X Fechar
foto

X Fechar
foto
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais


>Competição > Mundial de Motocross

2018 Argentina - Neuquén - 1ª etapa
Publicado em: 09/03/2018
Clique e saiba mais

KTM domina início da temporada 2018 em ambas as categorias
Redação MotoX.com.br: Lucidio Arruda - Fotos: Ray Archer / J. P. Acevedo / Pascal Haudiquert/ Bavo Swijgers / Idário Café

Começou a temporada 2018 do Mundial de Motocross! E dar a largada do campeonato na Argentina foi uma das melhores coisas que poderia acontecer à série. Após cinco anos abrindo a temporada no desértico Catar - tanto no clima como na presença de público -, o circuito da Patagônia mostrou-se o lugar ideal para o início da competição.


Largada MXGP

A distância para a totalidade das sedes das equipes na Europa é um peso considerável no orçamento, principalmente para os times menores, mas a Argentina compensa com o espetacular cenário e, na opinião de muitos, o melhor circuito da temporada.

O solo único da região, uma espécie de decomposição de rochas vulcânicas, deixa a pista com qualidades únicas no calendário. É um tipo de areia com grandes grãos, que não agarra tanto como a visão nos faz crer, mas ao longo das corridas não fica excessivamente marcada e continua com toda a sua largura utilizável. Esse fato se traduz em maiores opções de traçados e, consequentemente, melhores disputas. Vamos comentar os resultados da abertura e o que podemos esperar para o restante do campeonato.

MXGP da Argentina Patagônia


Antonio Cairoli e Jeffrey Herlings


A disputa entre Antonio Cairoli e Jeffrey Herling fechou o GP da Argentina no mais alto estilo
Bom, não se pode negar que a KTM é a grande vencedora desta primeira etapa e que os prognósticos apontam a seu favor. A equipe fez o que esperava fazer com Pauls Jonass dominando a MX2 e Antonio Cairoli e Jeffrey Herlings sacudindo o mundo com suas disputas pela vitória na MXGP.

Os austríacos esperavam mais de Jorge Prado, pelo menos brigar por um pódio, mas o final de semana do espanhol começou com uma forte queda na classificatória de sábado e um cotovelo bastante inchado, mas, felizmente, não fraturado. Na primeira bateria de domingo Prado bateu com outro piloto e caiu novamente. Completou em 16º depois de levantar em 25º. Na segunda bateria chegou em sétimo. Já Glenn Condenhoff foi apenas 10º e 11º nas baterias para fechar a etapa em décimo. Não que a KTM esperasse um grande resultado do holandês, que por vezes já mostrou boa velocidade, mas nada de brilhante. Além de chegar com os treinos prejudicados por uma contusão na mão em Riola Sardo (no Internacional da Itália), Coldenhoff sofreu mais duas fortes quedas na Argentina durante o sábado.


Antonio Cairoli

Cairoli e Herlings foram os grandes protagonistas da etapa, colocando a KTM, pelo menos por enquanto, um degrau acima das demais. O italiano largou na frente nas duas baterias. Na primeira teve Herlings em seu encalço a partir da quarta volta, mas conseguiu controlar o holandês e evitar a possibilidade de ataques com voltas rápidas no final.

Largando novamente em primeiro e rapidamente abrindo vantagem, talvez o erro de Cairoli tenha sido achar que estava com a situação sob controle, afinal a cinco voltas do fim tinha nove segundos de vantagem sobre Herlings. Porém Cairolifoi um pouco irregular no final e Herlings conseguiu a aproximação. "Peguei alguns retardatários e mudei o traçado em alguns pontos. Tive que segurar um pouco, mas fazendo isso a diferença sumiu. Jeffrey se aproximou e foi mais forte no final. Eu estava errando e cansado e ele aproveitou a chance", comentou Cairoli.


Jeffrey Herlings

Para Jeffrey, a segunda bateria representou uma virada e tanto após uma sábado difícil, onde liderou a classificatória, foi ultrapassado por Cairoli e logo em seguida caiu. Após a metade da bateria sofreu com os braços travados. Jeffrey ficou claramente abalado com a situação, revivendo, em parte, seu início de carreira na MXGP do ano passado, quando lhe faltou consistência para encontrar os resultados. Mas uma longa conversa com Joel Smets durante a noite mudou sua perspectiva para as provas de domingo.

Herllings: "Na segunda corrida, eu fui empurrado para fora na largada e tive algumas boas batalhas no quinto, quarto e terceiro lugares. Eu sabia que havia apenas dez minutos restantes, mas eu busquei a diferença e fiquei feliz em conseguir (a vitória). Eu sou abençoado por ter ganho o primeiro GP do ano e o trabalho árduo do inverno está sendo exibido. Esta é apenas a primeira corrida de dezenove e temos muitas boas disputas pela frente."


Clement Desalle

Fora da disputa da liderança, mas com dois consistentes terceiro lugares, Clement Desalle começou o campeonato em boa nota após uma discreta pré-temporada, onde participou apenas de uma corrida na França. "Foi um final de semana positivo. Nós trabalhamos muito na moto durante o inverno e tivemos a confirmação que caminhamos na direção certa. Vimos neste final de semana que ainda temos que nos atentar em alguns pontos, mas tivemos apenas dois caras na nossa frente, e sabemos que eles são mesmo muito rápidos", comentou o belga que vai para sua terceira temporada na Kawasaki oficial.


Jeremy van Horebeek

Em quarto e quinto tivemos os dois pilotos da Monster Energy Yamaha, que trocaram resultados entre as duas baterias. Romain Febvre foi o melhor na primeira e Jeremy van Horebeek deu o troco na segunda. O francês fez uma boa largada na primeira bateria e chegou a disputar a ponta com Cairoli, mas mais tarde não segurou o avanço de  Herlings e Desalle. Horebeek saiu mais atrás e avançou até a quinta posição. Na segunda bateria os dois companheiros de equipe batalharam pela quarta posição praticamente do início ao fim.


Romain Febvre

Horebeek: "Foi um fim de semana perfeito para começar a temporada. Eu não tinha o suficiente para um pódio hoje. Lutei pela terceira posição porque os outros dois estavam em outro planeta. Eu apenas sinto a chave para a corrida para mim é a largada. Preciso trabalhar nas minhas largadas porque a primeira de hoje foi muito ruim, mas a corrida estava boa. Passei mal do estômago após a primeira bateria, mas ainda gostei do dia e acho que foi um bom primeiro GP ".


Gautier Paulin

Pela Husqvarna Gautier Paulin foi o melhor piloto com dois sexto lugares para a sexta posição geral. "No sábado, durante a classificação, lutei com os braços travados.e não me senti muito confortável. Mas fizemos alguns bons ajustes na moto, de modo que no domingo as coisas foram muito melhores. Minhas largadas foram boas em ambas as baterias e eu andei consistentemente, mas foi um pouco frustrante não poder lutar por um resultado ainda melhor. A verdade é que eu não me senti 100% durante este fim de semana."

Melhor Estreante


Julien Lieber

A honra de melhor estreante na classe MXGP coube a Julien Lieber com uma boa oitava posição geral entre os macacos velhos."Fiz uma boa largada na primeira bateria e segui Cairoli por duas voltas, mas estavam todos me pressionando e não quis correm muitos riscos na minha primeira corrida em seis meses. A segunda largada não foi tão boa já que fui forçado para o lado externo e perdi aderência na frente. A pista estava bastante difícil, então estou feliz com os resultados. Também estou feliz por deixar a estreia para trás, o que me deixa mais relaxado para as próximas corridas", disse Liber que subiu de 21º para 12º na segunda bateria.


Jeremy Seewer

Jeremy Seewer, da Wilvo Yamaha, poderia ter sido o melhor entre os pilotos que vieram da MX2, não fosse uma capotada patagônica na terceira volta da segunda bateria, quando ocupava a sétima posição. O suíço abandonou a corrida, mas como nota positiva não se machucou e está confirmado para a segunda etapa em Valkenswaard.

Outros destaques


Max Nagl

Estreando pela italiana TM, Max Nagl fechou o GP na nona posição geral após 13º e oitavo nas baterias. Já tendo passado por equipes de fábrica da KTM, Honda e Husqvarna, o alemão falou que ainda não é possível falar em vitórias com a nova equipe, mas coisas evoluem rápido em Pesaro, sede da TM. "Quando solicito alguma mudança, eles praticamente realizam de um dia para o outro. Eles são muito rápidos. É realmente uma equipe de fábrica porque eles fabricam tudo em Pesaro e não precisam comprar nada. Podem modificar ou criar qualquer coisa lá."


Evgeny Bobryshev

Mudança um pouco mais radical teve o russo Evgeny Bobryshev, que conseguiu vaga para o campeonato quando todo mundo já estava alinhando no gate. Com contrato para correr o Arenacross do Reino Unido e o Motocross Britânico com Suzuki, Bobryshev viu uma vaga cair dos céus quando começaram os desentendimentos entre Benoit Paturel e a Bos Project. Depois de uma 14ª posição na primeira bateria ele superou vários pilotos de fábrica na segunda corrida ao avançar da 12ª até a oitava posição. Com a derrocada da equipe oficial Suzuki, Bobryshev foi o único a competir com moto da marca (bastante descaracterizada, diga-se) neste GP de abertura. Possivelmente esse situação se repetirá durante o resto da temporada. Para Bobryshev em questão de suspensões a moto está ok, mas falta encontrar um pouquinho mais de força.


Arminas Jasikonis

Arminas Jasikonis foi outro piloto obrigado a viver fora do conforto de uma equipe oficial. Correndo pelo time italiano Assomotor RedMoto Honda, o grandalhão estoniano foi 16º geral. Petar Petrov, búlgaro que já integrou a Kawasaki oficial na MX2, também faz parte da equipe e estreou na MXGP com apenas um pontinho conquistado na primeira bateria. Ele se recupera de uma lesão no ombro ainda não curada totalmente.

Para quem não se lembra, a Honda HRC ficou sem representantes para a etapa de abertura. Brian Bogers se recupera de uma fratura no pé sofrida bem no início da pré-temporada enquanto Tim Gajser fraturou a mandíbula em seu assustador acidente na Itália. Há um expectativa, ainda não confirmada, de que o esloveno esteja de volta na próxima etapa, dia 18 de março, na Holanda.


Pódio MXGP

MX2 - Quem poderá enfrentar Jonass?


Pauls Jonass

Além de Jorge Prado, que já comentamos mais acima e tem um equipamento em igualdade de condições, o GP argentino destacou alguns possíveis candidatos a vitórias e, por que não, em condições de lutar pelo título da MX2. Lembramos que a classe tem pilotos bastante jovens em plena evolução, que muitas vezes "desabrocham" ao longo do campeonato.

Na categoria o desenvolvimento de motor é fundamental. Ao contrário das motos 450 onde há uma certa "folga" na preparação dos motores, no Mundial MX2 não se chega a lugar nenhum sem encontrar todos aqueles cavalinhos possíveis nos 250cm3. É fato conhecido que a KTM tem o melhor motor da categoria e não foi nenhuma surpresa a marca irmã Husqvarna ficar com a segunda posição na Argentina pelas mãos de Thomas Kjer Olsen. O dinamarquês terceiro colocado em seu ano de estreia (2017) vem determinado na busca pelo título.


Thomas Kjer Olsen

Olsen completou a primeira volta em quinto e alcançou a terceira posição na nona de 19 voltas. Daí para frente, longe dos líderes, procurou apenas resguardar o posto. Na segunda bateria fez largada similar, mas subiu rápido à segunda posição ultrapassando Thomas Covington, Darian Sanauei e Dave Pootjes. Nesta bateria imprimiu um ritmo mais próximo ao de Jonass, mas não chegou a ameaçar o atual campeão.


Hunter Lawrence

Temos que comentar também sobre Hunter Lawrence que liderou mais da metade da primeira bateria com sua Honda satélite da 114 Motorsports de Lívia Lancelot. O australiano já tem contrato para correr nos Estados Unidos a partir de 2019 com a Geico Honda - inclusive a preparação de seu motor seria feita pelo time norte-americano - então se quiser conquistar o título mundial, essa é sua chance. Em 2017, pela Suzuki oficial, Lawrence cresceu bastante de produção, chegando a conquistar dois pódios no finals do ano. Vem determinado a buscar vitórias em 2018, mas na segunda bateria não conseguiu segurar um ritmo suficiente após largar em oitavo e alcançar a quarta posição, então foi superado pelo britânico Ben Watson na metade da corrida e pelo holandês oficial HRC Calvin Vlaanderen, na última volta. Mesmo assim o 2-6 de Lawrence valeram o terceiro degrau do pódio.


Ben Watson

Ben Watson é outro piloto para ficarmos de olho, foi quarto geral via 4-4 em sua estreia pela Kemea Yamaha. Suas recordações do circuito argentino não eram das melhores, já que ano passado quebrou o pé lá, mas ele mostrou velocidade desde o sábado quando foi terceiro colocado na classificatória.


Darian Sanayei

Darian Sanayei (DRT Kawasaki) liderou o início da primeira bateria e se segurou até a quarta posição quando foi obrigado a abandonar com a linha de combustível rompida. Voltou forte na bateria seguinte para a terceira posição.


Calvin Vlaanderen

Calvin Vlaanderen foi quem trombou com Jorge Prado na primeira bateria. O holandês caiu para quase último e completou em 18º. A quinta posição na segunda bateria foi um bom sinal do que pode fazer pela Honda HRC durante a temporada.


Jed Beaton

Por fim também temos de anotar a boa quinta posição geral do australiano Jed Beton, estreando sua primeira temporada completa no campeonato pela F&H Kawasaki.

Equipe Honda Brasil


Jetro Salazar

O time da Honda Brasil enviou seus quatro pilotos oficiais para a etapa. Infelizmente Lucas Dunka - que aterrissou em outro piloto - e Hector Assunção caíram forte no sábado e optaram, em acordo com a direção da equipe, por não largar no domingo.

Jetro Salazar foi o melhor sul-americano conquistando 5 pontos na segunda bateria da MXGP. Chegando na 16ª posição, Jetro correu num ritmo bastante próximo a Max Anstie, Tommy Searle e Arminas Jasikonis.


Gustavo Pessoa

Na MX2, Gustavo Pessoa fez 22-23 após uma queda no início da segunda bateria.

Vídeos







Resultados

P Nr MXGP Nat. Bike Race 1 Race 2 Total
1 84 Herlings, Jeffrey NED KTM 22 25 47
2 222 Cairoli, Antonio ITA KTM 25 22 47
3 25 Desalle, Clement BEL KAW 20 20 40
4 89 Van Horebeek, Jeremy BEL YAM 16 18 34
5 461 Febvre, Romain FRA YAM 18 16 34
6 21 Paulin, Gautier FRA HUS 15 15 30
7 24 Simpson, Shaun GBR YAM 10 14 24
8 33 Lieber, Julien BEL KAW 13 9 22
9 12 Nagl, Maximilian GER TM 8 13 21
10 259 Coldenhoff, Glenn NED KTM 11 10 21
11 100 Searle, Tommy GBR KAW 12 8 20
12 777 Bobryshev, Evgeny RUS SUZ 7 12 19
13 99 Anstie, Max GBR HUS 9 6 15
14 91 Seewer, Jeremy SUI YAM 14 0 14
15 77 Lupino, Alessandro ITA KAW 2 11 13
16 27 Jasikonis, Arminas LTU HON 6 7 13
17 128 Monticelli, Ivo ITA YAM 3 3 6
18 55 Irwin, Graeme GBR KTM 5 1 6
19 28 Salazar, Jetro PER HON 0 5 5
20 17 Butron, Jose ESP KTM 0 4 4
21 22 Strijbos, Kevin BEL KTM 4 0 4
22 7 Leok, Tanel EST HUS 0 2 2
23 152 Petrov, Petar BUL HON 1 0 1
24 179 Poli, Joaquin ARG HON 0 0 0
25 58 Carranza, Nicolas ARG HUS 0 0 0
26 175 Garrido, Victor ARG YAM 0 0 0
27 171 Luzzardi, Juan Pablo ARG KTM 0 0 0

P Nr MX2 Nat. Bike Race 1 Race 2 Total
1 1 Jonass, Pauls LAT KTM 25 25 50
2 19 Olsen, Thomas Kjer DEN HUS 20 22 42
3 96 Lawrence, Hunter AUS HON 22 15 37
4 919 Watson, Ben GBR YAM 18 18 36
5 14 Beaton, Jed AUS KAW 14 13 27
6 18 Brylyakov, Vsevolod RUS YAM 12 12 24
7 29 Jacobi, Henry GER HUS 16 5 21
8 57 Sanayei, Darian USA KAW 0 20 20
9 193 Geerts, Jago BEL YAM 9 11 20
10 10 Vlaanderen, Calvin RSA HON 3 16 19
11 61 Prado, Jorge ESP KTM 5 14 19
12 66 Larranaga Olano, Iker ESP HUS 10 9 19
13 426 Mewse, Conrad GBR KTM 15 2 17
14 98 Vaessen, Bas NED HON 7 8 15
15 64 Covington, Thomas USA HUS 11 3 14
16 747 Cervellin, Michele ITA HON 13 0 13
17 161 Östlund, Alvin SWE YAM 0 10 10
18 118 Rubini, Stephen FRA KTM 4 6 10
19 321 Bernardini, Samuele ITA TM 6 4 10
20 46 Pootjes, Davy NED KTM 2 7 9
21 811 Sterry, Adam GBR KAW 8 0 8
22 44 Lesiardo, Morgan ITA KTM 0 1 1
23 172 Van doninck, Brent BEL HUS 1 0 1
24 194 Vasquez, Javier CHL HON 0 0 0
25 891 Souza, Gustavo BRA HON 0 0 0
26 375 Seibel, Pablo Julian ARG HON 0 0 0
27 122 Bratschi, German URU HUS 0 0 0
28 276 Villaronga, Sergio CHL HON 0 0 0
29 833 Toro, Lautaro ARG KAW 0 0 0
30 133 Righi, Luciano ARG HUS 0 0 0
31 56 Weltin, Marshal USA HON 0 0 0









© 2000 - 2020 MotoX MX1 Internet