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Jean Ramos conta como foi sua primeira vez no AMA Supercross
Publicado em: 15/02/2012
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Após experiência nos Estados Unidos Jean Ramos retorna ao Brasil
Redação MotoX.com.br - Texto: Malu Souza - Fotos: Divulgação


Jean Ramos participou pela primeira vez do AMA Supercross


Paranaense competiu em seis etapas e por três vezes conquistou a classificação para o Main Event da categoria Lites Oeste
Quando o paranaense Jean Ramos decidiu encarar o desafio de disputar o AMA Supercross, nos Estados Unidos, em dezembro, não sabia bem o que iria encontrar. Seguindo o caminho de alguns outros brasileiros que buscaram êxito fora do país, sabia que não seria nada fácil, especialmente devido à diferença do tipo de prova realizada lá em comparação com as existentes no Brasil. O esforço de adaptação em vários sentidos seria grande. Mesmo assim, o piloto que é o atual campeão brasileiro de motocross na categoria MX2 e conta também com um título de campeão latino-americano no currículo, não desanimou e seguiu em frente.

Três meses depois, já se pode dizer que a história é outra. Jean evoluiu a cada etapa e garantiu a classificação para o Main Event da categoria Lites Oeste três vezes em seis participações. O melhor resultado do piloto na competição foi o 16º lugar na quinta fase, em Anaheim II. Ele também foi o 18º em duas oportunidades, em Phoenix e San Diego. Com os resultados somou 11 pontos alcançando o 25º lugar na classificação geral até o encerramento de sua participação, no último sábado.


"Meu desempenho foi melhorando a cada etapa. Fui ficando mais confortável e mais rápido ao longo das etapas."


Jean contou com o suporte de seu irmão Juliano Ramos
"Meu desempenho foi gradativo. Aqui tudo é bem diferente, então, primeiro tive que me adaptar, começar do zero e lidar com muitas outras variáveis que não estava acostumado. Meu desempenho foi melhorando a cada etapa. Fui ficando mais confortável e mais rápido ao longo das etapas. Eu vim aqui para aprender e aprendi muito, mas tudo necessita de algum tempo. Acredito que nesse pequeno período eu consegui evoluir e abrir os olhos de muita gente tanto no Brasil quanto aqui nos Estados Unidos", avaliou Jean.

Uma das principais diferenças sentidas pelo brasileiro foi o nível das pistas, completamente diferentes das existentes no Brasil. Elas exigem um grau de preparação muito alto e dificultam a vida de quem as encara pela primeira vez ou com pouca frequência. "No início foi difícil, não por não estar preparado e sim por não conhecer o cenário e como as coisas iriam acontecer. Isso me deixava muito nervoso, mas a cada etapa eu fui me soltando e minha confiança melhorando. Isso fez muita diferença e os resultados começaram aparecer. O nível é muito alto aqui. As pistas são bem difíceis e muito técnicas, então se você cometer um erro pode acabar visitando a enfermaria", descreveu.


"Se você não fizer um bom treino, corre o risco de ficar de fora do evento noturno e já uma má largada na Heat, diz adeus ao Main Event, então, os pequenos detalhes aqui fazem total diferença."


"Treinei com vários pilotos oficiais, então, aprendi várias formas de se treinar e como se treinar. São esses pequenos detalhes que irão fazer a diferença. Espero botar tudo isso em prática e evoluir muito."
Além disso, a concorrência neste tipo de evento é bastante grande, principalmente, porque a maioria dos pilotos que disputa o AMA já está mais acostumada com a maneira como as coisas funcionam. "O nível dos pilotos aqui é bem alto. Você não está correndo contra qualquer um. Você só está correndo contra os melhores do Mundo. Se você não fizer um bom treino, corre o risco de ficar de fora do evento noturno e já uma má largada na Heat, diz adeus ao Main Event, então, os pequenos detalhes aqui fazem total diferença", acrescentou o paranaense.

Somando tudo isso, a conclusão é que uma experiência internacional como essa, pode trazer ganhos incalculáveis aos pilotos brasileiros. A troca de conhecimento e o fato de enfrentar suas limitações e seus medos e, com isso, obter um ganho de confiança muito maior pode engrandecer e muito o nível de pilotagem. "Vai fazer muita diferença daqui pra frente. Talvez demore de três a seis meses. Trabalhei com Ryan Hughes na parte física aqui e sempre quando treinava tentava aprender algumas coisa e treinei com vários pilotos oficiais, então, aprendi várias formas de se treinar e como se treinar. São esses pequenos detalhes que irão fazer a diferença. Espero botar tudo isso em prática e evoluir muito."

Os planos iniciais do brasileiro eram de fazer a pré-temporada nos Estados Unidos, com a disputa das seis primeiras etapas do AMA. Com a missão cumprida, ele esperava parcerias para saber se continuaria em solo norte-americano ou se voltaria ao Brasil para a disputa dos campeonatos nacionais. "A Pirelli já confirmou o total apoio, mas ainda não tenho nada definido. Fiquei feliz, pois muitas equipes me procuraram. Isso foi um grande reconhecimento pelo que eu fiz". Como as possibilidades de continuar nos Estados Unidos não se concretizaram, Jean retornou ao Brasil nesta quarta-feira, logo após este relato ao MotoX. Seu futuro nesta temporada ainda não está definido, mas o caminho mais provável são as competições nacionais. "Queria agradecer a todos os brasileiros e fãs do esporte que me acompanharam torceram e vibraram comigo em cada momento e também aos meus patrocinadores Pirelli, JMR Escola de Motocross, MR Pró, Fox, 5inco e TBT Racing", finalizou o piloto.








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