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KTM veta participação de Jeffrey Herlings no AMA Motocross 2019
Publicado em: 22/03/2019
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Piloto espera retornar ao Mundial de Motocross em maio, após as quatro primeiras etapas
Redação MotoX.com.br: Lucidio Arruda - Fotos: Simon Cudby / Ray Archer


Jeffrey Herlings comemorando sua vitória em Ironman, nos Estados Unidos, 2017

Nesta quinta-feira a KTM jogou um balde de água fria em quem esperava ver o atual campeão mundial Jeffrey Herlings disputando o AMA Motocross. O holandês sofreu uma fratura no pé durante treinos pré-temporada e deve perder as quatro primeiras etapas do Mundial de Motocross 2019, complicando muito suas chances de defender o título.

Com chances reduzidas no Mundial, fazia muita lógica mudar o foco para a América e competir as 12 etapas do AMA. Herlings participou apenas de uma etapa do norte-americano, a final de 2017, vencendo as duas baterias (a segunda após cair na largada).


Cooper Webb está fazendo a alegria do time nos EUA

Herlings chegou a declarar em algumas entrevistas que competir nos Estados Unidos este ano era uma possibilidade. Eu acredito que este era realmente seu desejo. O holandês não esconde que os números são muito importantes em sua carreira e já que a possibilidades de acrescentar um título no Mundial diminuíram, nada mais óbvio do que tentar "salvar" a temporada nos EUA.

Porém a resistência dentro das próprias equipes nos dois lados do Atlântico pesaram muito na decisão. A KTM nos EUA está liderando o Supercross com Cooper Webb e Marvin Musquin. Webb venceu cinco etapas e, na melhor fase de sua carreira, mantém a liderança na pontuação. Musquin é o vice-líder e venceu a etapa mais recente em Atlanta e, apesar de seu joelho ainda o prejudicar um pouco na preparação, não parece mais que seja um fator nas corridas,


Marvin Musquin conquistou a vitória em Indianapolis e é o segunda na classificação geral

Com dois pilotos em plenas condições de disputar o título, um terceiro piloto poderia abalar a paz interna da equipe que já não anda muito pacífica. Administrar o ego de dois pilotos que disputam o mesmo título já não é nada fácil, imagine três!

Do lado europeu, a equipe de Dirk Gruebel tem contrato para cumprir toda a temporada com dois pilotos, Tom Vialle na MX2 e Herlings na MXGP. Enviar Herlings para a América significaria correr atrás de um substituto para o restante da temporada. A esta altura não há muitos nomes disponíveis capazes de representar um time campeão mundial, nem a KTM tem verba sobrando para novas contratações. Lembre-se que com os altos investimentos na MotoGP os austríacos deram uma enxugada no Mundial de Motocross. Os seis pilotos oficiais de poucos anos atrás foram reduzidos a quatro.

Herlings poderá também ser muito importante na fase final do Campeonato Mundial caso Cairoli precise de uma mãozinha. Nem precisa ser jogo de equipe, evitando vitórias de outros pilotos, Herlings pode ajudar a manter o título em casa.


Antonio Cairoli parece ter as coisas sob controle no Mundial

Além de todos os aspectos esportivos e logísticos, a KTM ainda planeja muitos e muitos títulos com Herlings na Europa, piloto que eles acolheram ainda bem jovem. A maior preocupação é preservar a própria saúde e capacidade do piloto. Herlings já retornou precocemente às competições várias vezes após lesões sérias para manter suas chances ou vencer campeonatos. A mais marcante delas foi em 2014, quando retornou na final no México, com o fêmur ainda longe de estar curado. Ele mal podia caminhar, mas correu duas baterias no sacrifício, num domingo em que Jordi Tixier conquistou o título.

Mantendo Herlings na Europa a KTM sabe que pode dar tempo ao tempo e permitir que ele se recupere adequadamente, sem a pressa para defender ou conquistar um título. As coisas neste ano já estão bem encaminhadas com Webb e Musquin nos EUA e Cairoli na Europa - que este ano pode igualar a histórica marca de Stefan Everts e seus 10 título mundiais.








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