Os destaque do Motocross das Nações 2019. Holanda vence a 73ª edição do evento.
Redação MotoX.com.br: Lucidio Arruda - Fotos: Ray Archer / Bavo Swijgers / Pascal Haudiquert / Youthstream
Pódio com Bélgica, Holanda e Grã-Bretanha
Pelo terceiro ano consecutivo o Motocross das Nações aconteceu sob chuva. Já tem gente querendo adiantar o evento algumas semanas no ano para tentar escapar da época mais úmida no hemisfério norte. Mas com o calendário da Youthstream cada vez mais esticado, esta é, pelo menos por enquanto, uma possibilidade remota.
O autódromo de Assen é considerado um templo da motovelocidade. A ideia de pegar carona na fama do circuito, localizado numa pacata cidade ao norte da Holanda, tem levado a organização do Mundial de Motocross a repetir as provas no local ano após ano. Em 2019 foi a vez do evento principal da temporada.
A realização do Nações num circuito completamente artificial e num percurso relativamente curto desagradou a muita gente. A prova mais tradicional do motocross merece um circuito que respeite essa tradição. Porém podemos dizer que a infraestrutura do circuito e o asfalto do paddock salvaram o evento de se transformar num completo festival de lama.
Após a chuva no sábado a noite inteiro, os pilotos da final B encararam uma pista completamente impraticável. De alguma forma o pessoal responsável pela manutenção da pista a deixou em condições razoavelmente decentes, apesar da água continuar caindo durante todo o domingo. Ao final do dia, os holandeses comemoraram em casa a primeira vitória de seu país no evento.
Largada Corrida 3
Destaques
Seleção Holandesa
O Rei da Holanda parabenizou a equipe vitoriosa
Favorita desde o início, os holandeses cumpriram as expectativas e transformaram a festa na lama em festa nacional. Pelo primeira vez em 73 anos o país venceu o Motocross das Nações. Ano passado passaram perto e a chance escapou quando Calvin Vlaanderen ficou fora da última bateria por recomendação médica, após uma pedrada no olho.
Jeffrey Herlings
Neste ano Vlaanderen - sul-africano de nascença, com cidadania holandesa - conquistou a vaga após uma pré-seleção com o nativo Roan van den Moosdijk e entregou resultados sólidos. Com dois décimo lugares, foi o segundo melhor piloto MX2 no domingo, perdendo apenas para Thomas Kjer Olsen, que fez 8-8.
Jeffrey Herlings sentiu a pressão sobre os ombros e em ambas suas corridas finais largou mal e cometeu muitos erros no início, inclusive com quedas e excursões para fora da pista. Herlings conseguiu a redenção nas fases finais das corridas, com a pista mais castigada, seu preparo físico e técnica fizeram a diferença. Na primeira bateria chegou até a encostar em Tim Gajser na última volta. Foi segundo e quarto colocado nas duas baterias, que para o "padrão Herlings" é um resultado apenas mediano. Mas no final valeu a comemoração pela conquista inédita.
Calvin Vlaanderen
Ao fim das contas a Holanda ainda venceu com uma grande margem de pontuação. Poderiam até marcar o resultado descartado de Vlaanderen que ainda teriam apenas pouco mais da metade dos pontos da segunda colocada.
Glenn Coldenhoff
Glenn Coldenhoff
Glenn foi praticamente perfeito durante todo o final de semana e ocupou a posição de líder da vitória holandesa. Ele repetiu o feito do ano passado nos Estados Unidos com 1-1, desta vez em frente a sua torcida local. Não podemos deixar de comentar que o início de sua temporada no Mundial de Motocross foi muito prejudicada por uma lesão na coluna durante treinos no final de 2018 e ele só subiu na moto duas semanas antes do MXGP da Argentina, isto é: perdeu praticamente toda a fase de testes com sua nova equipe Standing Construct KTM. Apesar de permanecer com a mesma marca, o setup de motor e suspensões é completamente novo, já que deixou o time de fábrica para um satélite. Mas as mudanças, ao final das contas, foram benéficas, já que Coldenhoff saiu da sombra de Cairoli e teve toda a atenção de sua nova equipe.
Ao final do Mundial tanto Coldenhoff, como o equipamento alcançaram a plena forma, resultando em cinco pódios consecutivos e uma vitória dupla. A sua tocada em Assen me lembrou um pouco a de Ryan Dungey, não que Dungey fosse um especialista na areia, mas a precisão de seu traçado e as tomadas de curvas perfeitas faziam a pista aparentar fácil, apesar de muitos pilotos a classificarem como a mais difícil da carreira.
Glenn Coldenhoff supera Jorge Prado durante a corrida 3
Na última bateria o chefe da equipe cometeu o erro (na minha opinião) de dar a primeira escolha de gate para Herlings. Uma boa largada de Coldenhoff praticamente significaria uma vitória certa enquanto Herlings teria uma capacidade maior de reverter uma má largada avançando pelo pelotão. Lembremos também que o piloto da categoria MXGP (no caso Herlings) tem um intervalo maior entre as bateria, largando mais descansado que o piloto da Open.
A estratégia não deu certo: Herlings largou mal do mesmo jeito, mas felizmente para a Holanda Coldenhoff começou a prova na sexta posição e alcançou a liderança já na quarta volta quando Tim Gajser caiu. Nas duas últimas voltas voltou a sofrer pressão do esloveno, mas manteve a calma e a velocidade para vencer o nações com mais um 1-1. O último piloto a conseguir quatro vitórias consecutivas individuais no Nações foi Antonio Cairoli no biênio 2012-2013.
Seleção Belga
Jeremy van Horebeek
Apesar do desfalque de Clement Desalle a Bélgica chegou em Assen com um time muitíssimo respeitável liderado por Jeremy van Horebeek. E o próprio conseguiu os dois principais resultados do time na sexta posição das corridas 1 e 3. O jovem Jago Geerts conseguiu o melhor resultado de uma MX2 no meio das 450 durante o domingo, com a sétima posição na bateria final. Com a pista pesada do jeito que estava é um feito e tanto. Geerts se redimiu de um abandono na primeira corrida.
Jago Geerts
O veterano Kevin Strijbos não se saiu tão bem no domingo como no sábado, onde foi segundo colocado na classificatória. Sofreu quedas no início das corridas, mas salvou o pódio do time com um 17º e 11º na bateria final.
Grã-Bretanha
ShaunSimpson
Com seu time A formado por Max Anstie, Tommy Searle e Ben Watson completamente defenestrado por lesões, os britânicos recorreram ao plano B com o veterano Shaun Simpson, Adam Sterry e o atual endurista Nathan Watson. O expediente de recrutar um piloto do Enduro já foi usado, com sucesso, pela França em 2017 com Christophe Charlier. Parece que quando chove...
Nathan Watson
Em Assen os britânicos colocaram Watson, que acabara de vencer uma etapa do WESS na semana anterior, na classe MXGP. Sua primeira corrida foi complicada e uma queda resultou em problemas mecânicos em sua moto, o obrigando a abandonar. E no Nações um abandono logo na primeira corrida é um banho de água fria na moral da equipe. Com Sterry apenas em 24º, foi um banho de água congelada! Combinando bem com as condições climáticas em Assen.
Adam Sterry
Porém um excelente terceiro lugar de Simpson na segunda corrida - ajudado pelo 12º de Sterry voltou a animar os britânicos. Watson e Simpson fecharam o dia com 9ª e 10ª posições, respectivamente, e a equipe comemorou o suado pódio, somente garantido com o abandono de Gautier Paulin a poucas voltas do fim.
Estônia
Largada Corrida 1
Impressionante o quarto lugar da Estônia, com um time formado sem pilotos do Mundial. Apenas Harri Kullas participou de três etapas mais próximas, incluindo o GP em casa. E o próprio Kullas conquistou um dos resultados mais surpreendentes do domingo, com a quarta posição na bateria MX2 + Open, após o holeshot.
Harri Kullas
Não podemos deixar de registrar também a 19ª participação consecutiva no Nações de Tanel Leok no evento. Um recorde absoluto. Conseguiu 13º e 14º lugares nas baterias. Nada mal para um piloto semi-aposentado!
França
Com tantos bons pilotos e cinco vitórias consecutivas na competição, a escolha da seleção francesa raramente deixa de passar por polêmicas, mas este ano se superaram, com uma discordância por um espaço no boné que impediu a participação de Tom Vialle (4º colocado no Mundial MX2). A Federação Francesa investe forte na formação de novos talentos no esporte, mas por outro lado controla com mão de ferro vários aspectos, principalmente a formação da seleção para o Nações.
Gautier Paulin
Sem Vialle, Romain Febvre, Marvin Musquin ou Dylan Ferrandis a França, aparentemente, deixou de ser postulante a vitória para lutar por um degrau no pódio. Essa era a sensação, apesar do Nações ser sempre um baú de surpresas; um azar da Holanda deixaria a disputa pelo título completamente aberta novamente.
Paulin (5º) e Jordi Tixier (6º) conquistaram resultados sólidos em suas respectivas primeiras corridas. Mas na última, somente com motos 450 na pista as coisas já não andavam muito favoráveis aos franceses - Tixier caiu na largada - quando o motor da Yamaha de Paulin abriu o bico, foi o tiro de misericórdia em qualquer chance de pódio.
Estados Unidos
Justin Cooper
Poucas vezes os norte-americanos alinharam com uma equipe tão dedicada como a deste ano. Jason Anderson e Zach Osborne foram para a Holanda com mais de três semanas de antecedência para se aclimatar com a areia. Justin Cooper foi depois, aguardando o fim do Mundial de Motocross para dispor do apoio de infraestrutura da Kemea Yamaha.
Cooper, por sinal não deixou de surpreender com uma vitória na classificatória de sábado, quando a areia estava quase "pura", ainda misturada com pouca água. Mas toda as água enviada no sábado à noite já deve ter abalado o espírito dos norte-americanos. No domingo a coisa degringolou de vez quando cooper caiu e levou Anderson junto logo após a largada da primeira corrida. Anderson recuperou-se até 17º e Cooper ficou com a 29ª posição sem o manete de embreagem e com dores na mão.
Zach Osborne
Com a mão fraturada (lesão que só seria descoberta depois), Cooper largou na segunda bateria e suportou as dores para salvar um 25º lugar, nada bom para as chances de pódio. Entretanto o quinto lugar de Zach Osborne ainda deu esperanças ao time de sair da Holanda com alguma medalha. Na última bateria do dia Jason ainda salvou uma razoável oitava posição, enquanto Osborne passou aperto com erros no início da corrida que o jogaram para a 17ª posição. Cruzou a bandeirada em 13º e os resultados foram apenas suficientes para colocar os norte-americanos na sexta posição, empatados com os 68 pontos da França.
Tim Gajser
Tim Gajser
Por fim vale a pena mencionar que o esloveno Tim Gajser fechou uma temporada espetacular em grande nota vencendo individualmente a classe MXGP. Sem chances de um bom resultado por equipe, Tim preocupou-se apenas em vencer no individual.
Na primeira bateria aproveitou-se de um erro de Jorge Prado logo após a metade da corrida para vencer, ainda que com um ataque final de Jeffrey Herlings. Na corrida final, Gajser poderia ter dado mais trabalho a Coldenhoff caso não sofresse uma pequena queda, mas memso chegando em segundo, fez 1-1 na sua categoria isolada. Um ótimo resultado se levarmos em conta que Gajser não é considerado um especialista na areia, ou lama.
Jorge Prado
Jorge Prado
Com apenas duas semanas para se adaptar a motocicleta 450, o espanhol Jorge Prado fez uma estreia interessante com a nova moto. Liderou tanto a classificatória de sábado como a primeira prova de domingo, ajudado pelas suas costumeiras excelentes largadas. Na última bateria não largou bem, mas avançou da 14ª posição na primeira volta para o sétimo lugar na bandeirada.
Seu primeiro ano na classe MXGP não deve ser fácil, já que teremos uma "manada" de bons pilotos e detentores de títulos como há muito tempo não se via. Acredito que vai beliscar vitórias aqui e ali, mas alguns nomes de respeito como Antonio Cairoli e Stefan Everts acreditam que Prado tem chances de subir para as cabeças e brigar pelo título já em seu primeiro ano. Em 2020 veremos...
Vídeos
Resultados
|
1 |
Race 3 |
6 |
COLDENHOFF, Glenn |
KNMV |
KTM |
|
1 |
Race 2 |
6 |
COLDENHOFF, Glenn |
KNMV |
KTM |
|
2 |
Race 1 |
4 |
HERLINGS, Jeffrey |
KNMV |
KTM |
|
4 |
Race 3 |
4 |
HERLINGS, Jeffrey |
KNMV |
KTM |
|
10 |
Race 2 |
5 |
VLAANDEREN, Calvin |
KNMV |
Honda |
|
10 |
Race 1 |
5 |
VLAANDEREN, Calvin |
KNMV |
Honda |
|
6 |
Race 3 |
16 |
VAN HOREBEEK, Jeremy |
FMB |
Honda |
|
6 |
Race 1 |
16 |
VAN HOREBEEK, Jeremy |
FMB |
Honda |
|
7 |
Race 2 |
17 |
GEERTS, Jago |
FMB |
Yamaha |
|
11 |
Race 3 |
18 |
STRIJBOS, Kevin |
FMB |
Yamaha |
|
17 |
Race 2 |
18 |
STRIJBOS, Kevin |
FMB |
Yamaha |
|
30 |
Race 1 |
17 |
GEERTS, Jago |
FMB |
Yamaha |
|
3 |
Race 2 |
9 |
SIMPSON, Shaun |
ACU |
KTM |
|
9 |
Race 3 |
7 |
WATSON, Nathan |
ACU |
KTM |
|
10 |
Race 3 |
9 |
SIMPSON, Shaun |
ACU |
KTM |
|
12 |
Race 2 |
8 |
STERRY, Adam |
ACU |
Kawasaki |
|
24 |
Race 1 |
8 |
STERRY, Adam |
ACU |
Kawasaki |
|
36 |
Race 1 |
7 |
WATSON, Nathan |
ACU |
KTM |
|
4 |
Race 2 |
24 |
KULLAS, Harri |
EMF |
Honda |
|
12 |
Race 3 |
24 |
KULLAS, Harri |
EMF |
Honda |
|
13 |
Race 1 |
22 |
LEOK, Tanel |
EMF |
Husqvarna |
|
14 |
Race 3 |
22 |
LEOK, Tanel |
EMF |
Husqvarna |
|
21 |
Race 1 |
23 |
RATSEP, Priit |
EMF |
Honda |
|
25 |
Race 2 |
23 |
RATSEP, Priit |
EMF |
Honda |
|
5 |
Race 1 |
1 |
PAULIN, Gautier |
MCM |
Yamaha |
|
6 |
Race 2 |
3 |
TIXIER, Jordi |
FFM |
KTM |
|
16 |
Race 3 |
3 |
TIXIER, Jordi |
FFM |
KTM |
|
18 |
Race 1 |
2 |
RENAUX, Maxime |
FFM |
Yamaha |
|
23 |
Race 3 |
1 |
PAULIN, Gautier |
MCM |
Yamaha |
|
30 |
Race 2 |
2 |
RENAUX, Maxime |
FFM |
Yamaha |
|
5 |
Race 2 |
15 |
OSBORNE, Zachary |
AMA |
Husqvarna |
|
8 |
Race 3 |
13 |
ANDERSON, Jason |
AMA |
Husqvarna |
|
13 |
Race 3 |
15 |
OSBORNE, Zachary |
AMA |
Husqvarna |
|
17 |
Race 1 |
13 |
ANDERSON, Jason |
AMA |
Husqvarna |
|
25 |
Race 1 |
14 |
COOPER, Justin |
AMA |
Yamaha |
|
29 |
Race 2 |
14 |
COOPER, Justin |
AMA |
Yamaha |
|
9 |
Race 2 |
27 |
ULLRICH, Dennis |
DMSB |
Husqvarna |
|
11 |
Race 1 |
25 |
KOCH, Tom |
DMSB |
KTM |
|
15 |
Race 3 |
25 |
KOCH, Tom |
DMSB |
KTM |
|
18 |
Race 3 |
27 |
ULLRICH, Dennis |
DMSB |
Husqvarna |
|
19 |
Race 2 |
26 |
LAENGENFELDER, Simon |
DMSB |
KTM |
|
37 |
Race 1 |
26 |
LAENGENFELDER, Simon |
DMSB |
KTM |
|
2 |
Race 2 |
99 |
JONASS, Pauls |
LAMSF |
Husqvarna |
|
3 |
Race 3 |
99 |
JONASS, Pauls |
LAMSF |
Husqvarna |
|
20 |
Race 3 |
97 |
MACUKS, Toms |
LAMSF |
KTM |
|
22 |
Race 2 |
98 |
IVANOVS, Davis |
LAMSF |
Husqvarna |
|
26 |
Race 1 |
98 |
IVANOVS, Davis |
LAMSF |
Husqvarna |
|
28 |
Race 1 |
97 |
MACUKS, Toms |
LAMSF |
KTM |
|
3 |
Race 1 |
19 |
PRADO, Jorge |
RFME |
KTM |
|
7 |
Race 3 |
19 |
PRADO, Jorge |
RFME |
KTM |
|
13 |
Race 2 |
21 |
CAMPANO, Carlos |
RFME |
Yamaha |
|
22 |
Race 1 |
20 |
LARRANAGA OLANO, Iker |
RFME |
KTM |
|
28 |
Race 2 |
20 |
LARRANAGA OLANO, Iker |
RFME |
KTM |
|
35 |
Race 3 |
21 |
CAMPANO, Carlos |
RFME |
Yamaha |
|
8 |
Race 2 |
107 |
OLSEN, Thomas Kjer |
DMU |
Husqvarna |
|
8 |
Race 1 |
107 |
OLSEN, Thomas Kjer |
DMU |
Husqvarna |
|
18 |
Race 2 |
108 |
BOEGH DAMM, Bastian |
DMU |
KTM |
|
19 |
Race 3 |
106 |
OLSEN, Stefan Kjer |
DMU |
KTM |
|
24 |
Race 3 |
108 |
BOEGH DAMM, Bastian |
DMU |
KTM |
|
32 |
Race 1 |
106 |
OLSEN, Stefan Kjer |
DMU |
KTM |
|
4 |
Race 1 |
55 |
SEEWER, Jeremy |
FMS |
Yamaha |
|
5 |
Race 3 |
55 |
SEEWER, Jeremy |
FMS |
Yamaha |
|
19 |
Race 1 |
56 |
GUILLOD, Valentin |
FMS |
Honda |
|
24 |
Race 2 |
56 |
GUILLOD, Valentin |
FMS |
Honda |
|
29 |
Race 3 |
57 |
SCHEIWILLER, Cyrill |
FMS |
Yamaha |
|
36 |
Race 2 |
57 |
SCHEIWILLER, Cyrill |
FMS |
Yamaha |
|
9 |
Race 1 |
118 |
FREDRIKSEN, Hakon |
NMF |
Yamaha |
|
15 |
Race 2 |
119 |
HORGMO, Kevin |
NMF |
KTM |
|
17 |
Race 3 |
118 |
FREDRIKSEN, Hakon |
NMF |
Yamaha |
|
20 |
Race 1 |
119 |
HORGMO, Kevin |
NMF |
KTM |
|
26 |
Race 3 |
120 |
WAHL, Henrik |
NMF |
KTM |
|
31 |
Race 2 |
120 |
WAHL, Henrik |
NMF |
KTM |
|
1 |
Race 1 |
91 |
GAJSER, Tim |
AMZS |
Honda |
|
2 |
Race 3 |
91 |
GAJSER, Tim |
AMZS |
Honda |
|
21 |
Race 3 |
93 |
IRT, Peter |
AMZS |
Yamaha |
|
31 |
Race 1 |
92 |
PANCAR, Jan |
AMZS |
Yamaha |
|
34 |
Race 2 |
93 |
IRT, Peter |
AMZS |
Yamaha |
|
37 |
Race 2 |
92 |
PANCAR, Jan |
AMZS |
Yamaha |
|
14 |
Race 1 |
32 |
ÖSTLUND, Alvin |
SVEMO |
Husqvarna |
|
16 |
Race 2 |
32 |
ÖSTLUND, Alvin |
SVEMO |
Husqvarna |
|
16 |
Race 1 |
31 |
BENGTSSON, Filip |
SVEMO |
Husqvarna |
|
22 |
Race 3 |
33 |
GOLE, Anton |
SVEMO |
Yamaha |
|
23 |
Race 2 |
33 |
GOLE, Anton |
SVEMO |
Yamaha |
|
34 |
Race 3 |
31 |
BENGTSSON, Filip |
SVEMO |
Husqvarna |
|
11 |
Race 2 |
12 |
DUFFY, Regan |
MA |
KTM |
|
14 |
Race 2 |
11 |
WEBSTER, Kyle |
MA |
Honda |
|
15 |
Race 1 |
10 |
FERRIS, Dean |
MA |
KTM |
|
23 |
Race 1 |
11 |
WEBSTER, Kyle |
MA |
Honda |
|
30 |
Race 3 |
10 |
FERRIS, Dean |
MA |
KTM |
|
33 |
Race 3 |
12 |
DUFFY, Regan |
MA |
KTM |
|
7 |
Race 1 |
88 |
MONTICELLI, Ivo |
FMI |
KTM |
|
20 |
Race 2 |
89 |
FORATO, Alberto |
FMI |
Husqvarna |
|
21 |
Race 2 |
90 |
LUPINO, Alessandro |
FMI |
Kawasaki |
|
32 |
Race 3 |
88 |
MONTICELLI, Ivo |
FMI |
KTM |
|
33 |
Race 1 |
89 |
FORATO, Alberto |
FMI |
Husqvarna |
|
37 |
Race 3 |
90 |
LUPINO, Alessandro |
FMI |
Kawasaki |
|
12 |
Race 1 |
35 |
HOFER, Rene |
AMF |
KTM |
|
25 |
Race 3 |
36 |
SANDNER, Michael |
AMF |
KTM |
|
26 |
Race 2 |
35 |
HOFER, Rene |
AMF |
KTM |
|
27 |
Race 1 |
34 |
NEURAUTER, Lukas |
AMF |
KTM |
|
32 |
Race 2 |
36 |
SANDNER, Michael |
AMF |
KTM |
|
36 |
Race 3 |
34 |
NEURAUTER, Lukas |
AMF |
KTM |
|
27 |
Race 2 |
38 |
BARR, Martin |
MCUI |
Yamaha |
|
28 |
Race 3 |
39 |
EDMUNDS, Stuart |
MCUI |
Husqvarna |
|
29 |
Race 1 |
37 |
MEARA, Jason |
MCUI |
Kawasaki |
|
31 |
Race 3 |
37 |
MEARA, Jason |
MCUI |
Kawasaki |
|
35 |
Race 2 |
39 |
EDMUNDS, Stuart |
MCUI |
Husqvarna |
|
27 |
Race 3 |
51 |
PURVIS, Maximus |
MNZ |
Yamaha |
|
33 |
Race 2 |
51 |
PURVIS, Maximus |
MNZ |
Yamaha |
|
34 |
Race 1 |
49 |
CHASE, Wyatt |
MNZ |
Honda |
|
38 |
Race 3 |
49 |
CHASE, Wyatt |
MNZ |
Honda |
|
39 |
Race 2 |
50 |
WALSH, Dylan |
ACU |
Husqvarna |
|
39 |
Race 1 |
50 |
WALSH, Dylan |
ACU |
Husqvarna |
|
35 |
Race 1 |
67 |
DOCHERTY, Michael |
EMSO |
KTM |
|
38 |
Race 2 |
68 |
RAYNARD, Anthony |
MSA |
Yamaha |
|
38 |
Race 1 |
68 |
RAYNARD, Anthony |
MSA |
Yamaha |
|
40 |
Race 2 |
69 |
VERCUEIL, Lloyd |
MSA |
Yamaha |
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