se você leva um tombo, tem que levantar e sair em busca de posições outra vez. Essa lição ficou marcada: desistir nunca mais.
Qual a diferença em competir no Motocross das Nações em comparação com um GP de mundial?
Ratinho: No Nações você corre por uma equipe, e no Mundial é só você. Se você erra numa etapa de Mundial, é só você que sai derrotado. No Nações não, você carrega o peso de uma equipe, de um país. A expectativa é muito maior, o peso é bem maior. A pressão do Nações é incomparável.
Agora vocês voltam ao Campeonato Brasileiro de Motocross na briga pelo título, Dudu na MX2 e Ratinho na MX1. Já estão recuperados da viagem? Já voltaram aos treinos?
Dudu: Ainda não deu nem tempo para se acostumar com a volta ao nosso fuso horário. Não treinamos e já estamos indo para Aracaju, para a quinta etapa. Mas não tem desculpa, é chegar lá e dar o máximo, tentar vencer pra seguir na briga pelo título, tanto eu quanto o Ratinho.
A Rinaldi, como patrocinadora oficial do Team Brasil, também serviu a seleção com pneus. Como eles se comportaram em Saint Jean d’Angely?
Dudu: Usamos o modelo SR 39 na traseira e o HE 40 na dianteira. Ambos responderam muito bem. Eu gosto deles porque me passam segurança e tem um grip perfeito. A pista era toda cheia de pedras, e eles resistiram muito bem.