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Hidratação x desempenho na corrida
Publicado em: 14/04/2011
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Guia MotoX de Preparação Física
Redação MotoX.com.br - Por Roberto Cesar de Oliveira e Isabela Guerra* - Fotos: Maurício Arruda


Muitos pilotos do Mundial de Motocross utilizam um sistema que permite a ingestão de liquidos durante a prova

Hidratação x desempenho na corrida


Baterias duram cerca de 40 minutos, período em que devem ser ingeridos 300 ml 
Todos sabemos da grande importância de uma boa hidratação nos períodos de treinamento, bem como nos dias de corrida. Complementando a nossa coluna de preparação física no motocross, solicitei à nutricionista que trabalha conosco, dra. Isabela Guerra, para responder as principais questões que dizem respeito ao motocross de forma resumida e atualizada.

1- A que se deve o aumento da temperatura corporal dos pilotos durante a corrida?
O aumento da temperatura corporal durante a corrida se deve ao ganho de calor através do ambiente, do tipo de vestimenta utilizada e da produção de calor do organismo. Portanto, as condições climáticas e o exercício em si irão afetar tanto o balanço hídrico quanto o de eletrólitos, que deverão ser restabelecidos após o término da corrida. A desidratação causada pelo exercício (competição) está associada ao aumento da temperatura interna, redução da função cardiovascular e comprometimento do desempenho do piloto.

2- Quais conseqüências o piloto desidratado pode ter durante as corridas?
Durante o exercício (treino ou competição) é preciso evitar a desidratação consumindo uma quantidade de líquidos. Isto normalmente é um problema já que a sede não é um bom indicador das necessidades hídricas. Geralmente, quando estamos com sede é porque nosso organismo já está com um déficit de líquidos de 2% do peso corporal. Com a perda de 5% do peso corporal através do suor, o desempenho diminui em cerca de 30% . Se a desidratação persistir com perda de água superior a 7% , teremos possíveis câimbras, queda no desempenho atlético, risco de colapso circulatório e em casos extremos a hipertermia podendo levar ao choque térmico e morte.


Clement Desalle, líder do Mundial MX1, é um dos atletas que repõe líquidos durante as corridas
3- Como deveria ser a hidratação do piloto em dias de treinamento e no dia da corrida?
Os pilotos devem iniciar os treinos bem hidratados e, para tal, é indicado que se consuma uma quantidade maior de líquidos dias antes da competição. A recomendação do American College of Sports Medicine e da National Athletic Trainers’ Association é ingerir de 400 a 600 ml de líquidos entre duas a três horas antes do exercício. Na refeição que antecede à competição é recomendado que o atleta ingira pelo menos de 300 a 600 ml de líquidos. Deste modo, o piloto iniciará a corrida bem hidratado e terá tempo suficiente para eliminar o excesso de líquidos através da urina antes do início da competição.
Durante os treinos, as bebidas ingeridas neste período devem conter carboidrato e alguns eletrólitos como o sódio e o potássio. A inclusão de carboidrato na bebida a ser consumida é importante, já que este nutriente irá fornecer substrato para os músculos que estão se exercitando. É recomendado que a bebida a ser consumida durante o exercício tenha uma concentração de carboidrato entre 6 a 8%. A recomendação de ingestão de líquidos durante o exercício é de 150 a 300 ml a cada 15 ou 20 minutos.

4- E após a corrida, que providências o piloto deve tomar?
A reposição do volume de líquidos perdido e a restauração dos estoques de glicogênio muscular são pontos críticos no processo de recuperação após o exercício. Neste período, na maioria das vezes, o piloto não consome líquidos em quantidades suficientes para repor o que ele perdeu durante a prova. O ideal é que ocorra uma reposição de 150% do volume perdido durante o exercício, já que após o término do mesmo, as perdas através do suor e da urina continuam. Ou seja, para cada quilo perdido durante o exercício o atleta deve ingerir 1500 ml de líquidos. O piloto deve consumir uma bebida que contenha carboidrato para repor os estoques de glicogênio muscular, sódio e não contenha nem álcool nem cafeína (cuidado com os “energéticos”) que são substâncias diuréticas.

Contudo, há necessidade de avaliar e realizar um planejamento pré e pós-competições, a fim de organizar a ingestão adequada aos horários de treino, de corrida e de descanso, tanto quanto a alimentação.

O treinamento físico de um grande piloto envolve a observação de detalhes da condição orgânica do individuo nas diversas situações que em conjunto com seu talento técnico, o diferenciará dos demais.

Bom treino!

Consulte o site site MX Training para obter mais dicas.

*Isabela Guerra
Nutricionista do Esporte
Mestre e Doutora em Nutrição Esportiva pela Universidade de São Paulo
isabelaguerra@uol.com.br 


*Roberto Cesar de Oliveira
Professor de Educação Física e Fisiologista do Exercício.
Mestre pela UNIFESP- Universidade Federal de São Paulo.
Pós-Graduado em Treinamento Desportivo pela UNICAMP.
Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP.
Autor do Livro: "Personal Training - uma abordagem metodológica".
Contato: performa@uol.com.br






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