X Fechar
foto

X Fechar
foto
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais
Clique e saiba mais


>Entrevistas > Entrevistas

Firmo Alves e Renan Loubak - os candidatos à presidência da CBM
Publicado em: 27/07/2011
Clique e saiba mais

Candidatos apresentam suas propostas para a entidade 
Redação MotoX.com.br - Texto: Malu Souza / Maurício Arruda - Fotos: Maurício Arruda


Renan Loubak e Firmo Alves são os dois únicos candidatos à presidência da Confederação Brasileira de Motociclismo

No próximo dia 12 de agosto, será eleita a nova presidência da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) que irá comandar a instituição pelos próximos quatro anos. O momento que a entidade atravessa é atribulado já que o presidente anterior, Alexandre Caravana, foi destituído do cargo por conta de problemas na prestação de contas referentes ao ano passado. Com isso, o vice-presidente Assis Aquino, assumiu o posto até o início da próxima gestão.

Duas chapas concorrem este ano à administração. Na chapa Renovação o candidato é Firmo Henrique Alves, atualmente no comando da Federação do Estado do Mato Grosso do Sul (FEMEMS), que tem como 1º vice Roberto Boettcher, hoje presidente da Federação de Motociclismo do Estado de Goiás (FMG) e 2º vice Juvenal Alves dos Santos, presidente da Federação Sergipana de Motociclismo (FSM).

Na chapa União, o candidato é Renan da Silva Loubak, presidente da Federação Capixaba de Motociclismo (FECAM), que está acompanhado de dois outros integrantes da entidade como primeiro e segundo vices, respectivamente, Everaldo Correa da Silva e Gilberto Siepierski.

Os dois candidatos expuseram suas propostas nesta entrevista ao MotoX. As perguntas foram enviadas a ambos na mesma data, por e-mail. Esta é uma oportunidade para que os leitores conheçam melhor os planos de cada um para o futuro da instituição, as propostas para que a CBM retome o respeito e a credibilidade diante de parceiros, associados e patrocinadores.


Firmo Alves é presidente da Federação de Motociclismo de Mato Grosso do Sul
MotoX: Como teve início sua ligação com o motociclismo?
Firmo Alves: Entrei no esporte pela porta da frente. Desde a minha infância sempre fui um apaixonado pelo Motociclismo Esportivo e isso irá me acompanhar para sempre. Como piloto, fui campeão estadual de enduro e também participei de algumas etapas do Estadual de Motocross. Depois, fui diretor e presidente de moto clube, diretor de competições da FEMEMS e duas vezes vice-presidente da FEMEMS. Assumi posteriormente a presidência da FEMEMS, e me tornei Comissário Técnico da FIM e da CBM, até fazer parte, atualmente, da diretoria da entidade.

Renan Loubak: Eu era piloto de bicicross, em 1981 fui assistir a uma corrida de motocross e até hoje estou no motociclismo. Há três décadas atuo no esporte como chefe de equipe, piloto de motocross e presidente do Motoclube de Cariacica. Hoje sou promotor de eventos esportivos, vice-presidente da CBM e atual presidente da FECAM.

MotoX: A CBM está passando por um período difícil com a conturbada saída do ex-presidente Alexandre Caravana. Você está preparado para assumir uma instituição nessa situação?
Firmo Alves:
Não é de hoje que estou estudando formas de termos uma CBM melhor. As dificuldades são imensas, sem dúvida, mas nada que um grupo com boa vontade e bem intencionado não possa solucionar. Em um curto período de tempo poderemos ter uma nova e forte CBM.


Renan Loubak é presidente da Federação Capixaba de Motociclismo
Renan Loubak: Estou há trinta anos no motociclismo, sei que a tarefa não e fácil, mas estou preparado para encarar este desafio.

MotoX: Qual é sua principal proposta para a entidade?
Firmo Alves:
O nosso objetivo primordial, obviamente, é transformar a CBM atual. Mesmo com o nome um pouco desgastado da entidade, temos uma marca que ninguém e nenhuma empresa poderá ter que é o ‘Campeonato Brasileiro’. Esse nome é vendável e é muito forte, então, com isso teremos uma nova CBM, respeitada e atuante. Para que isso se torne realidade, temos sim, inúmeras propostas. Vamos administrar a entidade com transparência financeira, respeitando os pilotos, associados (federações), público e patrocinadores. Precisamos investir na ampliação do patrimônio da CBM, que foi dilapidado nos últimos anos, e ter uma visão direcionada à qualidade, estruturação e organização do motociclismo nacional. Vamos também captar mais patrocinadores, atraindo empresas privadas, empresas de capital misto e o governo, o que fortalecerá o nosso motociclismo e aumentará a participação do Brasil no contexto internacional.

Renan Loubak: Trabalhar integralizando as Federações, pilotos e patrocinadores e assim contribuir para o crescimento do esporte em nosso país.

MotoX: Qual caminho a CBM deve seguir para evoluir, não só no plano administrativo, mas também no nível das competições e dos competidores?
Firmo Alves:
Precisamos incentivar a criação de categorias de base nos Estados, pois é desse fomento que surgem os novos talentos. Além disso, vamos criar o Código de Justiça Desportiva do Motociclismo. Outra função que pode ser feita pela CBM é a de viabilizar patrocínios para as Federações Estaduais, seja na esfera pública ou privada, através da Lei de Incentivo ao Esporte, emendas parlamentares, com metas de crescimento e criação de novos campeonatos.

Renan Loubak: Realizar os campeonatos em todas as modalidades, inclusive as que não estão sendo realizadas, com mais divulgação e profissionalismo.

MotoX: Qual será sua primeira resolução caso vença a eleição?
Firmo Alves:
Sanear as dívidas da CBM. Isso é o que a CBM precisa de imediato.

Renan Loubak: Negociar as dívidas da CBM com os credores, buscando uma reestruturação para a entidade.

MotoX: Especificamente nas modalidades off-road, você já tem planos para cada um delas?
Firmo Alves:
Cada modalidade deve ser tratada por igual e com o mesmo respeito. Na antiga gestão isso não acontecia. Quero atrair patrocínios para essas modalidades para que elas evoluam cada vez mais.

Renan Loubak: Criar comissões dando mais autonomia para que dessa forma consigam capitalizar recursos que contribuam para seu crescimento.


Firmo Alves encabeça a Chapa Renovação ao lado de Roberto Boettcher (FGM) e Juvenal Alves (FSM)
MotoX: Com relação ao motocross, como você enxerga o formato do campeonato nacional?
Firmo Alves:
O motocross deve ser realizado de forma profissional e não de forma amadora, como é feito até os dias de hoje. Quero criar e apoiar as categorias de base, porque é dali que se criam novos pilotos. Criar um calendário fixo, que sofra o mínimo de alterações e apenas em casos extremos. Criar uma assessoria de marketing para desenvolver projetos de patrocínio específico para os pilotos. Trazer com urgência a transmissão de TV, para que o motocross seja visto e reconhecido internacionalmente como um dos principais esportes praticados em nosso país. Quanto ao regulamento, claro, precisamos tirar o que está errado, adequar o que está mais ou menos, e acrescentar o que esteja faltando. Com isso, atrairemos novos patrocinadores, novos pilotos e novos meios de comunicação para a própria CBM e para os pilotos.

Renan Loubak: O atual campeonato tem sete categorias, acho muito extenso e pouco tempo para preparação e manutenção de pistas, e na questão de premiação e divulgação, precisamos melhorar muito ainda.

MotoX: Enxugar a quantidade de categorias não seria um caminho para a profissionalização?
Firmo Alves:
Pode ser. Mas isso precisa ser analisado com muita calma para não prejudicarmos os pilotos ou o próprio campeonato. Em relação a esse ponto, só tomarei a decisão depois de conversar exaustivamente com a ABPMX, com patrocinadores, com as Federações que já fazem etapas dessa modalidade e com a minha comissão técnica de motocross.

Renan Loubak: Minha proposta é exatamente neste sentido. Enxugar algumas categorias, transferindo as categorias 65 cc, 85cc, Nacional e MX4 para o Campeonato Brasileiro Júnior de Motocross, dessa forma ficaríamos com as categorias MX2, com uma bateria de 30 minutos mais duas voltas, a MX1 (duas baterias de 30 minutos mais duas voltas e a MX3 (uma bateria de 20 minutos mais duas voltas).

MotoX: O enduro tem muitos praticantes, mas não consegue ter um campeonato nacional consistente. Como a CBM pode mudar este quadro?
Firmo Alves:
O enduro é tratado com muito amadorismo. Hoje ele não tem patrocínios e muito pouco apoio. Irei em busca de um patrocinador forte e tratarei o enduro com todo o respeito que ele sempre deveria ser tratado. Criarei a Comissão Nacional de Enduro e, com isso, farei um campeonato mais voltado para os pilotos e um futuro patrocinador.


Renan Loubak representa a Chapa União ao lado de Everaldo Correa da Silva e Gilberto Siepierski, ambos da FECAM
Renan Loubak: Dando apoio às Federações que realizam as etapas para buscarem mais recursos junto ao Governo Estadual e Federal, no sentido de viabilizarem ajuda de custo para os pilotos, já que o Campeonato não conta com premiação.

MotoX: Você tem algum plano para contribuir com o trabalho das Federações Estaduais?
Firmo Alves:
Muitos. Os principais são o respeito, a transparência administrativa e a transparência financeira. A CBM só se justifica pela existência das Federações Estaduais de Motociclismo, e é assim que devemos trabalhar. Devemos ter uma administração voltada para os nossos associados, e não o contrário, como vinha sendo feito. Vamos criar linhas de patrocínio direto para as Federações. Vamos criar Seminários para as pessoas que atuam nos Estaduais, melhorando com isso a capacitação técnica em todos os Estados, e, conseqüentemente, em nosso país.

Renan Loubak: Buscar recursos não só com o Governo Estadual e Federal, mas também com a iniciativa privada.

MotoX: E por outro lado, como as Federações Estaduais podem ajudar o trabalho da CBM?
Firmo Alves:
As Federações são braços da CBM nos Estados e é sempre assim que a entidade deve visualizá-las. Não podemos nunca passar por cima delas nessas situações. A CBM necessita de parceria nas realizações dos Campeonatos Brasileiros e, além disso, são as federações que criam novos pilotos e formam novos técnicos para trabalhar pelo motociclismo nacional.

Renan Loubak: Fortalecer seus campeonatos para que desse modo profissionalizem mais seus pilotos.

MotoX: Quais as maiores dificuldades esperadas para o início da gestão?
Firmo Alves:
Recuperar a confiança de todos na entidade máxima do motociclismo brasileiro. O nome da CBM está desgastado devido aos erros fatais de má gestão. Existe uma grande dívida deixada pelo penúltimo gestor e isso deve ser sanada o mais rápido possível para termos credibilidade política, técnica e financeira.

Renan Loubak: Sem dúvida com relação a parte financeira da instituição.

MotoX: Quais os planos para a relação entre a entidade e os patrocinadores, já que alguns dos mais importantes deixaram de apoiar a CBM recentemente?
Firmo Alves:
Vamos trabalhar duro para manter os patrocinadores atuais, mas também para trazer de volta os que perdemos. Além disso, precisamos atrair novas empresas para apoiar a nossa entidade e os nossos eventos.

Renan Loubak: Tentar resgatar estes patrocinadores e buscar outros com projetos enfatizados no marketing esportivo.

MotoX: Atrair patrocinadores de outros seguimentos ajudaria o desenvolvimento do motociclismo. Como tornar isto uma realidade?
Firmo Alves:
Isso já é uma realidade em algumas Confederações. O que falta para isso acontecer na CBM é capacidade técnica pra tal. Pretendo tratar desse assunto pessoalmente, sendo assessorado por uma grande e competente equipe de marketing. Já estou tendo algumas reuniões com algumas empresas e espero assim que tomar posse atraí-las para os nossos eventos. Temos todos os ingredientes para isso acontecer. O motociclismo é um show. Temos público e pretendo ter uma mídia forte, isso atrairá os patrocinadores. Trabalhando com seriedade, persistência, competência, transparência e honestidade, faremos com que a verba investida na entidade seja bem direcionada e administrada. O nosso objetivo não só é levar o motociclismo ao lugar de onde ele nunca deveria ter saído, mas também galgar passos maiores, firmando posição nos grandes veículos de comunicação do nosso país.

Renan Loubak: Sem dúvida, penso que seria muito importante, já que em outras gestões já tivemos a Mate Leão e a Kolynos, patrocinando etapas do Campeonato Nacional de Supercross.

MotoX: Obviamente, depois desse período conturbado, surgirão muitas cobranças com relação à nova gestão. Como pretende lidar com isso?
Firmo Alves:
Com tranquilidade. Tenho bastante experiência em gestão esportiva e o cargo que ocupo há sete anos de adjunto da pasta de esportes do Estado de Mato Grosso do Sul me proporcionou bastante experiência em gestão esportiva, e também um grande trânsito com políticos nacionais e empresários envolvidos com esportes. Quero usar essa minha experiência e direcionar para a evolução da CBM. Vou me dedicar com afinco nessa nova empreitada, e tenho a certeza de que contribuirei substancialmente para o engrandecimento do motociclismo. Quero sair da CBM pela porta da frente e ser lembrado como uma pessoa que dedicou grande parte da sua vida ao motociclismo e que contribuiu positivamente para o crescimento do motociclismo em meu país.

Renan Loubak: Com muito trabalho e transparência junto às Federações, imprensa, pilotos e patrocinadores.






© 2000 - 2020 MotoX MX1 Internet