Luciano KDra garantiu segundo lugar na inédita prova Pit Bike das Nações, realizada hoje em Saint Jean D’Angely na França. Team Brasil aproveitou o dia para reconhecer a pista
Redação MotoX.com.br - Texto: Malu Souza/Maurício Arruda - Fotos: Maurício Arruda

O brasileiro Luciano KDra Lancellotti se deu bem na primeira edição do Pit Bike das Nações garantindo o segundo lugar

Neste sábado começa a disputa da 65ª edição do Motocross das Nações

A poucas horas do início da edição 2011 do Motocross das Nações, a movimentação na pista de Saint Jean D’Angely, na França, já está em ritmo frenético. Entre o reconhecimento do circuito feito pelos pilotos e preparativos para as motos acelerarem neste sábado, a organização da maior competição da modalidade do Mundo realizou hoje uma prova especial e inédita. O Pit Bike das Nações, disputado entre convidados, recebeu todas as atenções e divertiu quem estava por lá. A melhor notícia para os brasileiros é que um representante do país terminou com o segundo lugar entre muitos competidores desta divertida competição. O experiente piloto e apresentador da ESPN Brasil, Luciano KDra Lancellotti ficou com uma das vagas para a corrida de última hora, ocupando o posto que seria de um sul-africano, e saiu da competição com um excelente segundo lugar na bateria final.

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Cada disputa foi composta por dois pilotos e a cada rodada um deles era eliminado. As baterias foram divididas entre imprensa e membros da indústria do motocross. O brasileiro venceu as três baterias de imprensa e enfrentou na final um francês que passou pelas três provas da indústria. "Tive provavelmente o momento mais feliz da minha já longa vida sobre rodas", comentou KDra, bastante satisfeito com o resultado.

O pódio da prova com o brasileiro vice-campeão do lado esquerdo Foto: Nick Zen

Enquanto isso, a equipe brasileira fez o reconhecimento da pista caminhando pelo circuito francês. Marcelo 'Ratinho', Dudu Lima e Antônio Jorge Balbi Júnior deram uma volta pelo traçado acompanhados do campeão Mundial da categoria 250cc, em 1986, o francês Jacky Vimond, da equipe Bud Racing, que está dando suporte e toda a infra-estrutura necessária ao Team Brasil. Além de Vimond os pilotos brasileiros contam com a orientação de Antônio Jorge Balbi, chefe de equipe, e Milton 'Chumbinho Becker, consultor técnico.

Equipe brasileira aproveitou o dia para fazer o reconhecimento do traçado

A pista está pronta para receber a 65ª edição da competição que contará com 36 países na disputa. As pedras estão por todo lado do circuito e são marca registrada do traçado francês. Entre os favoritos na briga pelo título, estão sem dúvida os norte-americanos, porém, o time francês, que corre em casa tem grandes chances e pretende quebrar a hegemonia dos adversários.

Time americano é favorito

A equipe favorita é formada por Ryan Dungey, Blake Baggett e Ryan Villopoto que corre em busca da 21ª vitória americana na competição. Dungey e Villopoto já fizeram parte de times vitoriosos no Nações, mas nunca fizeram parte da mesma equipe. Já Baggett é o estreante na prova, com sua curta carreira na modalidade. Em 2005, a equipe americana foi vitoriosa em solo francês, na corrida de Ernée, com Ricky Carmichael, Kevin Windham e Ivan Tedesco. Em 2000, a mesma pista de agora viu outra vitória do país, que este ano pretende repetir o feito.

Franceses correm em casa e também estão fortes

O time francês será representado por Gautier Paulin, Marvin Musquin e Christophe Pourcel, que se juntou à equipe no início dessa semana, em substituição a Steven Frossard, que está machucado. Paulin corre com 450 pela segunda vez no Nações. Em 2009 surpreendeu muita gente ao vencer a bateria Open + MX2 em Franciacorta na Itália. Acostumado a 250cc se adaptou rapidamente a 450cc, como demonstrou na última etapa do Campeonato Mundial onde venceu. Pourcel também venceu várias baterias no Mundial deste ano depois que se acertou com sua Kawasaki. Musquin está de volta a Europa depois de um ano nos Estados Unidos e se sente muito motivado a conquistar o título em seu país.

Brasil busca neste sábado a classificação para o evento principal que acontece no domingo

No ano passado, o time belga tinha um grupo muito bom e conseguiu subir ao segundo lugar do pódio, porém, este ano, a equipe conta com muitos pilotos machucados e os pilotos que compõe o grupo tiveram que ser trocados várias vezes. Marvin Vandaele foi o último incorporado à equipe formada também por Joel Roelants e Kevin Strijbos.

Outra equipe que sofreu com as lesões foi a alemã, que perdeu na última semana Max Nagl com uma lesão na mão esquerda. Desta forma, Ken Roczen se juntará a Markus Schiffer e Daniel Siegl para tentar repetir a performance alemã de 2010 nos Estados Unidos.

Pista é quase toda formada por subidas e descidas com muitas pedras

Outra forte presença no Motocross das Nações é a da seleção da Grã-Bretanha formada por Tommy Searle, Dean Wilson e Brad Anderson. Todos com experiência suficiente para repetir o título conseguido em 1994.

A Itália chega com a experiência de Antonio Cairoli, que tentará melhorar o quinto lugar da equipe no ano passado ao lado de Alessandro Lupino e Davide Guarneri.

O time australiano contará este fim de semana com o tricampeão do AMA Chad Reed, Matt Moss e Mett Metcalfe. Além disso, outros grandes nomes do motocross integrarão as equipes de seus respectivos países como Rui Gonçalves (Portugal), Barragán (Espanha), Leok (Estonia), Bobryshev (Rússia), Herlings (Holanda) e Rattray (África do Sul).

Por outro lado, algumas equipes farão sua estréia na competição, como Japão, Kuwait, China e Tailândia.

 

Neste sábado a disputa entre os 36 países começa pra valer