Piloto brasileiro é o entrevistado dessa semana no "Privateer Profile"
Após seu melhor resultado no AMA Motocross (confira matéria da prova) o piloto mineiro Antônio Jorge Balbi saiu nesta quarta-feira, 24, como destaque na coluna "Privateer Profile" do site norte-americano Racer X.
Para conferir a entrevista em inglês acesse:
http://www.racerxill.com/articles/detail/3541/privateer-profile-antonio-balbi.aspx.
Atualizada 17:47h de 25/07 - Abaixo a tradução da entrevista realizada pela assessoria de imprensa do piloto, Yes Sports.
Entrevista de Balbi ao RacerX (traduzida) Tradução: Equipe Yes Sports
Perdido entre todo o (merecido) hype dos privados Cody Cooper e Sean Hamblin está o sólido piloto Antônio Balbi, que faz parte da Equipe Moto XXX/Tamer´s. O brasileiro de 26 anos teve uma temporada muito boa no Supercross, onde conseguiu a 5ª colocação no Daytona Supercross. Agora, ele continua em uma fase muito boa, tendo sua melhor temporada também no motocross. Ele é o 12º colocado no AMA Motocross e conseguiu a melhor posição de sua carreira no circuito de Unadilla, com um incrível quinto lugar. Por isso, um Perfil Privado com o “Brazilian Bomber” nos pareceu mais do que apropriado.
Racer X: Balbi, você acaba de conseguir o melhor resultado da sua carreira na temporada outdoor. Pode me contar um pouco da sua temporada Jorge Balbi: Sim. As coisas finalmente têm dado certo pra mim. Comecei a temporada outdoor 100% e fui muito bem em Glen Helen, mas no fim de semana seguinte, em Hangtown, eu bati e fraturei o meu dedo. Eu não consegui fazer nenhum ponto lá, foi terrível.
No Texas eu comecei a pilotar bem de novo mas, a mudança começou mesmo no Colorado. Eu estava 100% novamente, mas estava largando muito mal. Mas depois que eu comecei a acertar as largadas, tudo tem sido excelente. Em Red Bud, eu deveria ter terminado entre os 10 primeiros nas duas baterias, mas eu bati na primeira bateria quando estava em sexto ou perto disso. Na segunda bateria eu terminei em oitavo e foi ótimo. Em Budds Creek eu fui 11º e ok.
No último final de semana foi minha melhor corrida, na minha pista favorita. Eu não sei o que acontece, mas eu sempre me sinto muito confiante em Unadilla. Quando terminei em 8º na primeira etapa, eu fiquei bem, mas pensei que eu poderia ter feito melhor, entende?
Então quando começou a chover eu fiquei muito feliz. Todo mundo estava ficando desesperado e eu ouvia os pilotos falando entre si que a pista iria ficar horrível, mas eu estava muito feliz dentro do capacete. Eu sei que sempre me dou bem na lama, e acho que a razão é que fico confiante na lama. Eu só me divirto e acho que muito disso é psicológico, quando se trata de lama.
Eu não tive uma ótima largada, fiquei em 12º ou algo do tipo, mas eu disse a mim mesmo que ia ter uma longa corrida e que eu deveria apenas me divertir. Eu não bati durante toda a bateria, continuei ultrapassando os caras e lá pro final eu estava no 5º lugar e o (Tim) Ferry sofreu uma batida faltando duas voltas para o final, e daí eu fiquei em 4º. Foi minha melhor chegada e eu celebrei como se eu tivesse vencido a prova! Eu estava muito feliz.
Racer X: O que há de especial em Unadilla que a faz ser sua pista preferida? Você deve ser o único cara que diz isso. Balbi: É um circuito muito “natural”. E é isso que o motocross deve ser. Muita terra, subindo e descendo morros. Isso que é motocross. A maioria dos caras cresceu com pistas macias e traçados bem desenhados. Eu cresci treinando no Brasil, onde tem saltos naturais, terra e morros. Eu sou bom nas pistas de alta velocidade e nos morros. Minhas duas pistas favoritas são Unadilla e Glen Helen. Eu não sei bem ao certo porque os caras não gostam!
Racer X: Essa tem sido a sua melhor temporada, tanto no supercross como no motocross. Porque você acha que está sendo assim? Balbi: Bom, tem várias razões. Primeiro, eu venho treinando por um longo tempo sem nenhuma ajuda, em um estilo totalmente privado. Eu acho que o mais importante tem sido a Moto XXX. Eles têm sido um grande time para mim e me permitem preocupar apenas em treinar e correr. Tem um monte de gente por trás de mim, me ajudando e tentando me fazer melhor cada vez que vou para a pista. Eu nunca tive isso antes. Eu ia dirigindo para as corridas, além disso estava sempre levando meu mecânico nos lugares para pegar equipamento ou fazendo o que eu podia fazer para facilitar as coisas para ele.
Não é que eu não tivesse trabalhado muito antes, mas agora eu estou mais focado na corrida. Eu não tenho uma moto de fábrica ou um salário. Na verdade, eu não recebo nenhum salário, só o pagamento das minhas despesas e um programa de incentivo, mas eu sei que a minha moto vai estar lá em perfeitas condições, com o time todo por trás de mim. Allan Brown tem me dado uma grande ajuda, além disso, ele tem sido um ótimo cara nesse tempo todo que tenho trabalhado com ele. Ele tem estado ao redor por um longo tempo e isso ajuda em tudo. Todas essas coisas tem feito uma diferença pra mim esse ano.
Racer X: Obrigado, Jorge. E eu te vejo esse fim de semana. Balbi: Eu é que agradeço. Estou muito agradecido a Moto XXX e eu espero trabalhar com eles no próximo ano ou mesmo com uma equipe de fábrica! (risos) Eu quero agradecer ao meu primo, Max Balbi, que é meu mecânico, a Moto XXX e Tamer, Honda, Akrapovic, Race Tech, Sidi, O’Neal, Scott e também quero agradecer demais ao Ian Martel, por ter me deixado ficar em sua casa esse ano.