Piloto mineira voltou ao país e acompanhou a 1ª etapa do Brasileiro de Supercoss em Santa Luzia (MG)
Fotos: Divulgação

Mariana Balbi Foto: Carlos Aguirre

A piloto mineira Mariana Balbi está de volta ao Brasil, depois de passar mais de cinco meses nos EUA para a disputa do WMA, principal competição de motocross feminino do mundo. Em terras estrangerias, Mariana Balbi fez história: foi a primeira brasileira a conseguir uma vitória, quando venceu uma etapa do Yamaha Dealer Series, mesmo correndo entre homens e terminou o WMA em 5º lugar. 

No país, Mariana pretende aproveitar para tirar uns dias para ficar com a família e descansar para o próximo ano. "Esta foi a primeira vez em que fiquei fora de casa. Foi uma experiência incrível pra mim, não só no campo profissional como no campo pessoal. Aprendi muita coisa mas fiquei com saudade. Agora só quero curtir minha família", comentou a mineira.

Mariana ainda deve correr algumas provas regionais aqui no Brasil este ano apenas para manter a forma. Em dezembro, a piloto sai de férias e descansa até o início do ano que vem, quando começa sua pré-temporada.

EUA

Ao contrário da temporada de 2006, quando Mariana Balbi viajou para os EUA somente na época das provas, nesta temporada a piloto ficou o tempo todo morando no exterior. "Pela primeira vez na minha vida, pude vivenciar o que estas meninas fazem desde criança. Pude treinar todos os dias e me dedicar 100% ao esporte. Acho que minha técnica evoluiu muito neste período", comentou.

Este ano, Mariana repetiu o 5º lugar obtido em 2006. No início da temporada, a brasileira sofreu com uma mudança de moto, pois teve que trocar a Honda 450 que corria no Brasil por uma Yamaha 250, com a qual competiu nos EUA. A demora na adaptação custou à brasileira alguns pontos preciosos nas duas primeiras etapas.

Motocross Feminino

A porto riquenha Tarah Gieger foi a primeira mulher a participar do Motocross das Nações em 60 anos de competição Foto: Idário Araújo

Mariana Balbi é a única mulher a competir profissionalmente de motocross no Brasil. Durante anos, a brasileira competiu aqui no Brasil entre os homens, pois não tinha concorrência feminina. Ano passado, a brasileira decidiu encarar seu maior sonho e participar do WMA, campeonato exclusivamente feminino.

Neste ano, a brasileira já sentiu um crescimento na competição. "O motocross feminino está evoluindo demais por lá. Este ano a competição estava bem mais estruturada e as meninas estavam andando muito mais rápido. Tanto é que treinei muito, me dediquei ao máximo e o máximo que consegui foi manter a colocação do ano passado", explicou. 

A brasileira comentou ainda sobre a presença da porto riquenha Tarah Gieger na equipe de Porto Rico do MXDN. Mariana disse que fica satisfeita de ver uma mulher finalmente representada na maior competição do mundo. "Tarah estará lá representando não só o seu país, mas todas as mulheres. Mas o que eu realmente espero é que o esporte evolua para que tenhamos um Nações feminino e que eu possa estar lá também", brinca.