X Fechar
foto

X Fechar
foto


>Notícias > Últimas Notícias

Balbi se prepara para o AMA Motocross e espera mais apoio
Publicado em: 01/03

Após correr metade do campeonato de Supercross de forma independente e conseguir resultados históricos, o brasileiro espera melhores condições na sua especialidade.

Desde que começou sua carreira como piloto profissional de motocross, o piloto mineiro Antônio Jorge Balbi Júnior sempre se destacou de forma impressionante. Em 12 anos de carreira, o motociclista conseguiu quarenta títulos, em todas as categorias e em diversos países da América do Sul.

Após realizar sua melhor temporada em 2004, quando venceu o Campeonato Brasileiro e o Latino-Americano da principal categoria do motocross com relativa facilidade, a imprensa especializada admitiu que não existia no Brasil nenhum outro piloto no nível do mineiro. No mesmo ano, o piloto participou da prova de Glen Helen, a mais difícil e glamourosa do campeonato americano, e se tornou o primeiro brasileiro da história a pontuar.

Em 2005, Balbi decidiu alçar vôos maiores e realizar uma temporada inteira nos EUA. Logo na primeira prova, deu mostras do que era capaz. Na pista que mais exigiu dos pilotos até agora e debaixo de muita chuva, o piloto obteve a 17ª colocação, andando imediatamente atrás do atual campeão Chad Reed e na frente de Jeremy McGrath.

O excelente resultado e os quatro primeiros pontos no torneio deram uma amostra do talento do brasileiro e mostraram que ele poderia andar rapidamente entre os  melhores do Campeonato Norte-Americano. A estrutura inferior do brasileiro, porém, tem diminuído sensivelmente as chances dele continuar andando entre os primeiros. Sozinho nos EUA, o tempo que o piloto gasta executando outras tarefas - como ajustes mecânicos - diminui seu tempo de treino. "Os pilotos todos tem estrutura da equipe e motos preparadas especialmente. Fazendo uma comparação com a Fórmula Um, seria a mesma coisa se eu entrasse em uma loja da Ferrari, comprasse um modelo novo, colocasse na pista e tentasse competir com o Schumacher", explicou.

Prova disso é que Balbi foi o único piloto correndo de forma independente a pontuar. Além disso, o brasileiro conseguiu estar entre as vinte voltas mais rápidas em quase todas as etapas. A falta de consistência do equipamento fez com que ele não conseguisse manter o desempenho durante uma prova inteira.

Mesmo com todas essas dificuldades, Balbi ainda conseguiu fazer história e bater recordes. Ao pontuar pela segunda vez em solo americano, o mineiro conseguiu, pela segundo ano consecutivo, colocar o nome do Brasil entre os melhores classificados do AMA (motocross e supercross).

Para o presidente da Associação dos Pilotos de Motocross do Brasil, Marlon Olsen, as grandes empresas brasileiras tinham que olhar pelo brasileiro e patrocinar Balbi para que ele possa andar em igualdade de condições com os principais nomes do motociclismo mundial. "Com cerca de 10 mil dólares de investimento na preparação de sua moto, ele poderia enfrentar todo mundo de igual para igual. As empresas precisam entender que isso é um investimento. Além de ser transmitida para o mundo inteiro, as provas tem pelo menos 48.000 pessoas no estádio", disse.

Próximos passos

Após correr a primeira metade do campeonato de Supercross, Balbi decidiu não participar das próximas etapas e focar exclusivamente na sua especialidade, o Campeonato de Motocross, que se inicia nos dias 21 e 22 de maio. "Vim para cá com essa estratégia traçada. Queria andar metade do Campeonato de Supercross para avaliar o nível dos meus adversários e o quanto tenho que evoluir. Agora sei o quanto preciso treinar", afirmou.

Agora, ciente do nível dos seus rivais, o piloto irá iniciar uma preparação específica para o AMA Motocross, que incluirá um trabalho pesado de ganho atlético e de massa muscular. Ainda como parte da preparação, o piloto disputará algumas etapas do Campeonato Californiano de Motocross. No último domingo (27.02), Balbi venceu sua primeira prova regional. "Vai ser importante correr como forma de preparação. Aqui é difícil treinar porque quase todas as pistas são particulares ou das grandes equipes, então, meu acesso fica pequeno", explicou.

O talento demonstrado pelo piloto nas etapas realizadas no AMA Supercross, porém, podem ajudá-lo a entrar no Campeonato de Motocross com muito mais possibilidades de andar no pelotão da frente. "Recebi propostas de algumas equipes satélites americanas, mas ainda não achei a proposta ideal. Existe a chance de eu entrar no próximo Campeonato por uma equipe, com melhores condições de trabalho", declarou.







© 2000 - 2020 MotoX MX1 Internet