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GP Brasil Parte 2 - Pilotos
Publicado em: 10/04/2014
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Entrevistas GP Brasil 2014 - Pilotos
Redação MotoX.com.br - Por Edu Erbs e Carolina Arruda - Fotos: Carolina Arruda / Maurício Arruda

Dylan Ferrandis - CLS Kawasaki

Quem assistiu o GP Brasil de 2012 ali perto da área da chegada deve lembrar de Dylan Ferrandis. Não pelo seu desempenho ou resultado, mas porque ele foi o cara atropelado por Tommy Searle na rampa de chegada. Nesses dois anos Ferrandis passou de coadjuvante retardatário para forte candidato a pódios e vitórias. Conversamos com o francês após a segunda bateria no Beto Carrero.


Dylan Ferrandis

Oi! Eu sou o Dylan Ferrandis, da Kawasaki. Tenho 19 anos. Terminei o GP com a quarta colocação.
Briguei pela liderança do GP, mas cai durante a prova. Então estou um pouco desapontado.

Como foi a mudança de equipe e a diferença no equipamento?

Tem uma diferença grande, por que no ano passado eu estava em uma equipe privada. Agora eu tenho um patrocínio de fábrica. Então, sim, tem uma grande diferença da minha moto do ano passado, em relação a suspensão e mecânica. É surreal.

Com a ausência de Herlings aumentou a pressão para somar pontos?

Ah, sim. Este final de semana tinha uma expectativa, não porque ele não está aqui, mas porque eu quero vencer e se eu não vencer é ruim para mim. Briguei pelos dois últimos GPs: ganhei uma bateria no Catar, ganhei a classificatória na Tailândia. Então eu estava esperando vencer aqui também. E na próxima etapa, ele já estará de volta. Então a pressão não é porque Herlings está fora, mas sim porque eu quero vencer.


A vitória numa bateria no Catar mexeu com sua confiança?

Bastante, por que antes da primeira etapa você não sabe se está realmente bem - se tem um bom ritmo, se está fisicamente bem preparado. E no Catar eu vi que estava pronto, que podia vencer mais baterias.

A chuva afetou muito sua segunda bateria aqui no Brasil?

Não teve chuva mesmo durante a bateria, mas antes choveu bastante. Acho que foi por isso que cai duas vezes. O que me chateou. Estava escorregadio, mas estava ok. A pista este final de semana estava bem legal. E a chuva não foi um grande problema.

Veja também:


Assista ao clipe do MXGP Brasil 2014 na MotoX TV




David Philippaerts

O campeão mundial de 2008 pela Yamaha Rinaldi continua firme e forte no campeonato. Trocou a satélite Honda Gariboldi de 2013 para montar a própria equipe privada correndo de Yamaha. As expectativas também mudaram e são bem mais modestas em relação à epoca que competiu com motos oficiais e lutava pela vitória. Mas o piloto de 30 anos parece feliz em continuar sua jornada no campeonato. Sua última vitória foi em 2011, aqui no Brasil, em Indaiatuba (SP).


David Philippaerts

Como está sendo esse início de temporada com três corridas fora da Europa?

O calendário da temporada está bom. Eu gosto desse começo com as corridas no Catar, Tailândia e Brasil. São lugares onde temos um bom clima. Mas para os times é difícil para enviar as motos e o restante do material. É mais difícil para as equipes. Para os pilotos não muda muita coisa. Tem também os jet lags. Mas, você começa a se acostumar três, quatro dias antes da corrida.

Então o corpo se recupera até a corrida. Não é um grande problema. O problema é que nessas três etapas, nós enfrentamos um clima bem diferente da Europa que agora está bem fria. O Brasil para mim é o melhor país para competir fora.

Fale-nos sobre o novo equipamento da Yamaha?

Na minha moto, foi mudado o motor. Nós mudamos também algumas coisas no chassis, agora usamos bastante carbono. Usamos suspensões padrão de produção, mas internamente um pouco diferentes, com muitas peças de fábrica. Usamos rodas diferentes, usamos diferentes peças internas. Mas também não é tão diferente da moto de fábrica (standart). Não mudamos tanta coisa.


E quais são suas expectativas para o ano?

Espero estar entre os dez melhores pilotos porque é uma nova equipe para mim. Mudamos bastante coisa, tenho que trabalhar mais agora como piloto e chefe de equipe, mas espero o melhor para essa temporada. As duas primeiras corridas, Catar e Tailândia, não foram muito boas, mas acho que começamos mesmo agora com o Brasil.

Enfrentou problemas com a gasolina na Tailândia?

Todos os times tiveram o mesmo problema na Tailândia porque não foi possível entrar com a gasolina no país. E é bem diferente do combustível europeu. Afetou o motor, tivemos que trabalhar a ignição e tudo mais.

Nos preparamos para usar o combustível europeu e não o de outros países, assim como o Brasil também tem um combustível diferente. O principal problema foi que não pudermos entrar com a gasolina.

O que acha da pista no Beto Carrero?

Para mim é uma das melhores pistas. Por que eu gosto? Todo ano quando eu venho, tenho bons resultados. Eu gosto bastante. Temos bons pulos, boas linhas, boas curvas e ótimos fãs!



Glenn Coldenhoff - Rockstar Energy Suzuki MX2 Europe

Holandês, como Jeffrey Herlings, Glenn Coldenhoff despontou no campeonato em 2013, ano em que conseguiu vencer seu primeiro GP (na Inglaterra, Materley Basin). Trocou a Standing Construct KTM de 2013 pela oficial Rockstar Energy Suzuki MX2 em 2014. É o seu último ano na categoria, já que em 2014 sobe para a MXGP por força do regulamento.



Glenn Coldenhoff

Olá, eu sou o Glenn Coldenhoff, tenho 23 anos e estou correndo pela Rockstar Energy Suzuki Europe.

Nesses dois anos você conquistou bons resultados aqui no Brasil. É um lugar especial para você?

Com certeza, é um país especial para mim. O ano passado eu venci a bateria classificatória e esse ano de novo. E agora venci a segunda bateria da MX2. Nunca tinha vencido uma bateria antes. Então foi bem legal.

Como foi a adaptação com a moto e equipes diferentes?

A Suzuki é ótima. Digo, é incrível. A suspensão é boa, a mecânica é boa. Eles fizeram a moto que eu queria. E isso é muito importante. Estou feliz com a Suzuki agora.

A chuva afetou sua corrida?

Na verdade a chuva foi ok. Ontem (dia das classificatórias), a chuva foi um pouco pesada, e os sulcos ficaram bem fundos, mas na verdade eu gostei um pouquinho da chuva de hoje. De qualquer forma, tudo correu bem.


O que você pensa sobre suas chances de superar Jeffrey Herlings.

Isso será bem difícil, com certeza. Ele é bicampeão mundial, e não por acaso. Ele é muito forte e tenho certeza que vai voltar tão forte quanto. Somos bons amigos, falo bastante com ele e vamos treinar juntos essas semanas antes do GP da Itália. Mas acho que ele vai voltar para vencer, com certeza.

O melhor e o pior do Brasil?

Vamos começar pelo pior.. o pior é que aqui sempre temos que ficar de olho na previsão do tempo, nunca sabemos como vai ser. Com certeza, essa é a pior coisa. A melhor coisa... bom, eu gostei bastante aqui do parque, o Beto Carrero World. Estive lá na sexta-feira, é a terceira vez que venho ao Brasil, mas nunca tinha ido lá. E, claro, gostei muito do parque. É muito legal.

No seu box havia um aviso "Hoff don't sell anything". O que acha do comércio que rola nos boxes aqui no Brasil?

É bem estranho. Em nenhum outro GP os fãs querem comprar nossas coisas. Mas aqui no Brasil eles querem comprar, e querem comprar tudo! Acho que isso também torna o Brasil tão especial. Mas eu não vendo nada, tenho ótimos patrocinadores, a Fox, por exemplo e eles não vão ficar felizes se eu vender algo. Às vezes eu dou alguns presentes, coisas para os fãs de verdade. Mas eu tenho que me prevenir e saber que terei o material suficiente para as semanas seguintes. É isso.

A pergunta que fizemos a todos: o novo calendário com três etapas fora da Europa. Como isso afeta o campeonato?

Não acho que mude muita coisa. Só no último GP da Tailândia, que tivemos problema com o combustível diferente. Acho que isso afetou as motos de alguma forma e talvez o resultado. Mas no Catar tudo correu bem, assim como no Brasil. Mas, de qualquer forma, acho que é a mesma coisa para todo mundo: seguir em frente e ver no que dá.



Livia Lancelot - MX2 Kawasaki

Livia foi campeã mundial feminina em 2008. Depois ficou dois anos sem participar do campeonato quando a Youthstream desligou as corridas femininas da corridas MX1 e MX2 e agregou a categoria ao extinto campeonato MX3. Nesse período continuou participando do campeonato francês onde acumula quatro títulos. Ela foi a segunda mulher a marcar pontos no campeonato masculino este ano no GP da Tailândia. Mariana Balbi foi a primeira em Canelinha 2009.


Livia Lancelot

Sou a Livia Lancelot, tenho 26 anos, francesa.

É muito diferente competir contra os homens?

É claro que existem diferenças. Aqui, quando eu estou competindo com os rapazes, eu não penso em ganhar a corrida. Eu só penso em melhorar meu ritmo, tento acompanhá-los e alcançar a mesma velocidade.

Quando estou competindo com as garotas, eu corro para vencer. Quando se trata do campeonato mundial feminino, estou lá para ser a campeã mundial. Hoje, aqui, meu objetivo é aperfeiçoar minha pilotagem.


Quais são os campeonato que você participa?

Na verdade, eu corri duas etapas da MX2, Tailândia e Brasil. Mas meu foco é o campeonato mundial feminino. Venci uma bateria no Catar e na outra fui a terceira, não fui tão bem por conta de uma lesão do ano passado. Também vou correr pelo campeonato francês.



Aleksandr Tonkov - Wilvo Nestaan Husqvarna Factory Racing

Depois de duas temporadas  competindo com Honda satélite, o piloto russo finalmente chegou à sua primeira equipe de fábrica. Fez sua primeira corrida no Mundial em 2010 e já representou seu país em duas vezes no Motocross das Nações. Conversamos com com Tonkov no sábado antes das classificatórias e ele foi muito simpático e natural nas respostas, conversou como se fossemos velhos conhecidos.



Aleksandr Tonkov

Olá Aleksandr, por favor se apresente aos fãs brasileiros.

Olá, Brasil! Sou o Aleksandr Tonkov! Tenho 21 anos. E eu corro para a Husqvarna. Bem... é minha segunda vez no Brasil agora. No ano passado foi bem legal, o tempo não estava tão quente. Não posso dizer que gosto do clima aqui, porque eu sou da Sibéria. É bem frio lá. Então, eu não gosto muito de climas quentes... mas agora eu já lido melhor com isso. Me sinto melhor no calor. Eu espero que o tempo continue bom, sem chuva. Porque eu vi na previsão que talvez chova, mas todos esperamos que continue bom.

Você mudou de Honda para a Husqvarna. Como foi a adaptação para uma moto diferente?

Na verdade, eu nunca tinha competido com motos europeias. Sempre estive com motos japonesas.
Pra dizer a verdade, me surpreendi com o quão é fácil pilotá-las. E sobre a força do motor, com certeza, a moto é bem forte. E agora eu gosto bastante da moto. No começo eu sofri um pouco com os ajustes, o acerto geral, configurações e coisas do tipo até chegar aos ajustes que eu gosto. Mas agora eu sinto que já estou bem adaptado.

Especialmente nos EUA, há um grande debate sobre as diferenças entre o quadro de alumínio e o de aço. Você pode nos falar sobre as diferenças, sobre o que gosta mais?

Na verdade isso é engraçado, a primeira vez que ouvi sobre isso estava assistindo ao Supercross e falaram muito sobre isso, quadro de aço, quadro de alumínio... e fiquei pensando... perguntei ao meu mecânico qual o tipo de quadro eu tenho? "Aço". E qual o outro tipo? "Alumínio". Oh! Eu nem sabia que havia tipos diferentes de quadro. Então não posso falar muito sobre essas diferenças. Sei que tive um pouco de trabalho para encontrar meu acerto, mas agora me sinto muito bem com a moto. Só posso dizer que o quadro é bom! (risos)


Agora o Herlings está fora por enquanto e o campeonato aberto. Quais são suas expectativas e as expectativas de sua equipe?

Na verdade, a situações sobre o tombo do Jeffrey... eu vi a queda, foi bem na minha frente. Em relação ao campeonato, eu espero que ele se recupere logo e volte a correr. Mas para mim continua praticamente a mesma coisa, eu vim para me divertir e fazer meu trabalho. E mesmo o time, eles não tem expectativas diferentes. Todos nós apenas fazemos nosso melhor e nos divertimos. Por outro lado, agora é como se tivessemos mais possibilidades de vencer, é assim para todo mundo. Nós temos uns seis, ou talvez dez caras... todos com chance de vencer. É bem louco, todo mundo vai dar o máximo.

E o que você achou da pista, já teve a chance de checá-la? 

Olhei a pista ontem. Assim como no ano passado, gostei bastante do circuito. Pulos legais, é bastante divertido. Um pouco diferente do estilo das pistas europeias. Está um pouco enlameado hoje, mas acho que vai secar e abrir linhas diferentes. Gostei bastante dos pulos, acho que será divertido.

Última pergunta. Com o novo calendário iniciando com três corridas longe, como isso afeta sua preparação, tempo de viagens.

É agora temos cinco corridas assim. As três primeiras e também as duas últimas (Brasil e México).
Sobre as três primeiras, estou gostando, gosto de descobrir coisas diferentes, apesar de não termos muito tempo para sair ou passear. Mas foi legal passar pelo Catar, Tailândia e agora aqui no Brasil.

Sempre foi um sonho meu vir ao Brasil, descobrir como era, agora estou aqui pela segunda vez. Mas claro, nem tudo é fácil, você enfrenta os jet lags e nós temos que voar bastante para essas etapas. É bem difícil, mas esse é o nosso trabalho.







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