Com cursos, palestras e apoio a competições, CETH torna-se referência na conscientização de motociclistas
Fotos: Divulgação e Maurício Arruda / Arquivo MotoX
 Pista de motocross do CETH tradicionalmente sedia a prova de abertura do campeonato brasileiro da modalidade |
A Honda sempre investiu na difusão dos conceitos de pilotagem, colaborando para a formação de um trânsito seguro e pessoas mais conscientes. Programas educativos e atividades itinerantes estavam nesse contexto desde a década de 70. Aos poucos, não só cativou o público como aumentou a intenção da empresa de ampliar ainda mais as ações. O resultado disso foi a construção do Centro Educacional de Trânsito Honda - CETH -, na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo (SP).
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- Como foi a abertura do Brasileiro de Motocross 2008 no CETH- Cerca de 8 mil pessoas acompanharam Motocross no CET Honda em Recife A inauguração ocorreu em 2 de março de 1998 e, ao completar uma década de existência, o CETH é referência na realização de cursos nas áreas de pilotagem com segurança e educação no trânsito.
 No local são formados instrutores para a rede de Concessionárias Honda |
Com um investimento da ordem de US$ 3,5 milhões na implantação, a unidade apostou em aulas teóricas e práticas, visando à formação de instrutores para a Rede de Concessionárias Honda, além de frotistas e órgãos públicos. O espaço também é utilizado para a realização de competições esportivas nacionais e internacionais.
No ano de 2007, o CETH de Indaiatuba realizou mais de 140 treinamentos. A previsão é encerrar este ano formando mais de 150 instrutores na Rede de Concessionárias, totalizando mais de 1.400 profissionais em concessionárias e 2.000 em entidades e empresas.
Essas atividades retratam uma empresa que não se limita apenas à produção e à comercialização de produtos. A Honda assumiu um compromisso social de contribuir com a educação no trânsito, por meio de um trabalho efetivo de conscientização. O reflexo disso é que desde a sua inauguração mais de 70.300 pessoas receberam treinamento na unidade de Indaiatuba.
Estrutura exclusiva É cada vez maior o número de usuários que descobrem na motocicleta a opção ideal para o lazer e as necessidades do dia-a-dia. Assim, para atender essa demanda, uma área de 30 mil m2 é destinada ao Centro de Pilotagem. O local abrange o prédio administrativo, duas salas de aula com recursos áudio visuais, escritório, biblioteca, salas de reunião e área de treinamento prático, permitindo atender diversos grupos simultaneamente.
O CETH possui também simuladores de pilotagem compactos. Virtualmente, os participantes podem vivenciar as mais variadas situações do trânsito e se condicionar a reagir de forma segura. Sua utilização vai desde o primeiro contato com a moto até a assimilação dos exercícios e avaliação de comportamento pós-treinamento.
 São aproximadamente 20 mil m2 de pista asfaltada |
Já na parte externa, a pista de instrução de pilotagem é totalmente asfaltada e ocupa um espaço de aproximadamente 20 mil m2. Inclui, ainda, sala de treinamento técnico de motores, oficina de manutenção, depósito de equipamento, além de um ambulatório. O espaço é destinado para atividades de pilotagem, parceria com o Centro de Formação de Condutores (CFC) da cidade para treinamento de candidatos à habilitação e apoio em eventos e competições.
Compondo essa estrutura, o Centro Motociclístico abrange mais de 90 mil m2 e conta com uma pista de motocross de 1.750 metros, que é homologada pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo), além de uma trilha natural. O local é destinado para importantes competições nacionais e internacionais, como a etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross e a mais importante delas, o Motocross das Nações, em 1999.
A unidade recebe ainda motopasseios e encontros motociclísticos com a participação da Rede de Concessionárias e público em geral.
Treinamento exemplar
 Palestras educativas são ministradas no CETH |
Diariamente, o CETH realiza trabalhos para a Formação de Instrutores -Básicos de Pilotagem On e Off-road, palestras educativas, test-drives e atividades itinerantes por todo o País. Todas essas atividades são ministradas para frotistas, empresas privadas e órgãos públicos, como o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. O espaço também é utilizado para os consumidores que usam o veículo de duas rodas no dia-a-dia.
Os ensinamentos teóricos vão desde dicas de como checar todos os equipamentos da motocicleta até as regras de segurança, equipamentos de proteção, postura adequada e noções técnicas. Já nas instruções práticas, os participantes recebem orientações sobre frenagem, desvios de direção, procedimentos em curvas, comportamento em situações de risco, entre outros.
Todas as pessoas praticam as aulas em motos do próprio CETH, além de serem acompanhadas por uma equipe de instrutores altamente capacitados. A carga horária, dependendo do curso, pode variar de 8 a 32 horas.
Além disso, para transmitir todos esses conceitos ao público final, a Honda desenvolve um programa de formação de instrutores da Rede de Concessionárias. Esses profissionais multiplicam os conhecimentos adquiridos aos motociclistas de sua região por meio de ações gratuitas e diferenciadas, que incluem teoria e prática da pilotagem defensiva.
Conscientização além das fronteiras O trabalho do CETH brasileiro também se destacou na América Latina. Integrantes da Honda no Chile, Venezuela, Costa Rica, Argentina, México, Peru e Colômbia participaram de cursos no Brasil com a finalidade de assimilar técnicas e conhecimentos para aplicá-las em seus países.
A Honda Peru, por sua vez, iniciou em junho de 2003 a implantação de seu próprio centro de pilotagem, inspirado na unidade do interior de São Paulo. Já no caso do México, a empresa elaborou toda uma estratégia e, a partir dos conceitos de "acesso", "benefício" e "confiança", foram criados programas de formação de instrutores, ações voltadas às crianças, além do apoio a competições em duas rodas.
Unidade em Recife
 Recife (PE) ganhou CETH no final de 2006 |
Seguindo os mesmos moldes de Indaiatuba, a Honda inaugurou, em novembro de 2006, o CETH - unidade Recife (PE). A missão é aproximar o público regional das principais noções de segurança no trânsito.
Com relação à infra-estrutura, o CETH de Recife conta com três áreas: a primeira de 700 m2 , direcionada, entre outras funções, para a realização de aulas teóricas, e um outro terreno, com 20 mil m2 destinado à pista pavimentada para a aplicação da parte prática do curso. Na maior, com 90 mil m2, fica uma pista de terra, reservada à prática de pilotagem em vias não pavimentadas, trilhas e motocross.
Compromisso com a sociedade desde o início A Honda segue a filosofia de não só oferecer produtos de qualidade, mas também garantir aos seus usuários condições para usufruí-los com segurança. Assim, antes mesmo de instalar-se como fabricante no Brasil, a empresa já desenvolvia atividades de pilotagem.
Em 1969, quando a Honda iniciou a importação de motocicletas do Japão para o Brasil, foram implantados os primeiros programas educativos. Inicialmente, eram destinados aos policiais, órgãos públicos e frotistas. A partir de 1974, os treinamentos foram intensificados e atingiram todo o País. Ministrados em locais públicos, os cursos de pilotagem atraíram milhares de pessoas, que assistiam a projeções audiovisuais e participavam de demonstrações práticas dos instrutores do Centro de Pilotagem Honda.
 Local é base da equipe de competição da Honda |
Entre 1974 e 1976, ocorreu um crescimento no mercado de duas rodas com a entrada de modelos nacionais, graças à construção da fábrica de Manaus (AM). Os esforços da empresa na educação no trânsito cresceram proporcionalmente com a inauguração do Departamento de Pilotagem e Cursos Volantes nas principais cidades do Brasil. Quatro anos depois, em 1978, surgiu o primeiro Centro de Pilotagem, em São Paulo, e posteriormente no Rio de Janeiro. Mais tarde, a empresa montou o Parque Honda que, além de possuir uma pista asfaltada, contava com uma outra para a prática off-road. No último ano da década de setenta, o Centro de Pilotagem já havia formado instrutores em todas suas concessionárias.
 Wilson Yasuda, gerente de competições da Honda do Brasil |
Os anos 80 foram marcados por uma Rede de Concessionárias engajada nos programas de pilotagem com segurança. Na época, treze delas já tinham pistas próprias para o desenvolvimento de ações, além da Honda manter um ônibus especialmente equipado para o treinamento volante em todo o território nacional.
Ao completar 20 anos de atividade no Brasil, em 1989, o Centro de Pilotagem Honda lançou o programa "Pilote Numa Boa". Composto por um auto-teste e uma série de materiais de apoio, como manuais e vídeos, a atividade inédita foi aplicada nas concessionárias da marca para os motociclistas interessados. O programa despertou o interesse no aprimoramento das técnicas de pilotagem e colaborou no aumento da segurança no trânsito do País. O sucesso foi tanto que, em 1990, foi lançada a segunda fase com perguntas mais abrangentes e técnicas.
A empresa não parou por aí e resolveu atingir ainda o público infantil, em maio de 1992. Partindo do princípio de que entre quatro e oito anos de idade a criança adquire os principais valores de conduta adulta, a Moto Honda da Amazônia lançou o "Clubinho Honda - Trânsito Amigo". A ação ocorreu em conjunto com órgão de trânsito e escola e foram transmitidos conceitos básicos sobre segurança, além de noções como respeito e cidadania. Todo o material didático tinha como personagem principal o Zupp - um bonequinho em forma de capacete. A fase inicial de implantação chegou a atingir 226 escolas de todo o Brasil e 56.000 crianças. E durante todo o ano de 1993, atendeu 1.238 instituições, totalizando mais de 350 mil crianças.